
Foi com euforia que os expositores receberam o an�ncio do prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), na quinta-feira (6/5), durante entrevista coletiva, sobre os novos avan�os no processo de flexibiliza��o.
Mas o primeiro dia da reabertura n�o atraiu muita gente. Durante todo o dia o movimento foi considerado fraco, em compara��o aos tempos antes da pandemia. O an�ncio �s v�speras da data comemorativa das m�es foi foco de reclama��o de feirantes e expositores.
Ab�lio Cezar, 76 anos, expositor h� 47, considerou que "foi muito em cima", n�o dando tempo de repor estoques. "Pela data, n�o espero muito, porque � dia das fam�lias ficarem mais em casa."
O casal Adalgisa Costa Couto, 64 anos, e Jos� Geraldo de Miranda, 58, feirantes h� 35 anos, concordam com Ab�lio. Mesmo dizendo ser "a esperan�a, a �ltima que morre", eles acreditam que poderiam ter retornardo bem antes para possibilitar as compras do Dia das M�es.
Emo��o de m�e e filha, 'nascida' na feira, no retorno �s atividades

Muito emocionadas, Iolanda Rosa Martins, 59 anos, e a filha, Mariana Rosa Martins, 33, comemoravam o retorno � Avenida Afonso Pena. Mariana postava mensagens no Instagram chamando os amigos e fregueses. "Estamos muito felizes pela retomada. Aqui passei todos os dias das m�es, com exce��o do ano passado", explica Mariana, que diz ter nascido e crescido praticamente na barraca de acess�rios infantis da m�e.

O casal Ronaldo Jesus Pereira, 51 anos, bombeiro hidr�ulico, e Lilian Pereira, de 44 anos, enfermeira, aproveitaram a feira, com o filho tamb�m enfermeiro, Guilherme Ronald, 22, para comprar os presentes. "Estamos muito felizes de poder sair, com todos os cuidados necess�rios, mas era grande a saudade desse passeio matinal", explicou Ronaldo. A m�e de Guilherme disse que recebeu de presente do filho o cart�o de cr�dito para comprar presentes. "Mas ele est� de olho", brincou.
As primas Amanda Pereira, 27 anos, estudante e D�bora Figueiredo, 23, representante comercial, chegaram cedo � feira. "Amamos esse lugar. Aqui encontramos coisas exclusivas e vamos levar para nossas m�es. Apesar que dia de m�e s�o todos os dias."

A Feira Hippie n�o funcionava desde o dia 10 de janeiro. � um dos mais importantes eventos comerciais alternativos da capital, recebendo, em m�dia, 80 mil visitantes, e emprega mais de 30 mil pessoas, direta e indiretamente, em um domingo comum.
A feira responde a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. Ela recebe visitantes do interior de Minas e de outros estados, movimentando o setor de hospedagens, alimenta��o e com�rcio no entorno.
No ano passado, depois da quarentena em Belo Horizonte, a feira passou a ocupar maior espa�o, entre Pra�a Sete e Rua dos Guajajaras. A m�scara continua obrigat�ria, como tamb�m a higieniza��o das m�os ao tocar em mercadorias, e proibi��o de provadores.
Os comerciantes s�o respons�veis por direcionar filas e demarcar espa�os para evitar aglomera��es, observando o distanciamento de dois metros entre as pessoas.