
Foi o que policiais da 2ª Delegacia do Departamento Estadual de Combate ao Narcotr�fico (Denarc) descobriram ao flagrar uma pequena resid�ncia, constitu�da apenas de copa-cozinha, banheiro e quarto, em Ravena, distrito de Caet�, que guardava nesse �ltimo c�modo, 1.287 quilos de maconha, sendo 1.247 quilos ainda em barras.
O dono da casa � um homem de 39 anos, que cuida da manuten��o de ar condicionado e viu, na proposta, segundo os delegados J�lio Wilkie e Rodolpho Tadeu Machado, a oportunidade de aumentar seu ganho mensal. Ele guardava a droga em troca de uma esp�cie de aluguel, bem superior ao seu sal�rio. Ele foi preso em seu local de trabalho, uma reparti��o p�blica, onde tinha sido contratado para prestar servi�os.
“Ele � um trabalhador e recebeu proposta da organiza��o criminosa para fazer a guarda da droga. Como ele n�o tem nenhuma passagem, nunca foi preso, � uma pessoa que passaria despercebida pelos �rg�os de seguran�a”, diz o delegado Rodolpho.
Hist�ria de teatro
Ao ser preso, o homem, que � o dono da casa, contou uma hist�ria que n�o convenceu os policiais, segundo o delegado Rodolpho. “Ele, primeiro, disse que tinha perdido a chave de casa e, por isso, n�o tinha estado l� nos �ltimos cinco dias. Chegou a dizer que quem encontrou a chave, colocou as drogas l� dentro.”
Mas a verdade acabou aparecendo, segundo o delegado. “Os traficantes est�o pegando pessoas que s�o humildes, sem passagens pela pol�cia, e prop�e a guarda das drogas. Oferecem um bom dinheiro, como se fosse pagando um aluguel. A pessoa, como esse prestador de servi�o, acaba enxergando que � uma oportunidade para ganhar dinheiro, e topa fazer o neg�cio. Isso est� se tornando uma pr�tica comum.”
O delegado Rodolpho Tadeu Machado explica que o investigado � suspeito de integrar uma organiza��o criminosa e manter a guarda de entorpecentes.
Ele explica ainda, que os traficantes n�o s�o pessoas de Ravena, mas sim de Belo Horizonte. “Essa droga tem como destino a Regi�o Metropolitana. Ela seria fracionada para outros traficantes. “Hoje, os chefes do tr�fico procuram lugares pr�ximos a Belo Horizonte, de pouco mocimento, para poderem montar dep�sitos, ao inv�s de deix�-los em casas ou barracos em favela, dentro da capital.”