Filas em estabelecimentos, pontos e �nibus lotados, restaurantes e lanchonetes com gente comendo at� em p�. As aglomera��es que contribu�ram para �ndices crecentes de contamina��o pela COVID-19 em BH perduraram nas �ltimas horas deste s�bado (06/03) antes de mais um fechamento restritivo de atividades, programado para as 14h.
O fechamento foi determinado em decreto municipal depois de recomenda��o do Comit� de Combate � COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Atividades essenciais, como o com�rcio de alimentos, mantimentos, rem�dios, reparos e constru��o ser�o mantidos, mas outros, como sal�es de beleza, academias e estabelecimentos com consumo de refei��es interno ser�o suspensos por tempo indeterminado.
No centro de Belo Horizonte, foi intenso o movimento de consumidores dentro de lanchonetes, restaurantes e bares que ainda podem comercializar os alimentos e bebidas que produzem. Os consumidores se espalhavam, alguns deles sem distanciamento apropriado, � beira dos balc�es, em mesas e em anteparos espalhados nas quinas e nas esquinas das lojas, como � costumeiro nessa regi�o de grande circula��o de Belo Horizonte.
Apesar de produzir um baque nas atividades comerciais, as pessoas se mostraram favor�veis ao fechamento, principalmente pela alega��o de que sentem que o v�rus circula mais entre a popula��o e com receio de que o sistema de sa�de n�o seja capaz de absorver todos os doentes que necessitem de interna��o.
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Propriet�rio de uma lanchonete na Rua dos Caet�s, no Hipercentro, Celso Cassimiro de Andrade, de 58 anos, afirma que ser� mais um sacrif�cio necess�rio na luta contra a doen�a."Para n�s, que servimos alimenta��o vai ser pesado. S� poderemos entregar para o cliente consumir fora e por isso deve reduzir demais o nosso movimento, o faturamento, dependendo do tempo que durar pode interferir nos empregos que sustenatamos. mas � necess�rio. tive muitos parentes e amigos que adoeceram e estiveram em situa��o p�ssima. � o certo a se fazer nessa hora", disse.
O bombeiro hidr�ulico Sivaldo Silva, de 64, costuma se alimentar nas ruas quando est� trabalhando e mesmo com as restri��es tamb�m apoia as medidas. "Muita gente n�o levou a s�rio a doen�a e ajudou a espalhar. por mim tinha de ter fechado muito antes. A gente vai ter de pagar pelos erros dos outros mais uma vez, mas quem sabe assim, desta vez, as pessoas tomam mais ju�zo e fazem o que � correto quando essa gravidade toda passar de novo", espera.
Os lugares com mais filas e aglomera��es eram os pontos de �nibus e os pr�prios coletivos, bem como alguns estabelecimentos essenciais, como os cart�rios de registro civil e lot�ricas. Na Regi�o dos hospitais, v�rios �nibus rodaram lotados desde a manh�, gerando revolta dos passageiros, que n�o t�m outra op��o de deslocamento. "Al�m de passagem muito cara a gente fica sem ter como esperar por um outro �nibus. S�o t�o poucos e por isso sempre est�o lotados. Ou a gente enfrenta, ou deixa de trabalhar", reclamou a recepcionista Cl�udia Antero da Silva, de 27 anos, dependurada no bala�stre do coletivo.
Em alguns bairros residenciais, como Cidade Jardim, Luxemburgo, Savassi, S�o Pedro, Santo Ant�nio, Funcion�rios e outros da regi�o Centro-Sul, o movimento foi tranquilo, com pessoas de m�scaras e sacolas em m�os em sacol�es, padarias e supermercados.
Nos bairros Palmeiras, Estoril, Buritis e Bet�nia, na regi�o oeste, tamb�m havia movimento ainda que acanhado em atividades como oficinas, borracharias, lojas de roupas, casas de limpeza e dep�sitos de material de constru��o. No caso espec�fico do Bet�nia, a Rua �rsula Paulino estava repleta de carros e pedestres com sacolas fazendo compras. At� mesmo lojas varejistas foram inauguradas a poucas horas do fechamento contra a propaga��o do v�rus.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
V�deo explica porque voc� deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.
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