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Estado de Minas RETORNO �S AULAS

Sem teste, as escolas s�o potenciais locais de surtos, alerta pesquisador

O professor da UFMG S�lvio Salej coordenou simula��o que concluiu que crian�as t�m menos intera��es do que jovens, mas alerta que o mais importante � testar


20/04/2021 15:05 - atualizado 20/04/2021 15:55

Risco de contaminação nas salas de aula foi tema de estudo(foto: Freepik/Reprodução de internet)
Risco de contamina��o nas salas de aula foi tema de estudo (foto: Freepik/Reprodu��o de internet)

Pesquisadores do Departamentos de Sociologia da Fafich e de Estat�stica do ICEx, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizaram uma simula��o computacional para fazer uma proje��o de cont�gio do novo coronav�rus no ambiente escolar.

Realizada em parceria com a Universidade Central do Equador, o estudo aplica modelos matem�ticos para saber como seria o cont�gio em salas com um n�mero determinado de alunos e com o uso e sem o uso de m�scaras.
 
Um dos resultados do estudo aponta que a contamina��o pela doen�a pode ocorrer em ritmo mais lento no grupo de crian�as de 0 a 5 anos em compara��o �s faixas et�rias de 6 a 14 anos e 15 a 19 anos.

O estudo pode ser usado como refer�ncia para avaliar a retomada das aulas no ensino infantil em Belo Horizonte.
 
No entanto, o coordenador do estudo, S�lvio Salej, professor do Departamento de Sociologia da UFMG, alerta que, apesar de o resultado mostrar ritmo mais lento no ensino infantil, a retoma das aulas ser� "um tiro no escuro" caso n�o seja realizada a testagem de alunos, funcion�rios e professores com o frequ�ncia.

Apenas o monitoramento e a testagem impedir�o o surgimento de surtos, conforme alerta.
 
O professor n�o � contra a retomada das aulas, mas teme os efeitos caso n�o seja feita a testagem de modo adequado:"Ningu�m est� desconsiderando a import�ncia de retomar gradualmente as atividades escolares, mas a pergunta �: em quais condi��es?".

E completa: "Sem testes n�o teremos capacidades de resposta em tempo oportuno para isolar e colocar em quarentena os casos". 

 

Modelos matem�ticos

 
O projeto prev� aplicar, no Brasil, modelos matem�ticos que j� foram testados em outros pa�ses. Eles levaram em conta quantos contatos f�sicos, epidemiologicamente relevantes, uma pessoa em diversas faixas et�rias t�m por dia.
 
A primeira simula��o foi realizada para o ambiente escolar em uma situa��o hipot�tica. "O c�rculo escolar ser� uma correia de transmiss�o entre escola e fam�lia. Estamos incluindo, nesse c�rculo, a cadeia de transporte p�blico e transporte escolar", diz.

A simula��o computacional levou em conta o tamanho de uma turma escolar padr�o, o n�mero m�dio de membros da fam�lia da crian�a e o que aconteceria, o uso de m�scaras e as taxas de contatos f�sicos.

Ainda: se uma crian�a entra contaminada no ambiente escolar o que ocorreria e qual seria o curso da contamina��o.

"O cen�rio � preocupante, que voc� abra o sistema escolar sem fazer monitora��o, acompanhamento e testagem. Se vai testar ou n�o vai testar as pessoas no ambiente escolar", disse.
 

Os resultados 


O resultado da simula��o indica que sem o uso de m�scara o contato � mais veloz, atingindo pessoas em todos os grupos et�rios. O modelo tamb�m destaca o aumento significativo do avan�o da contamina��o com o aumento do n�mero de pessoas contaminadas na sala de aula. 

O modelo demonstra que, na faixa et�ria de 0 a 5 anos, “a contamina��o foi mais branda” e com o uso de m�scara se reduz ainda mais. 

No contexto com cinco alunos infectados na sala de aula, com o uso de m�scara, o pico � atingido no 22º dia, com cerca de 18 infectados.

No grupo et�rio de 6 a 14 anos, os contatos s�o mais elevados, portanto a contamina��o foi mais expressiva. No contexto com cinco alunos infectados na sala de aula, com o uso de m�scara, o pico � atingido por volta do 10º dia com cerca de 80 infectados. 

De 15 a 19 anos, o pico seria no 11º dia, com cerca de 80 contaminados.

O pesquisador apresenta que a maior taxa de contatos f�sicos se daria entre jovens e adolescentes do que em rela��o �s crian�as. "H� menos taxas de contatos de crian�as menores. Partimos da ideia que a crian�a pula e brinca, mas pode ficar muito mais controlada".
 
O pesquisador sugere que sejam propostas, nas salas de aula, atividades em bolhas e grupinhos. "Com adolescentes � bem mais complicado".

Ele diz que esse � um fator que explica o risco, mas o ponto mais relevante � o monitoramento de contaminados na escola: "Isso pressup�e realizar testagem. Se essa pergunta fica sem resposta � um problema". 

O professor citou como exemplo de monitoramento a a��o realizada no curso de biologia da Universidade John Hopkins nos EUA. L�, os estudantes t�m a obriga��o de  fazer tr�s testes PCR na semana.

Ele destaca que esse controle � essencial. O projeto foi  apoiado pelo Minist�rio da Sa�de


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