(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas JULGAMENTO

M�dicos acusados de retirada ilegal de �rg�os s�o interrogados em tribunal

Tr�s suspeitos de fraudarem laudo para retirada de �rg�os de crian�a em Po�os de Caldas deram seus depoimento ao longo do dia; debate come�ou por volta das 16h


29/01/2021 23:01 - atualizado 29/01/2021 23:26

Julgamento dos médicos deve se estender pela madrugada deste sábado (30/1)(foto: Joubert Oliveira/divulgação)
Julgamento dos m�dicos deve se estender pela madrugada deste s�bado (30/1) (foto: Joubert Oliveira/divulga��o)
O segundo dia de julgamento dos tr�s m�dicos acusados de retirada ilegal de �rg�o de Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, deve se estender at� a madrugada deste s�bado (30/1), no Primeiro Tribunal do J�ri, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. O caso ocorreu h� quase 21 anos, em Po�os de Caldas, no Sul de Minas Gerais. 

 

Os r�us s�o Jos� Lu�s Gomes da Silva, Jos� Lu�s Bonfitto e Marco Alexandre Pacheco da Fonseca. A sess�o foi retomada, pouco antes das 10h, com o juiz Daniel Leite Chaves interrogando o primeiro acusado, Silva. Os outros dois aguardaram em uma sala � parte o momento de depor. 

 

De acordo com assessoria de imprensa do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), Jos� Lu�s Gomes da Silva foi interrogado por cerca de uma hora. A promotoria fez perguntas relacionadas ao atendimento da v�tima, como o tipo de les�o sofrida e tratamentos, que foram aplicados naquela �poca, al�m de exames, que foram realizados na crian�a durante o tratamento e ap�s constata��o cl�nica da morte cerebral.

 

O segundo a ser ouvido foi Jos� Lu�s Bonfitto e na sequ�ncia, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca deu seu depoimento no sal�o do J�ri. A assessoria de imprensa do TJMG informou que os debates come�aram por volta das 16h.

 

O Minist�rio p�blico come�ou apresentando a vers�o defendida pela promotora Ana Cl�udia Lopes, acompanhada dos promotores Giovani Avelar e Renato Teixeira e mais dois assistentes de acusa��o. O trabalho durou cerca de duas horas. Em seguida, a defesa dos m�dicos acusados apresentou suas teses.

 

Dando sequencia ao J�ri, o Minist�rio P�blico e a defesa come�aram as r�plicas e tr�plicas do debate. Ainda segundo a assessoria de imprensa do TJMG, n�o h� previs�o para o t�rmino do julgamento.

 

Primeiro dia

 

Nessa quinta-feira (28/1), o pai da v�tima, o empres�rio Paulo Pavesi, deu depoimento que durou cerca de duas horas. Segundo Paulo, ao saber do estado de sa�de da crian�a, ele disse que doaria os �rg�os, mas advertiu que isso s� ocorreria caso houvesse morte cerebral. At� porque, a condi��o do filho n�o era definitiva.

 

O empres�rio explicou que s� depois ficou sabendo que a retirada dos �rg�os foi de forma irregular. Ele alegou que os m�dicos n�o deveriam e n�o tinham autoriza��o para pr�tica.


 Al�m disso, receptores fora da lista oficial de espera receberam �rg�os da v�tima. 

 

Ap�s o depoimento de Paulo, em plen�rio, foram exibidos v�deos de testemunhas, m�dicos e enfermeiros, que atenderam a v�tima. Em raz�o da pandemia do novo coronav�rus, as audi�ncias foram realizadas na Comarca de Po�os de Caldas.

 

Entenda o caso 

 

Caso aconteceu há 21 em Poços de Caldas(foto: Álbum da família)
Caso aconteceu h� 21 em Po�os de Caldas (foto: �lbum da fam�lia)
Em abril de 2000, o menino foi atendido por uma equipe m�dica depois de sofrer traumatismo craniano ao cair de uma altura de 10 metros do pr�dio onde morava. Paulo foi levado ao Hospital Pedro Sanches, mas, ap�s alguns problemas durante a cirurgia, foi encaminhado � Santa Casa da cidade, onde morreu.

 

O pai da crian�a desconfiou das circunst�ncias da morte depois de receber uma conta do hospital de quase R$ 12 mil. Algumas informa��es apontavam a cobran�a de medicamentos para remo��o de �rg�os, que, na verdade, deve ser paga pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).

 

De acordo com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), a equipe m�dica teria constatado a morte encef�lica, mas as investiga��es apontaram que o laudo foi forjado e houve v�rias irregularidades durante o atendimento. Os envolvidos foram denunciados por homic�dio qualificado.

 

"Na den�ncia, consta que cada profissional cometeu uma s�rie de atos e omiss�es volunt�rias com a inten��o de forjar a morte do menino para que ele fosse doador de �rg�os", diz o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais. "Est�o entre as acusa��es a admiss�o em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocir�rgico, a realiza��o de uma cirurgia por profissional sem habilita��o legal, o que resultou em erro m�dico, e a inexist�ncia de um tratamento efetivo e eficaz. Eles s�o acusados tamb�m de fraude no exame que determinou a morte encef�lica do menino", informa o TJMG.

 

Dois anos ap�s a morte de Paulo, a Santa Casa da cidade foi descredenciada a fazer remo��o e transplantes de �rg�os. A MG Sul Transplantes, entidade gestora dos procedimentos no munic�pio, foi extinta. (Com informa��es do Portal Terra do Mandu - Helena Lima/Especial para o EM)

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)