
A Justi�a mineira absolveu Edson Vieira Maciel, de 50 anos, acusado de ser o mandante do assassinato da esposa, Rosemary dos Santos Vieira, de 46 anos, em abril de 2017 na porta da casa deles, no Bairro Bandeirantes, Regi�o da Pampulha, em Belo Horizonte.
O construtor foi a j�ri popular nessa ter�a-feira (3/8), no F�rum Lafayette, Regi�o Centro-Sul da capital. A sess�o foi presidida pela ju�za Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, com o promotor do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) Cristian L�cio da Silva na acusa��o e os advogados Leon Bambirra Obregon Gon�alves e Dorcas Marques Almeida na defesa do r�u. O conselho de senten�a foi formado por quatro mulheres e tr�s homens.
O crime ocorreu em 18 de abril de 2017. A Pol�cia Militar (PM) informou na �poca que o filho da v�tima chegou da faculdade �s 22h30 de carona com um amigo e viu uma motocicleta parada na esquina da rua. Alguns minutos depois, ele e o marido da v�tima escutaram cerca de quatro tiros e foram at� o port�o da casa, onde encontraram Rosemary dos Santos Vieira, de 46 anos, baleada dentro do ve�culo de propriedade da mulher.
Edson chegou a levar Rosemary para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da regi�o, mas ela morreu. As investiga��es da Pol�cia Civil tiveram in�cio e Edson acabou preso em agosto daquele ano. Segundo a institui��o, os depoimentos das testemunhas descartaram a possibilidade de uma tentativa de assalto. O homem que atirou contra Rosemary tamb�m foi identificado.
A v�tima e o acusado estavam juntos h� mais de 20 anos. "Aduz que o crime foi cometido por motivo torpe, consistente no inconformismo do denunciado Edson com as desaven�as atreladas a quest�es financeiras do casal e objetivando se beneficiar do seguro de vida que a v�tima contratara poucos meses antes do homic�dio, al�m do fato de que a ofendida pretendia a separa��o", consta no processo. Na �poca, Edson negou o crime.
Sete testemunhas foram ouvidas na sess�o, entre elas um dos filhos do casal, que dep�s a favor do pai.
Em plen�rio, o promotor Cristian L�cio da Silva disse que as investiga��es apontaram que o crime foi cometido por algu�m que queria a morte da v�tima. Mas, Silva n�o se convenceu de que as provas corroborem o indiciamento de Edson como mandante do crime. Assim, ele pediu que os jurados votassem “n�o” em rela��o ao crime ter sido encomendado pelo construtor, pedindo assim, a absolvi��o.
No julgamento, Edson negou mais uma vez ter mandado matar Rosemary. Ele contou o que aconteceu no dia do crime e contou que socorreu a mulher, que era gerente de uma rede de farm�cias, com a ajuda de vizinhos, j� que o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) estava demorando. “firmou ainda que a morte da esposa rebaixou o padr�o de vida da fam�lia, uma vez que o sal�rio dela era o principal componente da renda da fam�lia, e que n�o sabia de todos os seguros de vida que a esposa havia contratado”, relata o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
A defesa de Edson tamb�m sustentou a tese de que ele n�o encomendou a morte da esposa. Os advogados disseram acreditar que o crime foi a mando de algu�m, mas que a pol�cia teria se baseado em elementos equivocados para conduzir as investiga��es, desconsiderando outras linhas. Eles tamb�m enfatizaram que os filhos do casal acreditam que o pai � inocente.
O filho do casal que dep�s disse no j�ri que a rotina da fam�lia em casa era tranquila, que n�o havia conflitos e afirmou n�o acreditar que o pai foi o mandante do crime.
Lida a senten�a, a ju�za determinou a expedi��o do alvar� de soltura de Edson Vieira Maciel. O outro r�u do processo � o suposto executor de Rosemary. Segundo o TJMG, ele tamb�m foi pronunciado, mas como recorreu da senten�a, o processo foi desmembrado. Ainda n�o h� informa��es sobre quando ele ser� julgado.