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Estado de Minas COVID-19 SOB CONTROLE

Passeios e baladas de volta � rotina de brasileiros que vivem no exterior

Pa�ses com popula��es bem inferiores � do Brasil, Austr�lia e Nova Zel�ndia j� oferecem os prazeres da vida sem o coronav�rus, ante baixa contamina��o


03/04/2021 04:00 - atualizado 03/04/2021 08:01

O fechamento total, medida mais dura de distanciamento, foi levado a sério na capital e interior da Austrália(foto: Saeed Khan/AFP - 26/10/20)
O fechamento total, medida mais dura de distanciamento, foi levado a s�rio na capital e interior da Austr�lia (foto: Saeed Khan/AFP - 26/10/20)

Sem registros de mortes provocadas pela COVID-19 desde dezembro do ano passado, a Austr�lia, com seus 25,3 milh�es de habitantes, chama a aten��o do mundo pelo “novo normal” que a vida j� oferece no pa�s.  A curva da m�dia de casos confirmados da doen�a vem caindo desde o pico observado em agosto de 2020.

Atingiu estabilidade abaixo de 10 registros a cada grupo de 1 milh�o de pessoas em janeiro passado. Na vizinha Nova Zel�ndia, com 5 milh�es de habitantes, foram registrados na semana passada apenas dois diagn�sticos e o n�mero de mortes provocadas pelo v�rus � de 26 ocorr�ncias desde o in�cio da pandemia.

 

Leia tamb�m: Brasileiros que vivem em outros pa�ses contam como retomam a vida normal

 

Morando em Sydney h� nove anos, o chefe de cozinha brasileiro Yoshio Mori, de 34 anos, afirma que a vida est� em ritmo quase normal na Austr�lia, como antes da pandemia de COVID-19.


“A atual situa��o da pandemia na Austr�lia � surreal se comparada � de outros pa�ses, principalmente o Brasil. Aqui � quase uma vida ‘normal’. N�o � que o v�rus desapareceu, ele ainda existe, mas est� sob controle. O governo monitora novos casos que surgem e determina lockdown na regi�o detectada por cerca de tr�s dias”, conta.

 

Restri��es quanto ao distanciamento social e limita��o na quantidade de pessoas nos estabelecimentos comerciais tamb�m continuam a ser adotadas. A engenheira ambiental brasileira Marcela Costa, de 31, tamb�m atribui ao r�gido enfrentamento da pandemia os baix�ssimos indicadores da COVID-19 em solo australiano. Ela e o namorado foram para o pa�s antes do surto da doen�a, em fevereiro de 2020, e viveram em regime pesado de lockdown.

 

(foto: Arquivo Pessoal)
(foto: Arquivo Pessoal)

"Podemos frequentar praias, parques, tudo normalmente. Festas e casamentos est�o liberados"

Yoshio Mori, chefe de cozinha na Austr�lia

 

“A gente podia sair de casa somente para fazer compras essenciais e atividades f�sicas ao ar livre. Se estivesse na rua por qualquer outro motivo, sem m�scara e longe da resid�ncia, seria preso ou receberia multa muito alta”, diz Marcela Costa. A engenheira ressalta que as medidas restritivas funcionaram e aos poucos o governo afrouxou as regras. “Ficamos por cerca de 2 meses em lockdown. Depois, as coisas foram voltando aos poucos ao normal. Tudo segue as regras de usar m�scara obrigat�ria, �lcool em gel, manter distanciamento e evitar aglomera��es”, afirmou.

 

Uma segunda onda da doen�a respirat�ria foi enfrentada pela brasileira. “Nas regi�es mais centrais foram crescendo os n�meros novamente e houve outro lockdown. Por�m, quanto mais no interior do pa�s, menos medidas foram adotadas contra COVID-19. Houve quem, praticamente, tenha vivido uma vida normal”, destacou.

 

Marcos Vinicius Barros, de 21, mora na Austr�lia h� dois anos. Ele acredita que a ajuda financeira do governo australiano foi essencial para compensar os efeitos das restri��es � economia que afetaram muita gente.

“Aqueles que perderam o emprego foram exonerados pelo governo levando em considera��o sua m�dia salarial. E para que o pa�s se reerguesse, o governo injetou dinheiro na economia, ajudando os empres�rios a pagar os sal�rios de seus funcion�rios durante quase um ano inteiro, tendo em vista que as empresas estavam sem dinheiro para pagar seus funcion�rios”, ressaltou.

 

(foto: Arquivo Pessoal)
(foto: Arquivo Pessoal)

"Ficamos por cerca de 2 meses em lockdown. Depois, as coisas foram voltando aos poucos ao norma"

Marcela Costa, engenheira ambiental que vive na Austr�lia

 

Com o retorno � quase normalidade, o chefe de cozinha Yoshio Mori tamb�m destaca que o governo derrubou uma das poucas restri��es para conter o coronav�rus que ainda estavam em vigor no pa�s, o uso de m�scara de prote��o. “As m�scaras estavam sendo obrigat�rias at� domingo no transporte p�blico. Agora, as restri��es tamb�m foram retiradas”, acrescentou.

 

Estabelecimentos com maiores riscos de contamina��o tamb�m foram liberados. “Bares e restaurantes est�o normais. Baladas ainda est�o com restri��o ao n�mero de pessoas. Podemos frequentar praias, parques, tudo normalmente. Festas, casamentos agora tamb�m est�o liberados”, destacou Yoshio.

 

Ele tamb�m explicou que em rela��o � vacina, ainda h� atraso na campanha de imuniza��o. A Austr�lia come�ou a vacinar os grupos priorit�rios, incluindo profissionais de sa�de, agentes de seguran�a, funcion�rios de aeroporto e hot�is que est�o recebendo australianos de outros pa�ses que precisam ficar em quarentena. Essas pessoas s�o escoltadas ficam hospedadas em hot�is reservados para receber nativos que voltam ao pa�s, e precisam passar por isolamento social.

 

“A vacina��o para a popula��o ainda vai demorar um pouco, n�o h� nada definido sobre quando a popula��o vai poder come�ar a se imunizar. Devido � situa��o na Austr�lia estar controlada, as pessoas n�o est�o preocupadas em tomar a vacina agora”, diz Yoshio.

 

Para Marcos Vinicius Barros, al�m da efic�cia das medidas de enfretamento � pandemia na Austr�lia, � preciso considerar uma grande diferen�a entre aquele pa�s e o Brasil, que se refere ao tamanho da popula��o.

“As medidas fizeram com que a Austr�lia se destacasse e se diferenciasse do enfrentamento da doen�a no Brasil. Obviamente, n�o podemos deixar de levar em considera��o o fator populacional, j� que a Austr�lia tem cerca de 26 milh�es de habitantes e o Brasil mais de  200 milh�es”, ressaltou. O que mais preocupa, hoje, esses brasileiros � a situa��o dos familiares que vivem em pa�ses onde a doen�a continua a avan�ar.

 

 

 

M�scara s� no transporte

 

Com as �ltimas ocorr�ncias de mortes provocadas pelo coronav�rus em setembro de 2020 e fevereiro �ltimo, a Nova Zel�ndia se antecipou na volta � normalidade. Hoje, a popula��o pode frequentar novamente restaurantes e bares cheios e baladas t�o agitadas quanto antes da pandemia. Eventos esportivos t�m lota��o m�xima. Escolas, parques, museus, shopping centers e reparti��es p�blicas retornaram ao pleno funcionamento, sem nenhuma restri��o.

 

A sensa��o � de vida normal para a brasileira Karina Fortes, de 34 anos, que mora na Nova Zel�ndia desde 2007. Ela trabalha numa escola de ingl�s em Auckland. “A gente n�o v� problema em sair. Est� tudo como era antes da pandemia. A �nica diferen�a � o uso da m�scara em transporte p�blico. Temos tamb�m um sistema muito bom nas lojas, um aplicativo do governo que detecta pessoas infectadas e emite alerta para a necessidade de elas entrarem em isolamento”, conta.

 

A escola em que Karina trabalha funciona com 30% da capacidade de atendimento e continuar� nesse ritmo at� que as fronteiras do pa�s sejam reabertas. “Temos menos estudantes, porque a entrada no pa�s est� sendo controlada desde o in�cio da pandemia. Passamos a atender s� os residentes da Nova Zel�ndia.” Da mesma forma que na Austr�lia, na Nova Zel�ndia tamb�m � necess�ria a quarentena quando os moradores voltam de viagem ao exterior.

 

O governo neozeland�s adotou medidas r�gidas para conter a contamina��o pelo coronav�rus, desde o in�cio da pandemia, incluindo o lockdown. A primeira-ministra Jacinda Arden determinou o fechamento das fronteiras. Trabalhadores e donos de pequenos neg�cios receberam aux�lio financeiro para enfrentar o per�odo rigoroso de isolamento.  


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