
No lugar dos livros, pap�is e canetas, as ferramentas de trabalho t�m sido os pinc�is, tinta, cimento e areia. Esse material de obras tem feito parte do dia a dia de trabalho de cinco jovens vindas da Fran�a que passam uma temporada em Belo Horizonte em torno de uma nobre miss�o.
Elas integram um projeto social de seu pa�s que veio � capital mineira auxiliar na amplia��o do espa�o do Centro de Assist�ncia Social Tecendo a Vida, no Bairro Uni�o, Regi�o Nordeste da capital mineira, que atende crian�as e mulheres e situa��o de maior vulnerabilidade social.
Elas integram um projeto social de seu pa�s que veio � capital mineira auxiliar na amplia��o do espa�o do Centro de Assist�ncia Social Tecendo a Vida, no Bairro Uni�o, Regi�o Nordeste da capital mineira, que atende crian�as e mulheres e situa��o de maior vulnerabilidade social.
Apesar do trabalho pesado, as estudantes literalmente puseram a m�o na massa. O trabalho di�rio delas se ajudar na pintura das paredes e outros servi�os gerais requisitados pelos demais profissionais na constru��o.
A parceria nasceu com o interm�dio do professor Pascal Caquineau, de 65 anos, que h� quase duas d�cadas est� radicado no pa�s. Atualmente, ele � o presidente da ONG Opera��o Brasil, que tamb�m realiza projetos de cunho social junto �s popula��es menos favorecidas.
H� tr�s anos, ele recebeu uma liga��o de uma institui��o filantr�pica francesa chamada Hope, voltada para as causas sociais e ecol�gicas, que queria desenvolver a��o no Brasil. Logo, ele indicou o Tecendo a Vida.
H� tr�s anos, ele recebeu uma liga��o de uma institui��o filantr�pica francesa chamada Hope, voltada para as causas sociais e ecol�gicas, que queria desenvolver a��o no Brasil. Logo, ele indicou o Tecendo a Vida.
Uma das jovens que participam das obras � Cyrielle Andlauer, de 22 anos, estudante de com�rcio internacional. Presidente da Hope, ela avalia com muita satisfa��o a experi�ncia no Brasil.
“N�s fomos calorosamente acolhidas pelas funcion�rias e irm�s do centro educativo Tecendo a Vida. Elas cuidaram de n�s com muito carinho, e tornaram mais agrad�vel nossa primeira experi�ncia na obra, com refei��es deliciosas e pausas l�dicas com as crian�as. Por outra parte, estamos acompanhadas por uma equipe de profissionais atentos e gentis. A experi�ncia no Brasil foi muito bonita e enriquecedora, mas tamb�m intensa pela atividade f�sica”, diz Cyrielle.
“N�s fomos calorosamente acolhidas pelas funcion�rias e irm�s do centro educativo Tecendo a Vida. Elas cuidaram de n�s com muito carinho, e tornaram mais agrad�vel nossa primeira experi�ncia na obra, com refei��es deliciosas e pausas l�dicas com as crian�as. Por outra parte, estamos acompanhadas por uma equipe de profissionais atentos e gentis. A experi�ncia no Brasil foi muito bonita e enriquecedora, mas tamb�m intensa pela atividade f�sica”, diz Cyrielle.

Quem tamb�m participa da a��o � Alexandra Gat, tamb�m de 22, e estudante da escola Skema, fundada na Fran�a e que tamb�m conta com filial na capital mineira. Sorridente, a jovem conta que v�rios mineiros estranharam o fato de ver mulheres numa obra que normalmente tem a participa��o de homens.
“Os brasileiros est�o surpresos, at� mesmo estupefatos de ver jovens mulheres trabalhar voluntariamente, e sem obriga��es exteriores ou interesse financeiro. Do mesmo jeito, n�s estamos surpresas de receber elogios das mulheres do centro e de ser fotografadas trabalhando na obra. Mas nossa maior motiva��o � a perspectiva de poder contribuir a oferecer um espa�o saud�vel e caloroso para crian�as e mulheres necessitadas”, conta Alexandra.
“Os brasileiros est�o surpresos, at� mesmo estupefatos de ver jovens mulheres trabalhar voluntariamente, e sem obriga��es exteriores ou interesse financeiro. Do mesmo jeito, n�s estamos surpresas de receber elogios das mulheres do centro e de ser fotografadas trabalhando na obra. Mas nossa maior motiva��o � a perspectiva de poder contribuir a oferecer um espa�o saud�vel e caloroso para crian�as e mulheres necessitadas”, conta Alexandra.
Elas passar�o um per�odo de 20 dias no Brasil. Chegaram a Belo Horizonte em 10 de julho e t�m previs�o de voltar � Fran�a em 1º de agosto. Todas receberam as duas doses da vacina contra o coronav�rus.
Este � o terceiro ano da parceria no Brasil. Nos dois primeiros, mais de 10 estudantes europeias vinham ao Brasil com passagens e hospedagem custeadas por elas mesmo. Com a pandemia da COVID-19, apenas cinco jovens se arriscaram a embarcar para o pa�s sul-americano. A Hope tamb�m j� prestou assist�ncias a outras creches no Bairro Uni�o.
O projeto Tecendo a Vida presta ajuda humanit�ria a cerca de 60 crian�as na capital, al�m de ajudar mulheres. A parceria com a Hope ocorre desde 2019.
“Nossa obra atende a crian�as e adolescentes de 6 a 15 anos e mulheres. Trabalhamos com oficinas e artesanato e fazemos trabalhos de artesanato. Fazemos reflex�o sobre auto-conhecimento, autoestima e forma��o pol�tica nos tempos atuais”, ressalta a irm� M�rcia Amaral, que comanda o Tecendo a Vida.
Ela destaca a parceria feita com a Hope: "Cada ano � uma turma diferente. � um trabalho muito importante para n�s e para elas, que fazem esse interc�mbio ajudando aos que mais precisam".
Disparidade
Pascal Caquineau enaltece o papel das francesas no atual cen�rio de pandemia, em que h� uma disparidade social entre a Europa e o Brasil: “As estudantes v�m da Fran�a, um pa�s normalmente confort�vel, que mostra uma realidade. Isso � uma cumplicidade muito importante, sem envolver nenhum tipo de interesse. Existe, apenas, uma simples vontade de conhecimento de uma cultura diferente”.
“Esse projeto foi muito interessante para n�s. Acompanhar as estudantes nas obras � muito rico, que tem como maior trunfo ajudar as crian�as menos favorecidas”, complementa.