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Estado de Minas ESPERAN�A

Tecnologia nacional: UFMG cria testes de COVID-19 mais baratos e r�pidos

Pesquisadores criaram plataforma capaz de realizar de forma mais r�pida e barata testes sorol�gico e molecular para diagn�sticos


25/02/2021 09:10 - atualizado 25/02/2021 10:04

Equipe CTNano da UFMG desenvolve teste rápido mais barato(foto: Rosimeire Barcelos/Divulgação)
Equipe CTNano da UFMG desenvolve teste r�pido mais barato (foto: Rosimeire Barcelos/Divulga��o)
Pesquisadores do Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno da Universidade Federal de Minas Gerais (CTNano) desenvolvem tecnologia capaz de realizar, de forma mais r�pida e barata, dois dos testes de diagn�stico para COVID-19: o sorol�gico, chamado de teste r�pido, e o molecular, o RT-PCR. Os exames podem ser feitos na plataforma port�til de biodiagn�stico, equipamento criado pelos cientistas mineiros cuja tecnologia � inovadora em todo o mundo.

"A plataforma � uma tecnologia bem flex�vel. Com essa mesma tecnologia, conseguimos fazer tanto o teste sorol�gico quanto o molecular", afirma a professora do Departamento de F�sica e pesquisadora do CTNano, L�via Siman Gomes. Com o desenvolvimento iniciado em 2015, a plataforma � composta por duas partes: um leitor �tico, que pode ser port�til ou n�o, e os nanossensores 

A tecnologia pode ser aplicada tanto para a realiza��o de testes sorol�gicos, baseados na pesquisa de anticorpos no sangue, quanto molecular, quando se realiza a pesquisa de material gen�tico do v�rus a partir de amostra recolhida nas mucosas, o swab nasal. "A mesma tecnologia, ou seja, a mesma plataforma, que pode ser usada para esses dois tipos de diagn�stico", esclarece a pesquisadora. 

Pesquisadora manipula solução de nanossensores(foto: Rosimeire Barcelos/Divulgação)
Pesquisadora manipula solu��o de nanossensores (foto: Rosimeire Barcelos/Divulga��o)
 

Para o teste do tipo sorol�gico, o desenvolvimento da plataforma est� na etapa de valida��o. Depois, o passo seguinte � transferir para empresa no setor privado que tenha interesse e condi��o de produzir. A expectativa � que essa transfer�ncia aconte�a em seis meses. J� para o teste molecular, a pesquisa de usos da plataforma est� em fase de conceito. E deve levar um ano para estar dispon�vel no mercado. 

Os nanossensores s�o nanopart�culas de ouro. Na escala nanom�trica, o nan�metro � um bilion�simo do metro. "Parece ser caro por ser ouro, mas, como s�o nanopart�culas, s�o bem pequenas e em concentra��es super baixas. A quantidade que a gente usa de ouro � �nfima e n�o tem impacto na produ��o de nanossensores". O ouro � at�xico e h� tend�ncia crescente de seu uso no campo medicinal.

A pesquisa tem o financiamento do Minist�rio da Educa��o (MEC), Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (Capes). No entanto, os financiamentos devem se encerrar em seis meses. “Estamos com todos os projetos para serem encerrados no meio do ano. Ent�o estamos na busca de novos financiamentos. Esse projeto tem a possibilidade de definhar, infelizmente, no meio do ano. Os tr�s editais para os quais a gente submeteu e conseguiu se encerram”, diz L�via.

Protótipo laboratorial do leitor ótico que compõe a plataforma de biodiagnóstico(foto: Rosimeire Barcelos/Divulgação)
Prot�tipo laboratorial do leitor �tico que comp�e a plataforma de biodiagn�stico (foto: Rosimeire Barcelos/Divulga��o)
 

VANTAGENS

A plataforma apresenta vantagens em rela��o �s t�cnicas de diagn�stico dispon�veis. A t�cnica padr�o dos testes sorol�gicos � o Elisa. "A plataforma n�o exige infraestrutura laboratorial como o Elisa exige. Isso faz com que o custo de manuten��o j� caia bastante. Tamb�m n�o precisa de m�o de obra especializada. � um exame de passo �nico”, diz. A t�cnica Elisa segue tr�s passos. “Voc� coloca um reagente, espera um tempo. Coloca outro e retira. A�, por fim, voc� vai fazer a leitura”, compara. 

O teste na plataforma � realizado com apenas um passo. “Tenho os nanosensores preparados em solu��o. Venho com o soro do paciente, cotejo e fa�o a leitura". Outra vantagem da tecnologia desenvolvida pela UFMG � empregar a escala nano. "� um teste mais sens�vel. Tenho uma afinidade maior do anticorpo pelo ant�geno". A terceira vantagem � a possibilidade de a plataforma ser port�til, j� que � poss�vel ter o equipamento em v�rios tamanhos.  Por outro lado, n�o existe um Elisa port�til.

A superioridade da plataforma em rela��o ao teste RT-PCR tamb�m est� relacionada ao custo e � mobilidade. "O PCR � um equipamento grande e sofisticado. Por isso, o exame � caro. � um equipamento que precisa ser refrigerado e aquecido sucessivamente. Aquece a temperatura por volta de 80 graus e refrigera por volta de 20. Isso exige uma m�o de obra muito especializada. O equipamento n�o � barato e ainda a an�lise leva tempo". 

Os pesquisadores identificaram que a plataforma pode fazer o reconhecimento em swab nasal, assim como o PCR, mas sem necessitar da varia��o de temperatura. "Ainda est� na fase da prova de conceito. A pesquisa s� n�o est� mais avan�ada porque as amostras para a an�lise demoraram a chegar. "Conseguimos fazer todo o bio reconhecimento, a pesquisa do material gen�tico na amostra a 25 graus. Isso j� nos d� uma vantagem muito grande em rela��o ao custo: n�o preciso ter uma m�quina que necessite fazer essa varia��o de temperatura de forma r�pida. Segundo � em rela��o � sensibilidade. Temos resultados positivos que indicam que ser� um teste mais r�pido, mais barato e mais simples".

Os testes dispon�veis da COVID-19 s�o importados, tanto os equipamentos quanto os insumos usados. "Nosso leitor � nacional. Conseguimos produzir aqui no Brasil". A pesquisadora esclarece que para o teste na plataforma a quantidade de insumo biol�gico usado � infinitamente mais baixa do que em outros exames. "Os insumos s�o caros. Tem que esperar vir da �ndia, tem que esperar vir da China". O insumo biol�gico utilizado no teste do CTNano vem do CTVacinas da UFMG. "Como � um insumo produzido no pa�s, a gente consegue diminuir muito o custo", esclarece L�via

PATENTE


A universidade tem a patente do leitor da plataforma e start up fez o licenciamento do equipamento para explora��o comercial desse leitor. J� os nanosensores s�o constru�dos de acordo com o diagn�stico que se pretende fazer. Portanto, n�o h� uma transfer�ncia de patente. Eles s�o desenvolvidos em parceria com a universidade. 

A equipe � composta pelas pesquisadoras Rosimeire Barcelos e Iara Borges, pesquisadores; alunos de p�s-gradua��o Kennedy Batista e Caroline Junqueira, aluno de gradua��o Patrick Mendes. Os professores envolvidos no projeto s�o L�via Siman Gomes, coordenadora; Ary Correa, Oscar Mesquita e Luiz Orlando ladeira.


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