Depois de v�rios meses de suspens�o, as aulas nas escolas municipais de Belo Horizonte v�o retornar nesta segunda (01/02). A proposta da Secretaria Municipal de Educa��o � come�ar o ano letivo de maneira remota.
Conforme portaria da pasta, 2021 valer� por dois anos letivos: o passado e o atual. Os estudantes podem ter aulas at� 23 de dezembro, com um per�odo de recesso entre 11 e 16 de outubro e f�rias para os professores entre 26 e 30 de julho.
A carga-hor�ria ser� de seis horas por dia e no m�ximo 36 horas semanais. No total, os estudantes v�o precisar cumprir 800 horas para preencher os calend�rios de 2019 e 2020.
Entram nessa conta as aulas � dist�ncia, as atividades escolares n�o presenciais e o tempo lecionado no ano passado, antes do fechamento por causa da pandemia da COVID-19.
Atividades de leitura e produ��o de textos, reprodu��o de conte�do de �udio e v�deo e intera��o virtual (videoconfer�ncias e chamadas de voz/v�deo) tamb�m entram na conta.
Em caso de entrega de atividades impressas, isso deve acontecer com uma periodicidade m�nima de 15 dias para evitar riscos de prolifera��o do v�rus.
A avalia��o final caber� ao conselho de classe de cada escola com distribui��o m�xima de 100 pontos por estudante.
As atividades dever�o ser classificadas em tr�s n�veis: conclu�da (satisfat�ria), em processo (aquelas em que o estudante precisa adequar algo) e n�o conclu�das (alunos que n�o tiveram acesso aos testes ou n�o os entregaram)
As escolas dever�o promover, ainda, reuni�o � dist�ncia com os pais para passar as orienta��es previstas na portaria da Secretaria de Educa��o.
Cr�ticas
Para Luanna Grammont, professora da rede municipal e diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Educa��o da Rede P�blica de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), a principal d�vida paira sobre os equipamentos para permitir o ensino � dist�ncia.
“N�o h� disponibiliza��o de aparelhos ou chips para os professores por enquanto. At� o momento a secretaria disponibilizou computadores nas escolas para uso dos professores, mas essa medida n�o contempla os profissionais que precisariam se deslocar de suas casas e se arriscar a entrar em contato com o v�rus”, afirma.
De acordo com a sindicalista e professora, o ideal era que os professores recebessem uma compensa��o financeira. Ela destaca, ainda, os gastos que esses profissionais ter�o dentro de casa com energia el�trica e plano de dados de internet.
"Ter um computador ou notebook em casa n�o necessariamente significa t�-los dispon�veis para o teletrabalho, uma vez que outras pessoas na casa podem tamb�m necessitar", diz.
Luanna Grammont lembra que muitos celulares tamb�m n�o t�m capacidade tecnol�gica suficiente, at� mesmo mem�ria.
"� muito ruim que a prefeitura n�o tenha incrementado a internet p�blica e gratuita na cidade no �ltimo ano. Iniciamos esse ano com a perspectiva de um acesso desigual dos alunos aos conte�dos e materiais que estamos produzindo", completa.
Sobre o retorno �s aulas presenciais, Luanna defende que isso s� aconte�a ap�s a vacina��o de todos os trabalhadores da educa��o.