O furto de duas pedras de crack foi a causa do assassinato de Clayton Nunes Duarte, de 33 anos, ocorrido em 18 de mar�o deste ano, no Bairro Jardim Alvorada, em Belo Horizonte. Essa foi a conclus�o dos policiais do Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), que prenderam tr�s pessoas acusadas de crimes, entre eles o chefe do tr�fico na regi�o, de 22 anos, e o primo da v�tima, de 19.
“Mais uma vez a mola propulsora para o crime foi o tr�fico de drogas, e o que chama mais aten��o � ter sido cometido por tr�s homens, sendo um deles primo e vizinho da v�tima. E mais do que isso: a vida desse indiv�duo, al�m de outras desaven�as relacionadas ao tr�fico, foi ceifada em raz�o de duas pedras de crack”, diz a chefe dao DHPP, delegada Let�cia Gamboge.
Segundo um dos delegados que participaram das investiga��es, Lucas Nunes, a v�tima era usu�ria de drogas e, para manter seu v�cio, cometia pequenos furtos no Aglomerado da Grota, na regi�o do Laj�o. “Poucos dias antes de ser assassinado, uma carga de drogas, avaliada em R$ 3 mil, foi roubada na regi�o. Os traficantes n�o sabiam quem eram os autores desse furto, tentaram incriminar os usu�rios, entre eles a v�tima e um amigo dele. Com medo de repres�lias, os dois passaram a se esconder em casa, evitando sair.”
As investiga��es indicaram que o chefe do tr�fico local avisou �s fam�lias desses usu�rios que eles estariam perdoados e poderiam voltar a transitar pelo aglomerado, caso devolvessem a droga.
O homem de 33 anos estava envolvido em outro epis�dio, no caso o furto de duas pedras de crack. A v�tima teria se encontrado com o primo em um ponto de venda de drogas e, quando o suspeito precisou se ausentar, teria furtado as drogas, fazendo uso de uma e vendendo outra para um usu�rio.
Por causa desse furto, a v�tima foi agredida pelo primo e por outro traficante, mas ainda conseguiu fugir e avisar a um amigo sobre a viol�ncia sofrida. Com medo, a v�tima tentou sair do aglomerado, mas foi interceptada pelos suspeitos e levada para o local onde foi agredida novamente e levou tr�s tiros.
“Esse caso teve grande repercuss�o. Recebemos v�rias chamadas no Disque Den�ncia, que foi o que nos conduziu no in�cio das investiga��es. Os moradores do aglomerado n�o aceitavam o crime, por haver uma proximidade, um parentesco entre v�tima e um dos matadores”, diz o delegado Lucas.
Os tr�s presos t�m antecedentes criminais por tr�fico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, sendo que o homem apontado como chefe do grupo tamb�m tem registro por um homic�dio ocorrido em 2018, a��o que contou com a participa��o do primo da v�tima, menor de idade � �poca.