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Estado de Minas IMUNIZA��O CONTRA A COVID-19

For�as de seguran�a come�am a ser vacinadas em Minas

Policiais, bombeiros e guardas municipais receber�o doses de novo lote de imunizantes. Idosos de 65 a 69 tamb�m entram na lista


05/04/2021 06:00 - atualizado 05/04/2021 09:02

Equipe socorre paciente em Belo Horizonte: exposição constante à contaminação pelo coronavírus(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Equipe socorre paciente em Belo Horizonte: exposi��o constante � contamina��o pelo coronav�rus (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Tenente Said, Cabo Ranier, Sargento Ronnie. Os nomes acompanhados de patentes s�o policiais e bombeiros que n�o deixaram de trabalhar um dia sequer durante a pandemia e perderam a vida para a COVID-19.  Para evitar novas perdas e proteger quem protege a popula��o, Minas Gerais deve iniciar esta semana a imuniza��o dos profissionais das for�as de seguran�a, salvamento e For�as Armadas, j� que o setor foi inclu�do na lista dos que devem ser vacinados com as mais de 1 milh�o de doses que chegaram ao estado na quinta-feira (1º/4).
 
A remessa permitir� a amplia��o da vacina��o, incluindo idosos entre 65 e 69 anos, e que seja dada prioridade aos policiais federais, militares, civis e rodovi�rios; bombeiros militares e civis; e guardas municipais. A Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) informou que dentro do grupo haver� ainda outros crit�rios de prioridade: trabalhadores envolvidos no atendimento e transporte de pacientes, resgates e atendimento pr�-hospitalar, a��es de vacina��o contra COVID-19, a��es de vigil�ncia das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o p�blico independentemente da categoria.
 
De acordo com a Associa��o dos Pra�as Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), mais de 7 mil militares testaram positivo para a COVID-19, dos quais 155 morreram em decorr�ncia da doen�a. Como o Minist�rio da Sa�de j� previa esses trabalhadores como prioridade na vacina��o e as prefeituras t�m autonomia para gerir suas campanhas, algumas cidades j� vacinaram esse p�blico.
 
O Estado de Minas teve acesso a um documento em que o comando-geral do Corpo de Bombeiros fez um levantamento do n�mero de militares vacinados no estado e encaminhou � SES-MG por meio de um processo no Sistema Eletr�nico de Informa��es (Sei). De acordo com os dados do texto, pelo menos 1.043 bombeiros militares j� foram vacinados no estado. Outros 2.003 que fazem o trabalho operacional ainda n�o receberam a imuniza��o.
 
Esses militares foram imunizados por iniciativa das prefeituras, que t�m autonomia para realizar a gest�o da Campanha de Vacina��o. � o caso de cidades como Arcos, Ita�na, Ituiutaba, Uberl�ndia e Diamantina. “Foram vacinados os profissionais da corpora��o que est�o envolvidos na resposta pand�mica nos diferentes n�veis de complexidade da rede de sa�de e possuem atribui��es de sa�de nos munic�pios em que atuam, realizando a��es como transporte de pacientes tanto em aeronaves quanto em viaturas de Unidade de Resgate”, informou a SES-MG.
 
Os munic�pios que adiantaram essa imuniza��o aos bombeiros reconhecem o risco em que eles s�o expostos, j� que, diariamente, os militares atendem ocorr�ncias em que precisam de contato direto com doentes, sejam eles com ou sem diagn�sticos de COVID-19. Segundo a corpora��o, 20,17% (equivalente a 73.741) das ocorr�ncias atendidas pelo Corpo de Bombeiros no ano passado se referem ao atendimento pr�-hospitalar. Esta � a segunda atividade mais atendida pela corpora��o, que s� fica atr�s das a��es de preven��o (20,68%).

Exposi��o


A vacina � esperada com ansiedade. Um bombeiro que pediu para n�o ser identificado contou � reportagem sobre as dificuldades do trabalho durante a pandemia. Ele lembra que, embora sejam da seguran�a p�blica, os bombeiros tamb�m atuam na �rea da sa�de. Os militares atendem e transportam pacientes com COVID-19 ou outras doen�as, frequentam hospitais e entram nas casas de v�rias pessoas para atender todo tipo de ocorr�ncia, todos os dias. “Mesmo trabalhando lado a lado com m�dicos, enfermeiros e o Samu, todos vacinados na primeira fase, n�o somos considerados prioridade”, reclama.
 
O militar faz parte do grupo que se exp�e ao novo coronav�rus mas ainda n�o foi imunizado. “Sabemos que todas as pessoas s�o muito importantes e que a vacina��o � um direito de todos, afinal, zelar pela vida do pr�ximo � a ess�ncia da nossa profiss�o. A quest�o � que somos muito expostos, em algumas unidades ainda usamos m�scaras artesanais de TNT, sem nenhuma certifica��o, por exemplo”, denuncia o bombeiro.
 
Apesar de toda coragem que a tropa tem para desempenhar as fun��es de salvamento, muitos soldados trabalham lado a lado com o medo. “Infelizmente perdemos na �ltima semana o sargento Brito e o cabo Ranier para COVID-19. N�s juramos servir com o sacrif�cio da pr�pria vida, mas todos temos fam�lia, al�m de nos preocuparmos com n�s mesmos, temos medo de levar doen�a pra casa”, lamenta.
 
“J� fui a ocorr�ncia que entrou como crise convulsiva e, chegando l�, constatamos que se tratava de suspeita de COVID-19. Queria fazer um apelo � sociedade, para que quando ligarem para os bombeiros ou Samu, sejam sinceros ao responder as perguntas da triagem. Havendo recursos dispon�veis, o atendimento nunca ser� negado, estaremos sempre � disposi��o, independentemente do seu problema, mas precisamos ir preparados, usar o EPI (equipamento de prote��o individual) correto, saber com o que estamos lidando. Pe�o que as pessoas pensem na gente, apesar de nos orgulharmos do t�tulo de her�is, tamb�m somos humanos”, acrescenta.
 
Sobre a den�ncia de uso de m�scaras supostamente impr�prias, o Corpo de Bombeiros informou que "todo o material adquirido pela corpora��o � certificado, at� por exig�ncia dos processos licitat�rios que s�o realizados para as aquisi��es”. E completou: “Todo o Equipamento de Prote��o Individual tem sido adequadamente fornecido, sem problemas de fluxo at� o momento e a corpora��o n�o teve conhecimento de nenhuma den�ncia nesse sentido at� o momento."

Casos e mortes


A press�o sobre o sistema de sa�de pela COVID-19 continua forte em abril, dando ind�cios de que pode superar mar�o, quando o sistema hospitalar come�ou a colapsar em Minas Gerais. O n�mero de doentes acompanhados em isolamento ou internados ontem j� era o maior do ano. Mesmo aos fins de semana, quando o represamento de dados reduz �ndices, foram computados 99.269 casos positivos de novo coronav�rus (Sars-CoV-2) sob aten��o do estado, mais que os 97.271 do boletim de sexta-feira (02/04), que figurava com o maior quantitativo. As informa��es s�o do boletim Epidemiol�gico da Secretaria de estado de S�ude de Minas gerais (SES-MG). O �ndice de monitorados representa um volume 24,6% superior � m�dia de 79.639 contaminados acompanhados nos domingos de mar�o de 2021. O n�mero de mortos chegou a 25.654. E o de casos confirmados, a 1.156.435.
 

Sobrevivente segue na batalha

 
(foto: Arquivo pessoal)
(foto: Arquivo pessoal)

A vacina � importante n�o s� para os profissionais de seguran�a p�blica, mas para sociedade e para o Estado. A aus�ncia desses profissionais (...) pode gerar um verdadeiro caos

Saulo Gomes da Silva, perito criminal


Em meio � pandemia do novo coronav�rus, enquanto muitos trabalhadores puderam ficar em casa e manter o trabalho recolhidos, a seguran�a p�blica n�o p�de usufruir desse “privil�gio” por prote��o da sociedade. Na Pol�cia Civil n�o foi diferente. O perito criminal Saulo Gomes da Silva, de 39 anos, n�o parou de trabalhar presencialmente ao longo de um ano da pandemia, chegou a ficar internado depois de contrair a doen�a e se recuperou com muita for�a de vontade.
 
“Segui internado por nove dias. No hospital, no domingo � noite, comecei a sentir calafrios, todo meu corpo tremia muito, a ponto de serem os tremores incontrol�veis e de sentir muita dor.. Ano passado tive dengue, que tamb�m d� dor no corpo, mas a COVID-19 foi absurdamente pior. Num intervalo de 20 minutos, minha temperatura passou de 37,1 pra 38. Nesse momento, pensei que fosse morrer. Uma sensa��o muito ruim. Fui medicado e a febre passou. Durante praticamente todos os dias da interna��o recebi oxig�nio nasal. N�o conseguia ficar sem, nem mesmo para ir ao banheiro. Respirava com bastante dificuldade”, conta Saulo.
 
Na mesma enfermaria onde ele estava, no Hospital Evang�lico, havia um homem septuagen�rio com v�rias comorbidades que come�ou a ter dificuldade para respirar. “Como n�o havia vaga na UTI, montaram uma UTI de urg�ncia no nosso quarto. Fiquei muito assustado com aquela cena. Fiquei com muito medo de precisar ser intubado tamb�m”, lembra o policial.
 
O servidor p�blico que passou pelo sufoco de enfrentar a doen�a comemora a recupera��o, mas lamenta as mortes de colegas. “Perdi v�rios colegas de trabalho. Tenho muitos amigos m�dicos e n�o vi nenhum deles morrendo. Mas os policiais est�o morrendo aos montes. Pessoas de todas as idades”, lamenta. “A vacina � importante n�o s� para os profissionais de seguran�a p�blica, mas para sociedade e para o Estado. Porque a aus�ncia desses profissionais, em meio a toda essa onda de desemprego e desespero, pode gerar um verdadeiro caos. H� casos de pessoas infectadas que s�o presas e cospem nos policiais, com o intuito deliberado de contamin�-los", relata.
 
Al�m das li��es deixadas pela COVID-19, como valorizar os profissionais que est�o no enfrentamento da doen�a, Saulo aprendeu a n�o perder o bom humor, mesmo fazendo parte da triste estat�stica de pacientes no estado. Administrador de uma p�gina de com�dia no Instagram, a “Pol�cia Brasil Humor” (@policiabrasilhumor), ele continuou utilizando a rede como entretenimento e recebeu apoio dos seguidores. “O advogado avisou, o alvar� chegou, o carcereiro recebeu. Vai cantar!”, brincou o policial no dia de sua alta hospitalar.

Nova remessa

Carga com doses de vacina no aeroporto da Pampulha: Minas já recebeu 11 remessas de imunizantes (foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Carga com doses de vacina no aeroporto da Pampulha: Minas j� recebeu 11 remessas de imunizantes (foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Confira o conte�do e qual ser� o uso do 11º lote de vacina recebido por Minas

» 943.400 doses da Coronavac
» 73.250 doses da AstraZeneca
» Total: 1.016.650 doses

» Al�m de ampliar a vacina��o para idosos entre 65 e 69 anos, o carregamento vai permitir o in�cio da imuniza��o de profissionais das for�as de seguran�a que atuam na linha de frente do combate � pandemia; inclu�dos como prioridade no Plano Nacional de Imuniza��o (PNI).

» No grupo priorit�rio das for�as de seguran�a est�o os trabalhadores envolvidos no atendimento e transporte de pacientes, resgates e atendimento pr�-hospitalar, a��es de vacina��o contra COVID-19, a��es de vigil�ncia das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o p�blico independentemente da categoria.

» Demais profissionais que n�o se enquadram nas atividades de linha de frente dever�o ser vacinados conforme andamento da campanha nacional de vacina��o contra a COVID-19.

Fonte: SES-MG


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