
O arcebispo de Montes Claros (Norte de Minas), dom Jo�o Justino de Medeiros Silva, condenou as pessoas que se op�em � Campanha da Fraternidade 2021, lan�ada nesta quarta-Feira de cinzas (17/2), que � ecum�nica, com o tema “Fraternidade e Di�logo: compromisso de amor”. Ele criticou os pr�prios integrantes da Igreja Cat�lica, respons�vel pela campanha.
Para o arcebispo, "h� uma onda de cegueira” na Igreja Cat�lica. Ele tamb�m disse estar “escandalizado” com o que chama de “falta de forma��o ecum�nica” de alguns cat�licos.
“Estou verdadeiramente escandalizado com a falta de forma��o ecum�nica de muitos dos membros de nossas comunidades, uma insensibilidade para (compreender) o sentido de que a palavra de Deus, que � proclamado nas outras igrejas, � a mesma que � proclamada aqui. O esp�rito est� l� como est� aqui. E quem n�o entendeu isso n�o est� entendendo a palavra de Deus”, declarou dom Jo�o Justino, ao fazer a homilia em celebra��o na Catedral de Nossa Senhora Aparecida e S�o Jos�.
“Estou verdadeiramente escandalizado com a falta de forma��o ecum�nica de muitos dos membros de nossas comunidades, uma insensibilidade para (compreender) o sentido de que a palavra de Deus, que � proclamado nas outras igrejas, � a mesma que � proclamada aqui. O esp�rito est� l� como est� aqui. E quem n�o entendeu isso n�o est� entendendo a palavra de Deus”, declarou dom Jo�o Justino, ao fazer a homilia em celebra��o na Catedral de Nossa Senhora Aparecida e S�o Jos�.
texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano, a Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) faz cr�ticas relacionadas � nega��o da ci�ncia durante a pandemia da COVID-19, � atua��o do governo federal no combate ao novo coronav�rus, �s igrejas que n�o respeitaram o distanciamento social e � "cultura de viol�ncia" contra mulheres, negros, ind�genas e pessoas LGBTIQ+.
Com isso, a campanha gerou pol�mica, recebendo cr�ticas dentro do pr�prio catolicismo.
No Com isso, a campanha gerou pol�mica, recebendo cr�ticas dentro do pr�prio catolicismo.
“Infelizmente, h� uma onda de cegueira que penetra tamb�m no interior da Igreja. Muitos se colocam como senhores da verdade para criticar esse recurso pastoral (a Campanha da Fraternidade), que tem feito muito bem n�o s� �s comunidades cat�licas, mas a outros irm�os e irm�s”, afirmou o arcebispo.
“Num tempo em que todo mundo pode dizer o que quiser e publicar, ataca-se a Igreja, os bispos e a CNBB como se fosse em uma conversa de esquina qualquer, sem nenhuma responsabilidade, ferindo o respeito e a dignidade eclesial, que n�o est� brincando quando proclama a palavra de Deus e sabe das responsabilidades ao faz�-lo”, completou dom Jo�o Justino.
O l�der religioso tamb�m condenou o uso das redes sociais no fomento da vaidade humana. “Vivemos numa sociedade que diz a cada um de n�s o tempo todo: 'Se exponha. Voc� � melhor de todos, sua palavra � mais verdadeira'. Seja por fotos ou por palavras, todo mundo quer ocupar o lugar principal no palco”, afirmou.
Ele lembrou que o Evangelho diz que as pessoas devem praticar bons gestos, por�m, “com discri��o”.
Ele lembrou que o Evangelho diz que as pessoas devem praticar bons gestos, por�m, “com discri��o”.
Aumento da viol�ncia dom�stica
O arcebispo de Montes Claros destacou que ao pregar o di�logo na Campanha da Fraternidade, a Igreja Cat�lica busca diminuir problemas como a viol�ncia dom�stica.
Nesse sentido, tamb�m chamou a aten��o para a necessidade do combate aos abusos contra crian�as e contra o aumento dos casos de feminic�dios.
Nesse sentido, tamb�m chamou a aten��o para a necessidade do combate aos abusos contra crian�as e contra o aumento dos casos de feminic�dios.
Para dom Joao Justino, "a falta de di�logo gera morte em nossas casas. Existe muita viol�ncia dentro das casas, onde, inclusive, muitas crian�as sofrem abusos. Dentro das casas, muitas mulheres apanham dos homens, e muitas delas s�o mortas. O feminic�dio cresce em nosso pa�s”.
Ele enfatizou que a quest�o “� assunto” para ser abordado durante a quaresma.
Ele enfatizou que a quest�o “� assunto” para ser abordado durante a quaresma.
Ainda na homilia, o l�der religioso enalteceu a import�ncia do di�logo entre todas as pessoas: “Se n�o houver di�logo entre n�s, estaremos dando para o mundo pag�o, para aqueles que n�o creem, um p�ssimo exemplo”.