
Entre os impactos da pandemia de COVID-19 est� a diminui��o dos �ndices relativos a transplantes de �rg�os. Em Minas Gerais, dados do MG Transplantes d�o conta de que a fila de espera dos pacientes por um novo �rg�o cresceu 21,5% em 2021, chegando ao maior n�vel registrado em cinco anos.
Quando se fala do enfrentamento dos problemas relacionados � vis�o, a informa��o � que as doa��es de c�rnea , que j� vinham encolhendo, foram ainda mais afetadas nesse per�odo.
Desde o in�cio da crise com o coronav�rus , quem precisa do procedimento agora enfrenta um tempo de espera que praticamente dobrou. A Santa Casa de Belo Horizonte � a institui��o que responde pela maior parte dos transplantes de c�rnea no estado, e amarga os efeitos da baixa nas doa��es .
"� necess�rio conscientizar e mobilizar a sociedade para fazer a doa��o", alerta Glauber Coutinho Eliazar, m�dico assistente da Cl�nica dos Olhos da Santa Casa BH e Preceptor dos setores de Urg�ncia e de C�rnea.
Cust�dia Amorim sofre com distrofia de fuchs, doen�a de origem gen�tica que mata progressivamente as c�lulas da c�rnea. A vis�o do olho direito acabou sendo perdida de maneira irrevers�vel. Ela enfrentou dois transplantes de c�rnea, quando houve rejei��o pelo organismo.
Depois de uma expectativa de quase dois anos pela terceira cirurgia, ela foi submetida, em junho, via SUS, ao novo transplante no olho esquerdo, desta vez com sucesso, e se recuperou bem.
A filha de Cust�dia, a advogada Gliane Junia Melo Amorim, acompanha a m�e desde o in�cio do tratamento e tamb�m apresenta a doen�a. � acompanhada j� h� um bom tempo, mas a possibilidade de precisar de um transplante de c�rnea n�o est� descartada.