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Estado de Minas CASAL INDICIADO

Pais mataram beb� de 1 ano, conclui pol�cia

Caso ocorreu no �ltimo dia 6, em Montes Claros. Menina foi encontrada morta em casa. Al�m das agress�es, ela tinha sinais de abuso sexual, segundo a pol�cia


27/07/2021 09:08 - atualizado 27/07/2021 09:45

Da esquerda para a direita, os delegados Jurandir Rodrigues, chefe do 11º Departamento, Bruno Rezende, titular da Delegacia Especializada de Homicídios de Montes Claros, e Herivelton Ruas Santana, delegado Regional em Montes Claros, em entrevista coletiva nessa segunda (26/7)(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Da esquerda para a direita, os delegados Jurandir Rodrigues, chefe do 11� Departamento, Bruno Rezende, titular da Delegacia Especializada de Homic�dios de Montes Claros, e Herivelton Ruas Santana, delegado Regional em Montes Claros, em entrevista coletiva nessa segunda (26/7) (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)
 
A Pol�cia Civil concluiu que um casal de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, matou a pr�pria filha, de 1 ano e dois meses. O crime foi descoberto em 6 de julho no Bairro Santo Ant�nio. O resultado das investiga��es foi apresentado em uma entrevista coletiva nessa segunda-feira (26/7). 

Na manh� daquele dia, ao perceber que a crian�a n�o tinha sinais vitais, o homem de 39 anos saiu de casa, tomou uma dose de cacha�a em um bar e pegou um motot�xi para fugir. Como o Estado de Minas publicou em 7 de julho, ele foi localizado � noite perto da casa de parentes, no Bairro Monte Carmelo, ap�s uma den�ncia chegar � Pol�cia Militar (PM). O homem foi abordado na rua e resistiu � pris�o. A m�e e uma irm� dele tamb�m chegaram a ser conduzidas � delegacia para averiguar se teriam facilitado a fuga, segundo a PM. 

A m�e da beb� j� havia sido detida durante o dia ap�s a confirma��o da morte da menina, uma vez que testemunhas relataram v�rias agress�es dela contra a v�tima. Ainda de acordo com a PM, o suspeito teria ido at� a casa da m�e dele alegando que a menina estava morta. A mulher, ent�o, pediu que o marido fosse at� ao local para averiguar o que estava acontecendo. Quando ele chegou na casa, viu menina sem vida e chamou a m�e dela, que estava dormindo. 

casal foi preso preventivamente na ocasi�o e negou o crime inicialmente. O corpo da crian�a tinha v�rias marcas de agress�o e, al�m disso, era apurada a possibilidade de estupro. 

Ontem, o delegado Bruno Rezende, titular da Delegacia Especializada de Homic�dios de Montes Claros, informou que a necropsia indicou les�es nas costelas, rompimento da al�a intestinal e dilacera��o que � considerada um sinal caracter�stico de abuso sexual

Assassinato

O casal tem outros tr�s filhos e todos eram constantemente agredidos por motivos banais. Um deles chegou a relatar � pol�cia em depoimento que n�o sabia se os pais gostavam dele diante de tanta viol�ncia. A Pol�cia Civil tamb�m apurou que o casal costumava deixar os meninos sozinhos em casa ou com outras pessoas e sa�am para usar drogas. 

A fam�lia dormia em duas camas colocadas em um quarto. De acordo com o delegado, na madrugada do crime, a menina n�o queria dormir e, por causa disso, a m�e deu tapas e murros nela. A mulher assumiu as agress�es. Ela ainda disse que o companheiro deu um soco na menina e, de acordo com a Pol�cia Civil, tamb�m afirmou ter visto movimentos embaixo da colcha que poderiam indicar um abuso sexual. O pai negou as acusa��es e disse apenas ter visto a m�e bater na crian�a. 

Considerando que os pais t�m a obriga��o legal de proteger as crian�as e a fam�lia, a omiss�o de ambos levou a esse desfecho, conforme o delegado. “O pai alega que viu a crian�a sendo agredida v�rias vezes pela m�e; a m�e informa que viu o pai agredir a crian�a e observou movimentos que poderiam implicar em viol�ncia sexual. Eles escolheram, deliberadamente, n�o adotar nenhuma provid�ncia em rela��o ao outro”, enfatizou Rezende, que tamb�m descartou  a participa��o de uma terceira pessoa no crime, j� que somente os pais e irm�os tiveram acesso � menina no dia da morte. 

Crian�a sequer tinha registro

Refor�ando a omiss�o dos pais em rela��o � crian�a, o delegado Bruno Rezende contou na coletiva que v�rias institui��es precisaram se mobilizar para que o �bito da menina fosse declarado, porque ela n�o tinha registro civil.  

“Foi preciso, inclusive, trazer o pai do pres�dio de Bocai�va para Montes Claros para que ele pudesse assinar os tr�mites no Cart�rio de Registro Civil, a gente pudesse iniciar o protocolo de registrar a crian�a, consequentemente, declarar o �bito e, a partir disso, a fam�lia poder ter os cuidados com sepultamento, inuma��o e vel�rio. Ent�o, al�m de todo o desfecho tr�gico do caso, houve a necessidade de se adotar essas provid�ncias e diversas pessoas atuaram para isso, socialmente falando”, informou.

Indiciamento

De acordo com a Pol�cia Civil, o casal foi indiciado por homic�dio qualificado, abandono de incapaz e maus tratos. O homem vai responder tamb�m por estupro de vulner�vel. 

A mulher j� tem passagens pela pol�cia por tr�fico de drogas, recepta��o e abandono de incapaz. J� o pai tem condena��o por estupro de vulner�vel, al�m de passagens por amea�a, les�o corporal, dano, roubo e homic�dio. 


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