
Uma das constru��es mais importantes dos primeiros tempos de Belo Horizonte, a Casa do Conde de Santa Marinha recebe a��o fundamental para se prevenir contra o inimigo que destr�i documentos, devora a madeira e, no final, deixa perdas irrepar�veis na hist�ria. Localizada no conjunto paisag�stico e arquitet�nico da Pra�a Rui Barbosa (Pra�a da Esta��o), no Centro da capital, a sede da superintend�ncia do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) em Minas passa por um trabalho de controle de cupins de solo, sem uso de veneno – preven��o, combate e monitoramento via sistema de elimina��o de col�nias.
"� um trabalho fundamental para a preserva��o da Casa do Conde e do acervo que nela se encontra. Temos o dever de cuidar do nosso patrim�nio"
D�bora do Nascimento Fran�a, superintendente do Iphan em Minas
As medidas de combate e controle de pragas e vetores abrangem todas as depend�ncias da superintend�ncia, as �reas interna e externa da Casa do Conde e do galp�o anexo, para remo��o de col�nias e subcol�nias.
O bi�logo Hor�cio Cunha, da empresa mineira Ambiente, especializada em trabalhos em pr�dios hist�ricos, explica que o sistema n�o usa veneno, portanto n�o � agressivo ao meio ambiente, �s pessoas e animais dom�sticos. "Ele interfere na metamorfose do inseto, que morre por inani��o", disse.
Hist�ria
Constru�do pelo portugu�s Ant�nio Teixeira Rodrigues (conde de Santa Marinha), o casar�o situado no conjunto arquitet�nico da Pra�a da Esta��o surgiu no contexto da constru��o da nova capital mineira, inaugurada em 1897. Anexado ao pr�dio, h� um conjunto de galp�es destinados a abrigar o Grande Emp�rio Central (1897), empresa que abrangia diversos tipos de servi�os, a exemplo de serraria, oficina de cantaria, fundi��o, ferraria, carpintaria e at� mesmo armaz�m com torrefa��o de caf�.
Segundo pesquisas do Iphan, a primeira not�cia que se tem da destina��o do casar�o, ap�s a morre do conde remonta a 1903, quando foi ocupado pelo Col�gio Santa Maria, que ali permaneceu at� 1909. A partir dessa �poca, o complexo foi ocupado pela Estrada de Ferro Central do Brasil, com os mais diversos usos, mantendo-se como escrit�rio da Rede Ferrovi�ria Federal (RFFSA) – criada na d�cada de 1950 com a extin��o da Central do Brasil – at� meados da d�cada de 1990. A partir de 1989, abrigou o Museu da Ferrovia, destinado � preserva��o e divulga��o da mem�ria ferrovi�ria no pa�s.
Com a privatiza��o da RFFSA em 1996, o complexo ficou abandonado, at� que, em 2000, num conv�nio firmado entre o Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha) e uma empresa de promo��es e eventos, foi realizada em suas depend�ncias o Casa Cor 2000, evento que impulsionou a revaloriza��o do bem, exemplar arquitet�nico e simb�lico de Belo Horizonte. Em 2006, a Casa do Conde passou a abrigar a sede da superintend�ncia do Iphan em Minas Gerais.