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Estado de Minas PANDEMIA

Entidades da Sa�de se unem para pedir lockdown imediato em BH

No manifesto, chamado de 'Em defesa da vida', a justificativa � respaldada pelo n�mero de pessoas infectadas e ocupa��o de leitos (enfermaria e CTI) em BH


19/03/2021 14:12 - atualizado 19/03/2021 17:03

Movimento na Avenida Cristiano Machado, em BH, com o início do toque de recolher(foto: Marco Vieira/EM/D.A Press)
Movimento na Avenida Cristiano Machado, em BH, com o in�cio do toque de recolher (foto: Marco Vieira/EM/D.A Press)
Belo Horizonte vive o pior momento da crise de COVID-19, com falta de leitos, medicamentos e outros insumos necess�rios para interna��o dos pacientes. Por isso, v�rias entidades da capital se juntaram ao Conselho Municipal de Sa�de (CMSBH), em um manifesto solicitando ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) um decreto imediato de lockdown.

No manifesto, chamado de “Em defesa da vida”, a justificativa � respaldada pelo n�mero de pessoas infectadas e ocupa��o de leitos (enfermaria e CTI) em BH. “Ainda n�o chegamos no pico da doen�a e j� estamos diante de um colapso do sistema de sa�de”, diz o documento.
 
 
A presidente do Conselho Municipal de Sa�de, Carla Anunciatta, explica que recrudescer o isolamento � a �nica forma de aliviar a press�o sobre Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e outras casas de sa�de.

“O que a gente est� vivendo — em Belo Horizonte, no estado e no pa�s — � o aumento vertiginoso da transmiss�o do v�rus, da lota��o dos leitos de CTI e de enfermaria. Isso leva a um esgotamento do sistema de sa�de. Desde o ano passado, a gente tenta evitar. Uma coisa � receber, em uma UPA, 100 pacientes em um dia; outra coisa � receber 500 pacientes em um mesmo dia”, diz. 

Fernando Mendon�a, presidente do Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (SinMed MG), justificou a participa��o da entidade no manifesto. "Vivemos um momento grave na maior cat�strofe sanit�ria das �ltimas d�cadas. N�o foi disponibilizada a vacina��o sequer para todos os profissionais m�dicos, muito menos para a popula��o em geral; a capacidade de atendimento das unidades de sa�de da capital est�o no seu limite, o v�rus com suas novas cepas aumento n�o s� a transmissibilidade quanto a gravidade", alertou.
 
"Nesse cen�rio, com capacidade reduzida de atendimento, com o n�mero insuficiente de profissionais capacitados para ocupar posi��es de trabalho em unidades de terapia intensiva. Estamos nas portas do colapso e entendemos que medidas de distanciamento social s�o no momento, as �nicas capazes de diminuir a circula��o e contamina��o do v�rus pela cidade. N�o queremos ver pessoas morrendo sem atendimento adequado como j� aconteceu no Amazonas, j� acontecem agora em S�o Paulo. E hoje, a not�cia de que em Governador Valadares uma paciente morreu � espera de uma vaga CTI", completou Fernando.
 
Bruno Farias, presidente do Conselho Regional de Enfermagem (COREN-MG), concorda com o posicionamento e acredita que a prefeitura deve adotar as medidas mais r�gidas agora. “� necess�rio um lockdown na cidade, estamos correndo o risco de faltar respiradores e medicamentos para intuba��o”, ressaltou.
 

No manifesto, quatro medidas s�o solicitadas com urg�ncia para a prefeitura de Belo Horizonte:
  • Intensificar as medidas de restri��o � circula��o do v�rus da Covid-19 em Belo Horizonte e a decreta��o imediata de   lockdown, como medida sanit�ria emergencial que j� se mostrou eficaz em outras cidades e regi�es do Brasil e do mundo;
  • Distribui��o de cestas b�sicas e apoio emergencial aos desempregados, trabalhadores informais e pequenas empresas;
  • Aumentar ao m�ximo poss�vel a capacidade de atendimento dos Centros de Sa�de, UPA's, SAMU, leitos de enfermaria e CTI's em BH;
  • Vacina��o de toda popula��o, com prioridade para pessoas com maior risco de morte e contamina��o.
 
Assinaram o documento com a CMSBH, as entidades: Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG), o Sindicato dos Servidores e Empregados P�blicos de Belo Horizonte (Sindibel), o Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (SindMed-BH), o Sindicatos dos Psic�logos de Belo Horizonte (PSind), o Conselho Estadual de Sa�de (CES-MG), a Arquidiocese de Belo Horizonte, juntamente com o Conselho Municipal de Sa�de de Belo Horizonte (CMSBH). 

COVID-19 em BH

Nessa quinta-feira (18/3), o boletim epidemiol�gico divulgado pela prefeitura revelou que a taxa de ocupa��o das UTIs para pacientes com COVID-19 nos hospitais privados de Belo Horizonte chegou a 109,6%. No levantamento anterior, divulgado nessa quarta (17/3), a taxa era de 102,8%.
 

A ocupa��o geral, no entanto, se manteve em 96,6%. Apesar do crescimento da rede privada, no SUS houve queda de 91,1% para 85,4%. Essa queda foi puxada por uma amplia��o na oferta de vagas: mais 18 entraram na conta nesta quinta.

Em n�mero de casos, a cidade chegou a 127.136 confirmados: 2.980 mortes, 6.769 pacientes em acompanhamento e 117.387 recuperados. No per�odo de 24 horas, houve crescimento de 98 casos e 23 �bitos.

Por�m, o pequeno salto no n�mero de casos aconteceu por instabilidade no sistema do SUS, segundo a prefeitura. Nas �ltimas semanas, a capital mineira tem registrado crescimento sempre acima de 1 mil diagn�sticos a cada boletim.

Nota da Prefeitura de BH 

"Desde o dia 6 de mar�o, a prefeitura j� havia decretado a permiss�o para o funcionamento apenas das atividades essenciais na cidade. E seguiu com outras medidas restritivas a partir 13 de mar�o - com fechamento de pra�as e pistas de corrida – e, a partir de 15 de mar�o - com a proibi��o de celebra��es religiosas presenciais, suspens�o do varejo de material de constru��o e a permiss�o de venda apenas por delivery ou drive thru, sem retirada no local para as atividades n�o autorizadas a funcionar.

Com isso, o munic�pio j� cumpria, inclusive com mais rigor, as medidas previstas na onda roxa, exceto em rela��o �s restri��es de circula��o entre 20h e 5h e � circula��o de pessoas com sintomas de gripe, que come�aram a valer a partir do dia (17) na cidade.

Nas �ltimas semanas, o munic�pio tamb�m intensificou as a��es de fiscaliza��o, para garantir o cumprimento do decreto municipal. Os estabelecimentos que n�o cumprirem com as medidas de combate � Covid-19 estar�o sujeitos � interdi��o e multa no valor de R$ 18.359,66.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Sa�de, informa que os crit�rios para realiza��o de exame para detec��o est�o dispon�veis na Nota T�cnica 033/2020.

Os pedidos para realiza��o de exames, de acordo com os crit�rios estabelecidos na Nota T�cnica 033/20202, podem ser solicitados durante consulta pelos m�dicos que atuam nas unidades de sa�de do SUS-BH.

Desde mar�o de 2020, o munic�pio mant�m a oferta mensal das cestas b�sicas para fam�lias de estudantes e fam�lias em situa��o de vulnerabilidade social, assim como kits de higiene para fam�lias residentes de vilas e favelas cadastradas no Cad�nico. No per�odo, foram distribu�das 3 milh�es de cestas b�sicas, totalizando 55 mil toneladas de alimentos.

O Banco de Alimentos tamb�m segue em funcionamento, com acesso a alimentos in natura para complementa��o de refei��es. At� o momento foram distribu�das 350 toneladas de alimentos pelo Banco, complementando mais de 2 milh�es de refei��es. N�o h� previs�o de substituir o papel e a oferta do Governo Federal, considerando as responsabilidades dos diversos entes e as previs�es do pacto federativo."


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