
A vacina��o contra a gripe em Minas chega � �ltima etapa no estado nesta quarta-feira (9/6) com baixa procura. Segundo a Secretaria de Estado de Sa�de, apenas um ter�o do p�blico-alvo foi imunizado at� o momento.
A vacina��o contra o v�rus influenza vai at� 9 de julho. Podem se imunizar pessoas com doen�as cr�nicas, pessoas com defici�ncia, caminhoneiros, trabalhadores das for�as de seguran�a e salvamento, trabalhadores do transporte coletivo de passageiros, rodovi�rio e urbano, integrantes das for�as armadas, do sistema prisional, popula��o privada de liberdade e adolescentes de 12 a 21 anos sob cumprimento de medidas socioeducativas. Em Belo Horizonte, cerca de 320 mil pessoas integram esses grupos.
A Prefeitura de BH tamb�m iniciou a terceira etapa da Campanha de Vacina��o contra a Gripe, com cobertura abaixo da metade do p�blico-alvo (41%). A primeira fase da campanha teve in�cio no dia 12 de abril. Essa parcela de imunizados considera todos os grupos j� contemplados – crian�as de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes, pu�rperas, trabalhadores da sa�de, professores e pessoas a partir de 60 anos –, que totalizam cerca de 800 mil pessoas. A cobertura vacinal indicada para garantir prote��o de toda popula��o � de 90%.
O p�blico contemplado que ainda n�o compareceu aos locais de vacina��o ainda pode se imunizar. Os trabalhadores da sa�de que atuam em hospitais (p�blicos, filantr�picos e privados), SAMU, centros de sa�de e UPAs est�o sendo vacinados nas pr�prias institui��es.
Por medida de seguran�a, pessoas que receberam qualquer vacina, incluindo doses contra a COVID-19, precisam respeitar um intervalo m�nimo de 14 dias para tomar a dose contra Gripe.
De acordo com a prefeitura, para ampliar o acesso e evitar aglomera��o em locais de vacina��o, as pessoas com comorbidades acima de 12 anos poder�o receber a dose em unidades da Droga Clara e Araujo a partir de quinta-feira (10/6), al�m dos centros de sa�de. A vacina��o de idosos a partir de 60 anos continua dispon�vel nessas unidades. Para serem vacinadas, as pessoas com comorbidades devem apresentar laudo, atestado ou exames. As crian�as a partir de 6 meses com comorbidades podem se vacinar nos centros de sa�de.
Nas drogarias s�o distribu�das senhas, sendo uma por usu�rio. O hor�rio � das 8h �s 14h, de segunda a sexta-feira, e aos s�bados, das 8h �s 12h. Os endere�os est�o dispon�veis no portal da prefeitura.
Como as vacinas funcionam
De acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), as vacinas cont�m partes enfraquecidas ou inativadas de um determinado organismo (ant�geno) que desencadeiam uma resposta imunit�ria do corpo. As mais recentes s�o compostas pela matriz para produzir ant�genos, e n�o pelo pr�prio ant�geno.
A vacina��o n�o s� reduz as chances de um surto ou epidemia, mas tamb�m evita que a pessoa vacinada seja contaminada por uma doen�a potencialmente fatal, impedindo assim interna��es e gastos p�blicos em grande escala, com hospitais, medicamentos, tratamentos e potenciais reabilita��es.
Rea��o em comunidade
Embora a imuniza��o seja feita individualmente, as vacinas n�o foram pensadas considerando-se apenas a prote��o de indiv�duos de forma isolada, mas de comunidades inteiras. A maioria das doen�as evit�veis por vacina � transmitida de pessoa para pessoa, pelo contato com objetos contaminados ou quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas got�culas que cont�m os agentes infecciosos, como � o caso da COVID-19.
A infec��o pessoa a pessoa se espalha quando um transmissor entra em contato com uma pessoa suscet�vel. Se o transmissor s� entrar em contato com indiv�duos imunes, a infec��o n�o vai al�m do caso inicial e � rapidamente controlada. Micaella lembra que essa cadeia de transmiss�o humano a humano pode ser interrompida, mesmo que n�o haja 100% de imunidade de certos grupos, porque os casos transmissores n�o t�m contatos infinitos.
Mesmo diante das estat�sticas positivas, a imuniza��o ainda enfrenta importantes barreiras a serem transpostas. Uma delas � a hesita��o em se vacinar. A OMS listou esse fator como uma das 10 maiores amea�as � sa�de global em 2019.
A imuniza��o � um direito humano, al�m de ser um componente fundamental da aten��o prim�ria. Poucas medidas em sa�de p�blica podem ser comparadas ao impacto das vacinas, pois elas reduzem doen�as, incapacidades e mortes por uma variedade de doen�as infecciosas.
Conforme dados da OMS, atualmente, existem vacinas para a preven��o de mais de 20 doen�as fatais, evitando, assim, cerca de 2 a 3 milh�es de mortes todos os anos por males como difteria, t�tano, coqueluche, influenza e sarampo.