Uma em cada tr�s mortes causadas pela COVID-19 em menores de 18 anos no Brasil em 2020 vitimou beb�s de menos de 1 ano de idade. A conclus�o � de um estudo de pesquisadores da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisaram 1.207 �bitos provocados pela doen�a entre menores de idade no ano passado, tendo como base os dados do Sistema de Informa��o sobre Mortalidade Infantil do Minist�rio da Sa�de. As mortes por COVID-19 entre rec�m-nascidos (beb�s com menos de 28 dias de vida) representaram 9% de todos os �bitos provocados pela doen�a entre crian�as e adolescentes, enquanto beb�s com idade entre 28 dias at� menos de 1 ano responderam por 28% dessas mortes. Dados da pasta da Sa�de em Minas Gerais apontam quadro similar no estado, onde 37 beb�s de menos de um ano morreram de COVID-19 desde o in�cio da pandemia.
A faixa et�ria de 1 ano concentrou 8% das mortes entre crian�as e adolescentes e a de 2 anos, 5%. Com isso, as mortes de beb�s de at� 2 anos representaram cerca de 45% de todos os �bitos entre crian�as e adolescentes por COVID-19 no Brasil em 2020.
A pesquisa foi coordenada por Cristiano Boccolini, integrante do Laborat�rio de Informa��o em Sa�de do Instituto de Comunica��o e Informa��o Cient�fica e Tecnol�gica em Sa�de da Fiocruz. Ele alerta que � mais comum que crian�as e adolescentes tenham formas assintom�ticas de COVID-19, por�m, eles n�o est�o imunes aos quadros graves.
Boccolini ressalta que, para proteger as crian�as, a vacina��o de adultos deve ser acelerada, com prioridade para gestantes e lactantes. "Contudo, para conter a circula��o do v�rus e proteger nossas crian�as, o uso de m�scaras e o distanciamento social devem continuar, mesmo ap�s a vacina��o", afirma.
AMAMENTA��O O pesquisador recomenda que m�es com COVID-19 continuem a amamentar os filhos se ambos tiverem condi��es f�sicas para tal, j� que os benef�cios da amamenta��o superam em muito os riscos de contamina��o. Para minimizar a chance de transmiss�o, � preciso refor�ar os cuidados por meio do uso de m�scaras PFF2 e N-95, al�m de higiene das m�os.
A Fiocruz refor�a que a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) recomenda o uso universal de m�scaras de prote��o a partir dos 12 anos de idade. "Entre crian�as menores, o uso deve ser supervisionado e avaliado caso a caso. Crian�as com menos de 5 anos n�o devem ser obrigadas a usar m�scaras", diz o texto.
EM MINAS A situa��o � similar em Minas Gerais, onde 29,13% das 127 mortes por COVID-19 a popula��o com menos de 19 – as estat�sticas do estado listam as faixas de at� 1 ano, de 1 a 9 e de 10 a 19 – registradas desde o in�cio da pandemia se concentram no abaixo do primeiro ano de vida. Da cordo com dados da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) de sexta-feira (13/8) – os boletins publicados aos s�bados e domingos apresentam apenas uma vers�o resumida da situa��o da pandemia – beb�s com menos de 1 ano de idade representam 0,8% dos mais de 2 milh�es de casos da doen�a no estado e 37 pacientes dessa faixa et�ria perderam a vida para a doen�a. Crian�as de 1 a 9 anos s�o 2,6% dos casos – o documento n�o fornece os n�meros absolutos de diagn�sticos confirmados por faixa et�ria –, com 34 �bitos, enquanto a faixa o grupo de 10 a 19 representa 6,2% dos casos e registrou 56 mortes.
Aglomera��o de risco
Apesar do novo formato determinado pela Prefeitura de Belo Horizonte para tentar evitar aglomera��es na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, o movimento de ontem foi intenso, com jeito de convite � propaga��o do novo coronav�rus. Alguns visitantes transitavam sem m�scaras e o p�blico sem embolou em certos trechos, sem o distanciamento necess�rio para evitar a COVID-19. Reaberta em maio, depois de mais de quatro meses fechada, a feira ocupa, desde a reabertura ap�s quarentena em 2020, um espa�omaior, da Pra�a Sete � Rua Guarajaras, justamente para evitar aglomera��es. A m�scara continua obrigat�ria e essencial na previs�o contra a COVID-10.