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Estado de Minas COVID-19:1 ANO

Isolamento modula a defesa contra o coronav�rus em BH e Minas

Abre e fecha afinado com indicadores da pandemia tem permitido driblar risco de colapso na sa�de, diz infectologista. Mas faltaram testes, afirma


26/02/2021 06:00 - atualizado 26/02/2021 08:36

No momento em que o Brasil registra a assustadora marca de 251.498 mortes por coronav�rus desde o in�cio da pandemia, Minas Gerais e a pr�pria capital, Belo Horizonte, seguem na contram�o de outros estados ao n�o vivenciarem de forma concreta o colapso total no sistema de sa�de, como ocorreu no Amazonas, Cear� e Pernambuco.

Apesar disso, para garantir leitos para todos os pacientes, mineiros precisaram endurecer em v�rios momentos as medidas de isolamento, afetando as atividades comerciais. E a press�o � forte neste momento em muitas cidades, com altas taxas de ocupa��o de leitos (leia mat�ria nesta p�gina).


Minas ultrapassou ontem a faixa dos 18 mil mortos – s�o 18.135 – e � o segundo estado com mais infectados, atr�s apenas de S�o Paulo –  862.502 pessoas contra�ram o v�rus. Apesar disso, o governador Romeu Zema (Novo) n�o cogitou adotar o toque de recolher, com confinamento obrigat�rio das 21h �s 5h, como outras unidades federativas fizeram nesses primeiros dias de 2021.

No caso de Minas, o governo instalou um hospital de campanha no Expominas no in�cio da pandemia com custos de R$ 5,3 milh�es, mas ele n�o foi usado. Em abril do ano passado, o estado criou o programa Minas Consciente, cujo objetivo foi organizar a retomada da economia com base no n�mero de casos e na taxa de leitos de UTI e enfermaria.
 
De acordo com a epidemiologista e infectologista Luana Mariano, consultora em sa�de p�blica para organiza��es internacionais, � preciso que a popula��o mineira e o poder p�blico fa�am sua parte conjuntamente: “O Minas Consciente � um projeto interessante, com bons resultados. Mas � preciso lembrar que a atua��o do poder p�blico n�o � a �nica determinante no comportamento de uma pandemia. Ele � fruto tanto das a��es do poder p�blico quanto das atitudes, talvez em maior propor��o, da popula��o. Se os cidad�os n�o compreendem a situa��o que vivemos, n�o importa quais s�o as a��es do poder p�blico. As pessoas precisam entender os riscos e problemas para que tenhamos resultados positivos na pandemia”.
Movimento na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte: cidade passou por três fechamentos de atividades não essenciais desde o início da pandemia(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 9/12/20)
Movimento na Pra�a Sete, no Centro de Belo Horizonte: cidade passou por tr�s fechamentos de atividades n�o essenciais desde o in�cio da pandemia (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 9/12/20)

Para ela, a testagem foi um problema que Minas n�o soube solucionar com efici�ncia. A especialista entende que o estado poderia ter investido mais em testes para conseguir isolar a popula��o contaminada com maior rapidez: “Minas Gerais reflete o pa�s inteiro, um pa�s de desigualdades, onde o acesso � sa�de � um gargalo. Mas temos um sistema de acesso � sa�de universal, que � muito mais avan�ado do que outros pa�ses mais desenvolvidos.

Infelizmente, ter um sistema n�o � garantia de resultados positivos. Deveria ter aproveitado mais nossa rede de aten��o prim�ria, promovido uma testagem em massa de maior compet�ncia e rastreado contatos. Enfim, evitar que a doen�a se espalhasse antes de construir mais leitos”.

Fechamento precoce

Belo Horizonte tamb�m mostrou �xito para conter avan�o r�pido da COVID-19, reduzindo o n�mero de casos. Desde o in�cio da pandemia, o poder p�blico adotou o fechamento das atividades n�o essenciais por tr�s vezes, o que ajudou a dar f�lego ao sistema de sa�de, mas tamb�m gerou conflito com as associa��es de representantes comerciais – que n�o desejavam ver as atividades fechadas, num cen�rio de desemprego.

Na vis�o do professor e m�dico intensivista Fernando Botoni, que integra o departamento de Cl�nica M�dica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o acerto da capital foi ter adotado isolamento precocemente: “Belo Horizonte tem tido um certo controle da doen�a desde o in�cio. O que precisamos � da vacina��o. � o nosso grande problema. Em compara��o com outros estados, estamos numa situa��o at� confort�vel. As medidas de isolamento foram importantes e surtiram efeito, principalmente no in�cio da pandemia, evitando que os casos explodissem. Conseguimos fazer um isolamento maior”.



Durante um ano de COVID-19, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi um dos mais cr�ticos em rela��o �s aglomera��es, fazendo constantes apelos para n�o sufocar os hospitais nem deixar que explodisse o n�mero de contamina��es. Ele tamb�m chamou a aten��o com frases contundentes, como “se n�o tomarem conta, vamos fechar a cidade”, “� um imbecil quem n�o usar m�scaras” e “quem sair para passear, dificultar� a reabertura da cidade”.

A ocupa��o de leitos amea�ou estar pr�xima dos 100% em meados de janeiro, quando a prefeitura fechou a cidade pela �ltima vez – reflexo imediato das festas de fim de ano. Aos poucos, com a melhora nos indicadores, o comit� de enfrentamento � doen�a est� liberando o funcionamento de mais atividades. No momento, BH perdeu 2.721 vidas para a COVID-19, com mais de 109 mil casos confirmados.

Ontem, o n�mero m�dio de transmiss�o por infectado voltou � zona de alerta. O par�metro subiu de 0,98 para 1,01. 

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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