
De acordo com Maicon Novaes, agente fiscal da Prefeitura de El�i Mendes, a cl�nica � particular e j� tinha apresentado irregularidades desde o ano passado, ap�s uma den�ncia de maus-tratos. Em abril deste ano, o local foi interditado pela Vigil�ncia Sanit�ria e dias depois, foi interditado judicialmente.

Na a��o em conjunto dos �rg�os p�blicos, foi constado pacientes trancados em um c�modo, al�m de quartos com celas e grades. “Foram encontradas diversas pessoas que estavam sendo mantidas no local contra suas vontades e nos imploraram pela liberdade. Foram encontrados alguns idosos que j� estavam h� anos no centro, al�m de pessoas com defici�ncia que viviam isoladas em um ponto afastado, em p�ssimas condi��es”, afirma Pol�cia Civil.
Ao todo, 63 pacientes foram resgatados e 41 internos testaram positivo para a COVID-19. Uma pessoa precisou ser hospitalizada antes de realizar o teste mas, de acordo com a Vigil�ncia Sanit�ria, a maioria dos internos estavam assintom�ticos.
O Minist�rio P�blico informou que a cl�nica n�o tinha os requisitos b�sicos para funcionamento, como equipe t�cnica, alvar� de funcionamento, laudo do Corpo de Bombeiros, dentre outras exig�ncias. E, mesmo assim, os familiares dos pacientes pagavam em torno de R$ 1 mil para os respons�veis do local.
“Devendo a r�, no prazo de 15 dias, realizar a desinterna��o e transfer�ncia de todos os pacientes que se encontram atualmente internados, destinando-os para a fam�lia ou estabelecimento cl�nico adequado de acordo com os padr�es legais vigentes, sob pena de comina��o de multa di�ria no valor de R$1.000,00 por interno que permane�a na cl�nica, at� o limite de R$1.000.000,00. Cite-se e intime-se a parte r�, na pessoa de seu representante legal, para apresentar contesta��o dentro no prazo legal, sob pena de revelia”, ressalta trecho do documento do Minist�rio P�blico.
As pessoas foram encaminhadas para as suas cidades de origem pela Assist�ncia Social do munic�pio de El�i Mendes. “Havia pessoas das mais diversas cidades do estado: El�i Mendes, Varginha, Po�os de Caldas, Caldas, Congonhal, Divin�polis, Campo Belo, Belo Horizonte e at� uma pessoa de S�o Paulo”, destaca outro trecho do documento.
O Estado de Minas tentou falar com a advogada respons�vel pela cl�nica, mas at� o momento n�o teve resposta.