
Um homem que dizia ter poderes medi�nicos para curar "mau-olhado" e outros males que acometem as pessoas, foi preso nesta quarta-feira (23/6) em Materl�ndia, Vale do Rio Doce, por uma equipe da Pol�cia Civil de Minas Gerais. A pris�o ocorreu como parte da Opera��o Amap�, que investigava as a��es deste homem.
Ele agia interpretando dois personagens: um “m�dium”, cujo codinome era Joaquim de Amap�, que seria capaz de garantir o livramento �s pessoas, e outro, de voz sedutora, que intermediava o encontro das pessoas com o “m�dium”.
Ao modificar a sua voz para ligar para as pessoas, ele informava que elas estavam possu�das e acometidas de "mau-olhado". E orientava as suas v�timas a se encontrar com o homem que teria os tais poderes medi�nicos.
Ao telefone, ele dizia que somente aquele homem seria capaz de conceder o livramento a elas, afirmando que, dessa forma, o feiti�o seria quebrado e elas estariam a salvo de um mal maior, como a morte, por exemplo.
Marcado o encontro, em um lugar indicado pelo personagem de voz sedutora, a pessoa, iludida e esperan�osa pela cura, corria ao encontro do "m�dium", ou seja, a mesma pessoa que havia ligado para ela.
Durante o suposto atendimento espiritual, o "m�dium" dizia que para a pessoa ser livrada de todos os males, teria de cumprir determinadas a��es, dentre essas, manter rela��es sexuais com ele.
O delegado S�vio Moraes explicou que, “como as v�timas eram pessoas conhecidas do indiciado, tendo ele conhecimento da rotina, de nomes de familiares e acontecimentos recentes, elas acabavam acreditando numa esp�cie de poder medi�nico do tal curandeiro”.
Mas a pol�cia deu um basta no teatro macabro e p�s fim � farsa armada pelo homem com os dois personagens. Depois das investiga��es bem-sucedidas, ele foi preso por viola��o sexual mediante fraude, que prev� pena de dois a seis anos de reclus�o.
At� o momento, duas v�timas j� foram identificadas, sendo uma na forma consumada e outra, tentada.
“A equipe policial da Delegacia em Sabin�polis fez um trabalho de investiga��o criminal genu�na, investiga��o t�cnica na ess�ncia, que somente foi exitosa devido ao uso da tecnologia e de t�cnicas de intelig�ncia policial. Essa � a fun��o primordial da Pol�cia Judici�ria: investiga��o criminal qualificada", disse o delegado Moraes.
O homem foi encaminhado ao sistema prisional, onde est� � disposi��o da Justi�a.