O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, defendeu, nesta quarta-feira (7/4), em entrevista � R�dio Bandeirantes, que o governo federal deve decretar lockdown para frear o n�mero de mortes pela COVID-19 no pa�s. "O lockdown s� pode ser feito pelo governo federal", disse.
Kalil concedeu entrevista ao jornalista Jos� Lu�s Datena. "N�o podemos permitir que se caiam 40 avi�es por dia", disse o prefeito, fazendo uma compara��o do n�mero de mortos di�rios no Brasil, que, na ter�a-feira (6/4) ultrapassou a marca de 4 mil mortes.
Kalil afirmou que adotar o lockdown � dar uma chance para o pa�s enquanto n�o � realizada a vacina��o em massa da popula��o. "Ningu�m � inimigo do presidente da Rep�blica porque prega a �nica solu��o, que � o lockdown. O mundo mostrou isso. A Inglaterra est� abrindo", disse.
Kalil afirmou que, na Inglaterra, que adotou o lockdown, morreram 20 pessoas em 24 horas devido � COVID-19, enquanto, no Brasil, onde a medida n�o foi adotada morreram 4,2 mil pessoas pela doen�a.
O prefeito tamb�m falou sobre a vacina��o e afirmou que a capital mineira tem recursos para comprar vacinas, mas n�o h� doses dispon�veis no mercado internacional. "Vou comprar 4 milh�es. Tenho dinheiro para comprar � vista, mas n�o tem vacina", afirmou. Em outro momento da entrevista, Kalil declarou interesse da PBH em adquir 4 milh�es de doses da Sputnik V, vacina desenvolvida pela R�ssia.
Disse ainda que n�o se pode politizar o lockdown e que � preciso ter estrat�gia para enfrentar a COVID-19. "Em mar�o do ano passado, disse que est�vamos numa guerra. � uma guerra invis�vel, cruel. A guerra � feita de estrat�gia", disse. Ele afirmou que em Belo Horizonte o que se faz � estudar para definir estrat�gia. "� preciso ter estrat�gia e determina��o e isso temos feito."
Kalil ainda afirmou que segue o que o Supremo Tribunal Federal determinou como responsabilidade dos prefeitos. "O Supremo determinou que quem vai cuidar de Belo Horizonte � o prefeito", disse.
O prefeito parabenizou os profissionais de sa�de neste 7 de abril, Dia Mundial da Sa�de. "Sa�de n�o � respirador, sa�de n�o � tubo. Sa�de � gente. Estamos esgotado. Podemos aglomerar a vontade e joga l� no pessoal da sa�de que ele resolve. Sa�de no brasil muito ruim, n�o pelos profissionais pela estrutura. Pode aglomerar e jogar todo mundo dentro do sistema.
Ele se solidarizou �s fam�lias que perderam entes queridos para a COVID-19. "S�o mais 4 mil fam�lias perdendo pai, m�e, amigos, maridos e primos", disse. Kalil afirmou, numa posi��o de empatia, o quanto foi dif�cil o falecimento do pr�prio pai e m�e em outros momentos. "O dia que meu pai morreu, dia que minha m�e morreu... S�o dias inesquec�veis."