
De Israel, a brasileira Thelma Cohen faz relato carregado de otimismo e tamb�m de al�vio � reportagem do Estado de Minas sobre a retomada da vida � normalidade no pa�s, que promoveu r�pida vacina��o contra a COVID-19. Marcela Costa, Yoshio Mori e Marcos Vinicius Barros contam experi�ncia semelhante na Austr�lia. Em Portugal, Leonardo Dias e Bruno Albuquerque experimentam medidas menos restritivas no dia a dia e o t�rmino do confinamento.
Esses seis brasileiros ouvidos pelo EM vivem, em comum, a realidade de pa�ses que, desde o come�o da pandemia do novo coronav�rus, mantiveram regras r�gidas para controlar a doen�a respirat�ria, enfrentaram momentos de altos indicadores de contamina��o e mortes, mas hoje veem bons resultados do combate ao v�rus. Eles come�am a retomar a rotina.
S�o hist�rias diferentes da situa��o de avan�o dram�tico da COVID-19 no Brasil, que vem registrando m�dias recordes di�rias de �bitos acima de 3 mil notifica��es. Embora o pa�s detenha menos de 3% da popula��o mundial, estima-se que 33% do n�mero de mortes verificadas em 24 horas estejam ocorrendo no Brasil. A taxa de letalidade � de 151 mortes por 100 mil habitantes e o universo de infectados j� passa 12,9 milh�es. S�o mais de 6 mil diagn�sticos a cada 100 mil habitantes.
“J� est�o abrindo o com�rcio, liberando shows, ainda que com restri��es e quantidade menor de pessoas. Come�amos a voltar a sair e, mesmo assim, os n�meros (de contamina��o) continuam baixando”, afirma a engenheira civil Thelma Cohen, de 58 anos, dos quais 32 vividos em Israel.
O pa�s tem registrado queda significativa nos efeitos epidemiol�gicos da COVID-19 desde janeiro. A explica��o est� na campanha de vacina��o em massa, iniciada em dezembro do ano passado. De acordo com o Minist�rio da Sa�de israelense, mais da metade da popula��o (50,07%) recebeu duas doses de vacina contra a COVID-19 e 55,96% foram contemplados com uma inje��o.

"A partir de 19 de abril, volta boa parte das atividades que estavam fechadas, mas mantendo algumas regras"
Bruno Albuquerque, estudante em Portugal
Segundo dados da plataforma on-line Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Israel disp�s de 115.054 doses de vacina para cada 100 pessoas e a imuniza��o que ganhou destaque no mundo se reflete na baixa do n�mero de casos confirmados e mortes por COVID-19.

Em janeiro �ltimo, o pa�s registrou o pico de infectados, com 996,39 por milh�o de pessoas, enquanto os registros de mortes alcan�aram m�dia de 7,49. Os n�meros ca�ram drasticamente com a vacina��o. A cada milh�o de pessoas, h� 48,69 confirma��es da doen�a e a m�dia de vidas perdidas � de 1,17. Os diagn�sticos ca�ram de 8 mil di�rios no come�o do ano para menos de 400.
A brasileira Thelma Cohen conta que para chegar a esse balan�o epidemiol�gico as autoridades israelenses impuseram regras r�gidas. “No come�o, durante a primeira onda da doen�a, conseguimos segurar e tivemos um lockdown bem s�rio. Os n�meros baixaram e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu come�ou a abrir novamente e entramos na segunda onda”, disse.

"O pessoal j� sai normalmente, tendo cuidado, e com n�mero m�ximo de pessoas nos lugares fechados"
Thelma Cohen, engenheira civil que vive em Israel
A vida come�a a voltar ao normal, mas mantidos os cuidados para evitar a contamina��o pelo coronav�rus, como destaca Thelma Cohen. “A gente achou que depois das festas (de fim de ano) os n�meros fossem aumentar, mas est�o diminuindo”, comemora. “Nesses dias, tem havido shows nas ruas. O pessoal j� sai normalmente, tendo cuidado e andando com m�scara, com um n�mero m�ximo de pessoas nos lugares fechados”, conta.
Thelma Cohen acredita que n�o deve demorar para que o uso da m�scara de prote��o n�o seja mais necess�rio. “Como os n�meros est�o diminuindo, vamos poder cortar as restri��es de n�mero de pessoas e n�o vamos mais ter que andar com m�scaras quando em ambientes abertos”, ressalta.
Aliviado adeus ao confinamento
A expectativa de manter sob controle o avan�o da pandemia de coronav�rus e pol�ticas para acelerar a vacina��o contra a COVID-19 para que 70% da popula��o esteja imunizada at� o fim do ver�o deixam otimistas os brasileiros Leonardo Dias e Bruno Albuquerque, que vivem em Portugal. Embora tenha enfrentado recente onda de aumento das contamina��es pelo coronav�rus, o pa�s retomou o controle sobre os indicadores da doen�a respirat�ria e est� saindo do confinamento.
Portugal teve um pico da doen�a em novembro de 2020 e chegou a quase 6,5 mil casos confirmados em um �nico dia. Medidas restritivas foram tomadas e os portugueses acompanharam a curva de casos cair. Por�m, ap�s as festas de fim de ano, surgiu nova fase de avan�o. Entre dezembro e janeiro passado, o n�mero de diagn�sticos disparou a quase 13 mil novos infectados em um dia, mas um novo lockdown conseguiu reverter a situa��o.
Desde 28 de janeiro, na mesma medida em que a curva de contamina��o subiu, foi revertida ap�s medidas restritivas adotadas pelo governo portugu�s. Atualmente, a taxa de incid�ncia do novo coronav�rus no pa�s � uma das cinco menores da Europa, de acordo com informa��es do Centro Europeu de Controle de Doen�as (ECDC, na sigla em ingl�s).

“A ideia inicial era replicar o lockdown do ano passado. Com tudo fechado, para transitar no pa�s era somente com justificativa de atividade essencial para receber autoriza��o”, relata Bruno Albuquerque, de 23 anos, que se mudou para o pa�s em setembro de 2020 para estudar. “Agora, o governo come�ou o desconfinamento e tomou medidas mais flex�veis. A partir de 19 de abril, volta boa parte das atividades que estavam fechadas, mas mantendo algumas regras, como o uso de m�scara e distanciamento social”, conta.
Outro brasileiro em terras portuguesas, o consultor de marketing Leonardo Dias, de 36, comemora a volta � vida normal ap�s o lockdown que o pa�s decretou. Ele mora em Portugal h� tr�s anos e meio. “A previs�o inicial � de que em 5 de maio seja tudo liberado sem restri��es”, diz.
Leonardo Dias enfatiza o esfor�o do governo portugu�s em busca de vacina contra o coronav�rus. “Segundo o primeiro-ministro Ant�nio Lu�s Santos da Costa, neste m�s chegar� boa leva de doses de vacina e a pretens�o � vacinar 100 mil pessoas por dia. Tamb�m trabalham com a ideia de imunizar 70% da popula��o at� o fim do ver�o”, afirmou. No Brasil, a estimativa � de que s� 7% da popula��o foi imunizada contra a COVID-19.
O brasileiro conta que as pessoas est�o aliviadas com as medidas mais flex�veis, mas ainda est�o com medo. “Percebo que ao mesmo tempo em que as pessoas querem maior liberdade, t�m medo das consequ�ncias. Querem reabertura, mas t�m medo de os turistas causarem aumento dos casos. O governo est� segurando ao m�ximo para conseguir reabrir no ver�o, pois nessa �poca eles dependem do turismo e a situa��o ficaria insustent�vel com o fechamento”, afirmou.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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