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Estado de Minas TRAG�DIA

Brumadinho: Zema participa de homenagem; buscas podem durar 6 anos

Alexandre Gomes Rodrigues, comandante das opera��es, diz que trabalho n�o ser� encerrado at� que todas as v�timas sejam encontradas


25/01/2021 18:27 - atualizado 25/01/2021 19:17

Governador Romeu Zema participou das homenagens aos mortos em Brumadinho(foto: EDESIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
Governador Romeu Zema participou das homenagens aos mortos em Brumadinho (foto: EDESIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
As homenagens pelos dois anos da trag�dia em Brumadinho duraram todo o dia pela cidade da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. �s 16h30, na Base Bravo do Corpo de Bombeiros, no distrito de C�rrego do Feij�o, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participou de momento com familiares e amigos das 272 pessoas que morreram no desastre.
 
O governador abra�ou um dos familiares e recebeu uma blusa com a estampa das fotos de todas as v�timas. Em discurso, Zema agradeceu a presen�a dos familiares e a atua��o das autoridades.

"Que esse tipo de trag�dia n�o ocorra mais. Que seja a �ltima vez que tantas pessoas sofram por causa da minera��o. Fica o compromisso que firmamos com as fam�lias de n�o parar as buscas", disse o governador.

O coronel Edgard Estevo, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, foi homenageado em nome de toda a corpora��o.

"O lema de voc�s agora � nosso. Confiamos no que os bombeiros nos ensinaram: desistir n�o � uma op��o", discursou Josiana Rezende, vice-presidente da Avabrum. 



Depois das leituras, os familiares e as autoridades se dirigiram ao p�tio onde foram colocadas cruzes com os nomes das v�timas. Os bombeiros repetiram a leitura dos nomes das chamadas "joias".

Em seguida, o governador e os parentes das 11 pessoas desaparecidas colocaram rosas em cima da cruz que simboliza cada joia. 

Ao som de Hallelujah, m�sica tocada pelos m�sicos da Bombeiro Instrumental Orquestra Show (Bios), o helic�ptero do governo do estado jogou p�talas de rosas no posto de comando. O momento foi marcado por choro e emo��o.

O fim do ato se deu com a frase que explica porque as v�timas s�o chamadas de preciosidades: "Quando algu�m que voc� ama se torna uma mem�ria, a mem�ria se torna um tesouro, uma verdadeira joia".

Buscas podem levar 6 anos


O coronel Alexandre Gomes Rodrigues, comandante das opera��es em Brumadinho, afirmou que as buscas podem durar por mais quatro anos, a depender das estrat�gias adotadas pela corpora��o.

"Estamos adaptando as nossas estrat�gias a cada per�odo. A pr�xima estrat�gia, a partir de mar�o, pode melhorar a qualidade e diminuir as possibilidades de erro", disse o coronel, sem contar qual m�todo est� em an�lise.
 
De acordo com Corpo de Bombeiros, a busca pelos desaparecidos pode levar seis anos(foto: EDESIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
De acordo com Corpo de Bombeiros, a busca pelos desaparecidos pode levar seis anos (foto: EDESIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
 

"Ainda estamos planejando, precisa de muito estudo e an�lise t�cnica. � um plano tanto quanto ambicioso. Com ades�o da estrat�gia, pode reduzir em um ano e meio as opera��es", afirmou.

A reportagem do Estado de Minas j� apurou que deve ser utilizada uma m�quina sensorial capaz de separar a terra de objetos e fragmentos corp�reos.

"Temos f� de que entregaremos as joias. N�o temos o planejamento de encerrar sem as 11 v�timas desaparecidas. Continuamos trabalhando com afinco, empatia com os familiares", disse o coronel.

Dois anos depois do rompimento da Barragem B1 da Mina do C�rrego do Feij�o, os mais de 700 dias de trabalho fazem dessa a opera��o de busca e resgate mais longa da hist�ria do Brasil.

Parentes das v�timas cobram justi�a

O ato no posto de comando dos bombeiros �, para os parentes, uma forma de, al�m de honrar os familiares das v�timas, cobrar por justi�a. 

"Completamos dois anos e at� hoje continua com nenhum indiciado preso. Esse encontro � para honrar os familiares e deixar claro que n�o ser�o esquecidos. Queremos tamb�m que mude a minera��o no Brasil", disse Alexandra Andrade Gon�alves, que perdeu o irm�o Sandro Andrade Gon�alves e o primo Marlon Rodrigues.

O luto para muitas dessas fam�lias foi transformado em luta. Luta essa que se traduziu em prantos durante o dia de homenagens.

Eva Aparecida diz que nenhuma reparação devolverá a ela a alegria, após a morte do filho Renato, aos 30 anos(foto: EDESIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
Eva Aparecida diz que nenhuma repara��o devolver� a ela a alegria, ap�s a morte do filho Renato, aos 30 anos (foto: EDESIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)

"Nosso primeiro filho tinha muitos sonhos. As filhas dele perguntam pra mim: 'onde meu pai foi?'", conta Eva Aparecida, m�e de Renato Eust�quio de Souza, morto aos 30 enquanto trabalhava de soldador na Vale.

Para ela, a data representa dois anos de saudade e de sonhos perdidos: "Nenhuma repara��o neste mundo me traz a alegria de volta. Deus sabe o que faz, e eu espero na justi�a Dele".


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