Ap�s um ano epid�mico para a dengue, que foi em 2019, neste ano de 2020 Belo Horizonte registrou uma baixa nos diagn�sticos da doen�a. At� o dia 17 de dezembro, boletim mais recente divulgado pela prefeitura, foram confirmados 4.703 casos. No ano passado o n�mero foi 24 vezes maior: 115.456.

Em 2020, ainda h� 1.163 casos notificados pendentes de resultados das an�lises laboratoriais. Foram investigados e descartados 13.367 casos. O �nico caso de morte pela doen�a causada pelo Aedes aegypti foi confirmada em abril, segundo m�s com maior n�mero de infec��es. O m�s com maior registro foi mar�o, respons�vel por 30,6% dos diagn�sticos (1.441).
Na s�rie hist�rica de Belo Horizonte, os anos com maior registro de caso foram 1998 (86.698 casos), 2010 (50.022 casos), 2013 (96.113 casos), 2016 (154.513) e 2019. Na epidemia de 2019 foram notificados 139.067 casos com suspeita de dengue, dos quais 115.456 (83,0%) foram confirmados, sendo 1.184 casos de dengue com sinais de alarme e 51 de dengue grave.
A baixa dos casos este ano n�o significa que a popula��o pode relaxar nos cuidados. Isso porque, al�m de 2019 ser considerado um ano epid�mico, o per�odo chuvoso, que vai at� mar�o, propicia a propaga��o do mosquito transmissor. No m�s passado, reportagem do Estado de Minas j� havia alertado para o refor�o da preven��o.
'Clima problem�tico'
A professora Erna Kroon, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB-UFMG), explica que o clima em que a Regi�o Sudeste do pa�s come�a a entrar � problem�tico para as doen�as associadas ao mosquito.
“Estamos em per�odo de temperatura e umidade que s�o condi��es excelentes para que o mosquito se reproduza. Temos dengue o ano todo, mas esse per�odo � de alto risco para a transmiss�o”, disse a especialista.
A professora ressalta que n�o h� como prever como ser� o comportamento das doen�as causadas pelo mosquito nesta temporada, mas lembra que o inseto n�o precisa de muito espa�o para proliferar, por isso � necess�rio que a popula��o fa�a o monitoramento.
“O alerta que temos que ter � para o controle do vetor (o Aedes), porque ele n�o transmite somente a dengue, mas tamb�m a zika e a chikungunya. E os cuidados devem ser refor�ados mesmo em um momento em que a pandemia do novo coronav�rus passa a ser o principal problema”, comenta.
E as medidas de preven��o j� s�o conhecidas: eliminar �gua armazenada de locais que podem se tornar poss�veis criadouros, como em vasos de plantas, gal�es de �gua, pneus, garrafas pl�sticas, piscinas sem uso e sem manuten��o, e at� mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafa.
Em Belo Horizonte, a prefeitura refor�a o trabalho de conscientiza��o e vigil�ncia em sa�de para tentar evitar o aumento de doentes.
Nesta semana, de segunda a quarta-feira, o grupo de mobiliza��o social da Prefeitura de Belo Horizonte, o Mobiliza SUS-BH, promoveu abordagens no Centro da capital e na Regi�o de Venda Nova. Foram distribu�dos folhetos e orienta��es para a popula��o, refor�ando os cuidados b�sicos para evitar a prolifera��o do mosquito.