
Segundo informa��es do boletim de ocorr�ncia, a m�e da v�tima relatou � Pol�cia Militar (PM) que ela havia sido operada nessa quarta-feira (23/6). Ap�s a cirurgia, a mulher foi encaminhada para observa��o em aparente tranquilidade, satisfeita com os resultados.
Durante esta madrugada, no entanto, a paciente teria sentido fortes dores e calafrios. Diante da ocorr�ncia, a equipe de plant�o foi mobilizada para lev�-la � sala de emerg�ncia. Por volta das 7h, a mulher veio a �bito.
O cirurgi�o respons�vel pelo procedimento disse aos policiais que a cirurgia teria ocorrido dentro da normalidade e que, ap�s encerrar o expediente e chegar em casa, foi informado sobre o estado de sa�de da v�tima.
Os cuidados de emerg�ncia ficaram a cargo da m�dica de plant�o. Ela disse � pol�cia que foi chamada durante a madrugada para comparecer ao quarto da mulher. Ap�s examin�-la, a profissional prescreveu medicamentos para dor. Ao notar que o quadro n�o melhorava, ela ent�o recomentou que a v�tima fosse levada � sala de emerg�ncia. Familiares da paciente contaram � PM que ela sofria de press�o alta.
De acordo com a Pol�cia Civil, o corpo foi removido para o Instituto M�dico Legal Andr� Roquette (IMLAR), onde ser� submetido a exames para apurar a causa da morte.
O Estado de Minas entrou em contato com o Centro Cir�rgico Integrado. O estabelecimento informou que n�o vai se pronunciar em respeito o caso.
Consultada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclareceu, por meio de nota, que a cl�nica possui alvar� de funcionamento para realizar procedimentos cir�rgicos.
Press�o est�tica
Uma reportagem especial publicada no ano passado pelo EM abordou a press�o est�tica sofrida pelas mulheres. Um dos casos citados na mat�ria envolve a morte de uma jovem operada na Cl�nica Bel�ssima, situada na Savassi, Regi�o Centro-Sul de BH, em 11 setembro de 2020.
Edisa Soloni, de apenas 20 anos, foi convencida a submeter-se a tr�s cirurgias pl�sticas por um especialista. A paciente morreu em 11 de setembro, horas ap�s a interven��o.
Ouvida pelas jornalistas, a psicanalista Manuela Xavier explicou que o fen�meno da busca desenfreada por procedimentos est�ticos tem ra�zes culturais j� que, �s mulheres, imp�e-se a "juventude eterna". Ela esclareceu, por�m, que a corrida �s cl�nicas �, sobretudo, um fen�meno econ�mico. Para a psicanalista, o capitalismo se apropriou do conceito de beleza para transform�-lo em "bem de consumo".
“� imposto um problema para se vender a solu��o. Como o mercado de beleza serve para vender beleza, ent�o, a beleza n�o existe. N�o se entende que o bonito � o natural. Ele � bonito desde que seja um natural forjado”, alerta a doutora e mestra em psicologia cl�nica pela PUC Rio.
Leia mais: Como as redes sociais aumentam a press�o est�tica sobre o corpo da mulher