Presidente da Aprosmig disse que n�o h� condi��o de voltar ao trabalho (foto: Pixabay/Reprodu��o)
A presidente da Associa��o das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) disse nesta quinta-feira (2/4) que as profissionais do sexo decidiram suspender o atendimento e pedem ao governo prioridade na vacina��o contra a COVID-19.
A rigor, as prostitutas estariam impedidas de trabalhar por causa das medidas da onda roxa contra pandemia do coronav�rus, mas n�o � o que se viu nesta tarde na regi�o da Rua Guaicurus, em BH. A reportagem do Estado de Minas flagrou v�rios estabelecimentos funcionando normalmente.
De acordo com a presidente da (Aprosmig), Cida Vieira, al�m de serem alvo de preconceito, essas mulheres acabaram sendo as mais prejudicadas durante a pandemia.
“Muitas de n�s tivemos nossa moradia tirada. Estamos � frente dessa pandemia. Somos vulner�veis. Precisamos ser vistas como prioridade porque estamos impedidas de trabalhar”, afirma. “Muitas n�o tem mais o que comer. Somos mais de 3.000, isso s� na Guaicurus. Perdemos pessoas”, informa.
De acordo com Cida, mesmo tomando todos os cuidados contra COVID-19, com uso de �lcool em gel e m�scara, n�o h� condi��o do trabalho voltar. Isso porque a profiss�o conta com o toque com o cliente. Al�m disso, a presidente garantiu que n�o h� previs�o de retorno.
“O movimento de prostitutas entende que somos prioridade por estarmos na rua todos os dias. Sofremos muito preconceito. A sociedade que nos julga � a mesma sociedade que prestamos servi�o”, disse.
Hot�is na Guaicurus estavam funcionando normalmente (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA press)
A prefeitura de Belo Horizonte tem atuado no enfrentamento da inseguran�a alimentar de diversos p�blicos em situa��o de risco. Segundo Cida, as prostitutas foram inclu�das nesse projeto.
Em parceria com o Cl� das Lobas, a Aprosmig abriu uma casa de apoio para mulheres que precisarem de ajuda. A associa��o pede doa��es de cestas b�sicas.