
Pesquisadores do Departamentos de Sociologia da Fafich e de Estat�stica do ICEx, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizaram uma simula��o computacional para fazer uma proje��o de cont�gio do novo coronav�rus no ambiente escolar.
Realizada em parceria com a Universidade Central do Equador, o estudo aplica modelos matem�ticos para saber como seria o cont�gio em salas com um n�mero determinado de alunos e com o uso e sem o uso de m�scaras.
Realizada em parceria com a Universidade Central do Equador, o estudo aplica modelos matem�ticos para saber como seria o cont�gio em salas com um n�mero determinado de alunos e com o uso e sem o uso de m�scaras.
O estudo pode ser usado como refer�ncia para avaliar a retomada das aulas no ensino infantil em Belo Horizonte.
No entanto, o coordenador do estudo, S�lvio Salej, professor do Departamento de Sociologia da UFMG, alerta que, apesar de o resultado mostrar ritmo mais lento no ensino infantil, a retoma das aulas ser� "um tiro no escuro" caso n�o seja realizada a testagem de alunos, funcion�rios e professores com o frequ�ncia.
Apenas o monitoramento e a testagem impedir�o o surgimento de surtos, conforme alerta.
Apenas o monitoramento e a testagem impedir�o o surgimento de surtos, conforme alerta.
O professor n�o � contra a retomada das aulas, mas teme os efeitos caso n�o seja feita a testagem de modo adequado:"Ningu�m est� desconsiderando a import�ncia de retomar gradualmente as atividades escolares, mas a pergunta �: em quais condi��es?".
E completa: "Sem testes n�o teremos capacidades de resposta em tempo oportuno para isolar e colocar em quarentena os casos".
E completa: "Sem testes n�o teremos capacidades de resposta em tempo oportuno para isolar e colocar em quarentena os casos".
Modelos matem�ticos
O projeto prev� aplicar, no Brasil, modelos matem�ticos que j� foram testados em outros pa�ses. Eles levaram em conta quantos contatos f�sicos, epidemiologicamente relevantes, uma pessoa em diversas faixas et�rias t�m por dia.
A primeira simula��o foi realizada para o ambiente escolar em uma situa��o hipot�tica. "O c�rculo escolar ser� uma correia de transmiss�o entre escola e fam�lia. Estamos incluindo, nesse c�rculo, a cadeia de transporte p�blico e transporte escolar", diz.
A simula��o computacional levou em conta o tamanho de uma turma escolar padr�o, o n�mero m�dio de membros da fam�lia da crian�a e o que aconteceria, o uso de m�scaras e as taxas de contatos f�sicos.
Ainda: se uma crian�a entra contaminada no ambiente escolar o que ocorreria e qual seria o curso da contamina��o.
"O cen�rio � preocupante, que voc� abra o sistema escolar sem fazer monitora��o, acompanhamento e testagem. Se vai testar ou n�o vai testar as pessoas no ambiente escolar", disse.
Ainda: se uma crian�a entra contaminada no ambiente escolar o que ocorreria e qual seria o curso da contamina��o.
"O cen�rio � preocupante, que voc� abra o sistema escolar sem fazer monitora��o, acompanhamento e testagem. Se vai testar ou n�o vai testar as pessoas no ambiente escolar", disse.
Os resultados
O resultado da simula��o indica que sem o uso de m�scara o contato � mais veloz, atingindo pessoas em todos os grupos et�rios. O modelo tamb�m destaca o aumento significativo do avan�o da contamina��o com o aumento do n�mero de pessoas contaminadas na sala de aula.
O modelo demonstra que, na faixa et�ria de 0 a 5 anos, “a contamina��o foi mais branda” e com o uso de m�scara se reduz ainda mais.
No contexto com cinco alunos infectados na sala de aula, com o uso de m�scara, o pico � atingido no 22º dia, com cerca de 18 infectados.
No grupo et�rio de 6 a 14 anos, os contatos s�o mais elevados, portanto a contamina��o foi mais expressiva. No contexto com cinco alunos infectados na sala de aula, com o uso de m�scara, o pico � atingido por volta do 10º dia com cerca de 80 infectados.
De 15 a 19 anos, o pico seria no 11º dia, com cerca de 80 contaminados.
No contexto com cinco alunos infectados na sala de aula, com o uso de m�scara, o pico � atingido no 22º dia, com cerca de 18 infectados.
No grupo et�rio de 6 a 14 anos, os contatos s�o mais elevados, portanto a contamina��o foi mais expressiva. No contexto com cinco alunos infectados na sala de aula, com o uso de m�scara, o pico � atingido por volta do 10º dia com cerca de 80 infectados.
De 15 a 19 anos, o pico seria no 11º dia, com cerca de 80 contaminados.
O pesquisador apresenta que a maior taxa de contatos f�sicos se daria entre jovens e adolescentes do que em rela��o �s crian�as. "H� menos taxas de contatos de crian�as menores. Partimos da ideia que a crian�a pula e brinca, mas pode ficar muito mais controlada".
O pesquisador sugere que sejam propostas, nas salas de aula, atividades em bolhas e grupinhos. "Com adolescentes � bem mais complicado".
Ele diz que esse � um fator que explica o risco, mas o ponto mais relevante � o monitoramento de contaminados na escola: "Isso pressup�e realizar testagem. Se essa pergunta fica sem resposta � um problema".
Ele diz que esse � um fator que explica o risco, mas o ponto mais relevante � o monitoramento de contaminados na escola: "Isso pressup�e realizar testagem. Se essa pergunta fica sem resposta � um problema".
O professor citou como exemplo de monitoramento a a��o realizada no curso de biologia da Universidade John Hopkins nos EUA. L�, os estudantes t�m a obriga��o de fazer tr�s testes PCR na semana.
Ele destaca que esse controle � essencial. O projeto foi apoiado pelo Minist�rio da Sa�de
Ele destaca que esse controle � essencial. O projeto foi apoiado pelo Minist�rio da Sa�de