
Em entrevista coletiva na manh� desta segunda-feira (29/3), o delegado Wellington Faria, da Delegacia Especializada de Homic�dios de Ibirit�, deu mais detalhes do caso.
O crime foi em 9 de dezembro de 2019. Segundo ele, a v�tima era conhecida no bairro e todos sabiam da sua condi��o psicol�gica. Ele costumava fazer uso da medica��o controlada e consumir bebidas alco�licas, o que o levava a alguns momentos de altera��o.
Naquele dia, ele estava bebendo cerveja em um bar da cidade quando abordou um dos suspeitos. “A v�tima solicitou que esse indiv�duo lhe pagasse uma bebida. Ele se negou, n�o gostou da abordagem da v�tima e deixou o local prometendo retornar. Passados 10 minutos, ele voltou na companhia de outros suspeitos, os tr�s armados com tacos de sinuca e um suposto taco de beisebol e, sem a menor chance de defesa, sem nada falar com a v�tima, passaram a agredi-la”, conta o delegado.
O homem sofreu ferimentos graves na cabe�a e no rosto e chegou a ter um dos tacos introduzido na boca. A v�tima morreu ainda no local, deixando a esposa, na �poca gr�vida, e uma filha que tinha 9 anos.
A pol�cia come�ou a investigar o caso e identificou os tr�s suspeitos, que atuavam no tr�fico de drogas na regi�o. O ponto de venda ficava pr�ximo ao bar onde o crime ocorreu. O homem que brigou com o rapaz no estabelecimento era o l�der.
“Durante as investiga��es, n�s fomos surpreendidos com a morte de dois dos autores. Esses crimes est�o sendo apurados aqui na delegacia e posso afirmar que t�m rela��o com esse primeiro homic�dio. Eles foram mortos em decorr�ncia de serem autores desse homic�dio de 9 de dezembro”, diz o delegado.
Wellington Faria conta o primeiro envolvido foi morto em 26 de dezembro de 2019, poucas semanas ap�s o crime. Diante disso, os outros dois fugiram. No entanto, em 15 de novembro do ano passado, um deles voltou a Ibirit� por conta das elei��es, e tamb�m acabou executado. Entre os mortos est� o l�der do grupo.
O homem que foi preso agora chegou a ficar no Esp�rito Santo, onde foi preso por porte ilegal de arma. O delegado relata que, com muita dificuldade, uma vez que as testemunhas temiam repres�lias, conseguiram as provas e depoimentos que levaram � representa��o pela pris�o tempor�ria desse suspeito, que foi localizado h� uma semana, no dia 22, na zona rural de Mateus Leme.
“O preso tentou dizer, inicialmente, que foi convidado para ir ao bar com o chefe da quadrilha, sem saber para onde ia e o que faria. Contudo, depois de conversas resolveu cooperar e disse que sabia sim. No caminho, o homem avisou que eles ‘dariam um susto’, ou seja, espancar a v�tima. Ele disse que eles n�o tinham a inten��o de matar, mas diante da barb�rie, essa vers�o caiu por terra”, afirma o delegado.
O homem j� foi encaminhado a uma unidade do sistema prisional e o delegado acredita que, a partir de agora, ser� poss�vel encerrar os casos dos assassinatos dos outros envolvidos. Ainda de acordo com o delegado, se condenado, o suspeito pode pegar de 12 a 30 anos de pris�o.