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Estado de Minas Vacina��o

Trabalhadores de �reas essenciais reclamam dos riscos e querem prefer�ncia

Atividades n�o podem parar consideram que deveriam ter prefer�ncia na fila da vacina, como os rodovi�rios, garis e empregados dos supermercados


19/04/2021 04:00 - atualizado 19/04/2021 08:44

''Acho que deveríamos estar na lista de contemplados porque ficamos frente a frente com o povo, os ônibus estão cheios, estamos expostos. Tínhamos que ser vacinados porque muita coisa parou, mas o transporte público não. A gente carrega profissionais de saúde, pessoas que vão aos hospitais. Apesar de a gente fazer a higiene, estamos correndo risco'' - Jadir Pereira de Carvalho, motorista (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
''Acho que dever�amos estar na lista de contemplados porque ficamos frente a frente com o povo, os �nibus est�o cheios, estamos expostos. T�nhamos que ser vacinados porque muita coisa parou, mas o transporte p�blico n�o. A gente carrega profissionais de sa�de, pessoas que v�o aos hospitais. Apesar de a gente fazer a higiene, estamos correndo risco'' - Jadir Pereira de Carvalho, motorista (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Abrir brechas na campanha de imuniza��o contra a COVID-19 se transformou numa guerra para categorias profissionais que tentam ser contempladas como prioridade. Trabalhadores no transporte rodovi�rio, na educa��o, supermercados e em outros setores considerados essenciais se mobilizam, � medida que novos lotes de imunizantes s�o distribu�dos. As duas primeiras categorias foram inclu�das na defini��o de grupos priorit�rios para vacina��o pelo Minist�rio da Sa�de, mas as prefeituras municipais t�m autonomia para determinar a ordem em que as pessoas ser�o vacinadas. Minas Gerais recebeu mais de 1 milh�o de doses na semana passada que ser�o usados para vacina��o de idosos acima de 65 anos e for�as de seguran�a e salvamento.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodovi�rio de Belo Horizonte e Regi�o (STTRBH), Paulo C�sar da Silva, destaca que os equipamentos de prote��o da categoria se resumem apenas a m�scara e �lcool em gel, enquanto os profissionais t�m contato constante com dinheiro no momento de cobrar a passagem. “Nosso risco � iminente”, afirma.

''Lidamos diretamente com o público em geral. Querendo ou não, assim como os profissionais de saúde estão na linha de frente, a gente também está. As pessoas não respeitam as medidas de segurança, não usam máscara, e nem todos têm consciência de que o melhor é ficar em casa'' - Jéssica Aparecida Sousa e Silvia, atendente de caixa (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
''Lidamos diretamente com o p�blico em geral. Querendo ou n�o, assim como os profissionais de sa�de est�o na linha de frente, a gente tamb�m est�. As pessoas n�o respeitam as medidas de seguran�a, n�o usam m�scara, e nem todos t�m consci�ncia de que o melhor � ficar em casa'' - J�ssica Aparecida Sousa e Silvia, atendente de caixa (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Para o sindicalista, a grande preocupa��o est� na proximidade com o p�blico. “N�o desmerecendo as for�as de seguran�a e o pessoal da administra��o da sa�de, eu creio que corremos mais riscos do que eles”, diz. De acordo com o STTRBH, a categoria tem 9 mil trabalhadores no sistema de transporte urbano de BH, e o n�vel de contamina��o alcan�a quase 10% do total. “Aproximadamente 800 trabalhadores foram contaminados. Alguns se recuperaram e outros est�o em recupera��o e infelizmente tivemos alguns �bitos".

Na �rea da educa��o, atua em Minas cerca de 400 mil profissionais, entre professores, pedagogos e diretores de escolas, que tamb�m querem ser vacinados o quanto antes. “� importante a vacina��o dos trabalhadores, mas � importante tamb�m a vacina��o da popula��o que est� no entorno da escola, da comunidade escolar como um todo”, diz a coordenadora-geral do Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o de Minas Gerais (SindUTE), Denise Romano.

''Três motoristas na garagem onde trabalho morreram de COVID, e, pelo que sei, muita gente pegou o coronavírus e ficou afastado. Espero que a vacina venha o mais rápido possível, porque além de a gente pegar a doença, a gente passa para os passageiros. A gente não sabe'' - Marlon Ferreira Evangelista, motorista (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
''Tr�s motoristas na garagem onde trabalho morreram de COVID, e, pelo que sei, muita gente pegou o coronav�rus e ficou afastado. Espero que a vacina venha o mais r�pido poss�vel, porque al�m de a gente pegar a doen�a, a gente passa para os passageiros. A gente n�o sabe'' - Marlon Ferreira Evangelista, motorista (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) cobra a vacina��o de aproximadamente 3 mil servidores que considera estarem mais expostos ao coronav�rus: 200 agentes de fiscaliza��o, 2 mil guardas civis, mil garis e profissionais da Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) e 40 assistentes sociais e agentes de combate � leishmaniose. “Al�m dos trabalhadores de sa�de, tivemos o trabalho essencial da fiscaliza��o de controle urban�stico e ambiental; o trabalho dos garis, da guarda municipal, dos assistentes sociais. O trabalho foi fundamental para manter a cidade e manter o atendimento principalmente � popula��o mais carente”, diz o presidente da entidade, Israel Arimar de Moura.

A prefeitura j� anunciou a inclus�o desses trabalhadores no plano de vacina��o, mas n�o previu datas. “O sindicato vem cobrando a vacina��o de alguns setores no plano municipal, o que foi feito. Agora, a nossa expectativa � de que a vacina��o possa se dar com mais agilidade para que a gente tenha mais seguran�a no dia a dia, na garantia da vida desses trabalhadores”, observa Israel Moura.”

''Nós que estamos na estrada tínhamos de ganhar atenção especial porque o caminhoneiro está exposto e não deixa o país parar. A gente tem família, tem que sair pra luta, e fica preocupado na hora de voltar porque a família está em casa e a gente expõe ela também. Tínhamos que estar nesse grupo prioritário de agora'' - Jonas Santos Rennó, caminhoneiro (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
''N�s que estamos na estrada t�nhamos de ganhar aten��o especial porque o caminhoneiro est� exposto e n�o deixa o pa�s parar. A gente tem fam�lia, tem que sair pra luta, e fica preocupado na hora de voltar porque a fam�lia est� em casa e a gente exp�e ela tamb�m. T�nhamos que estar nesse grupo priorit�rio de agora'' - Jonas Santos Renn�, caminhoneiro (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Um gari que preferiu n�o se identificar fez desabafo � reportagem do Estado de Minas. Ele reclama da lentid�o da campanha de vacina��o, ressalvando que al�m da estarem expostos aos riscos de contamina��o os trabalhadores na atividade s�o v�timas de preconceito por lidarem com o lixo. “A gente cata muita m�scara, lida com res�duos de risco. Acho que podiam olhar com mais aten��o pra gente porque o pessoal j� tem um pouco de preconceito. Sem tomarmos a vacina tem mais preconceito ainda. Tem que agilizar essa vacina”.

Preven��o


 No setor privado, os donos de supermercados, setor considerado essencial e que mant�m lojas abertas desde o in�cio da pandemia, pedem a imuniza��o de seus empregados. No �ltimo dia 25, o governador Romeu Zema (Novo) recebeu o presidente da Associa��o Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni, fez apelo para a inclus�o dos empregados no setor entre os grupos priorit�rios de vacina��o, independentemente das medidas de preven��o j� tomadas para evitar a dissemina��o do coronav�rus.

“Entendemos a necessidade de outros profissionais, mas n�s precisamos da vacina tamb�m. Os nossos funcion�rios est�o no front”, justifica Alexandre Poni. Ele manifestou preocupa��o tamb�m com a prote��o dos trabalhadores em rela��o ao deslocamento no transporte p�blico. “A redu��o na oferta de �nibus em certos hor�rios provoca aglomera��o de passageiros e exp�e os profissionais a risco maior.”


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