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Estado de Minas Bikers

Pr�tica de ciclismo quadruplica em Passos durante pandemia da COVID-19

Belezas da Serra da Canastra atraem centenas de ciclistas nos fins de semana


20/08/2021 14:33 - atualizado 20/08/2021 14:37

O representante comercial Sérgio Gomes Filho tinha sobrepeso e hoje os passeios de bicicleta na Serra da Canastra fizeram com que ele voltasse ao seu peso normal(foto: Acervo/Sérgio Gomes Filho)
O representante comercial S�rgio Gomes Filho tinha sobrepeso e hoje os passeios de bicicleta na Serra da Canastra fizeram com que ele voltasse ao seu peso normal (foto: Acervo/S�rgio Gomes Filho)

Nos �ltimos meses, tem crescido o n�mero de pessoas que praticam o ciclismo em grupo, sobretudo nos finais de semana, em Passos. H� v�rios grupos que percorrem as ruas da cidade aos s�bados e domingos, bem cedinho, para evitar o tr�nsito. Outros v�o mais longe: para a zona rural ou at� para a Serra da Canastra. Esses grupos s�o formados por profissionais de diversos segmentos que aliaram o lazer � vida saud�vel da pr�tica esportiva.
 
 
H� at� “personal trainers” para esses grupos. Uma empresa de Americana (SP), por exemplo, encaminha os treinos e, por meio de um sistema, avalia, ajusta e tra�a as estrat�gias de evolu��o, sempre considerando o calend�rio de competi��es. O custo � de R$ 150. As bicicletas dependem do bolso de cada um. H� bicicletas de R$ 3,5 mil, mas h� verdadeiras m�quinas que chegam a custar R$ 60 mil,. Quem est� disposto a pagar, consegue as que mais duram e rendem.
 
O professor, consultor de liderança e processos de comunicação em vendas e escritor Anderson Jacob Rocha trocou o futebol pela bicicleta e não se arrepende(foto: Acervo/Anderson Jacob Rocha)
O professor, consultor de lideran�a e processos de comunica��o em vendas e escritor Anderson Jacob Rocha trocou o futebol pela bicicleta e n�o se arrepende (foto: Acervo/Anderson Jacob Rocha)
 
 
� noite, em meio aos carros, na cidade, � comum ver grupos pedalando at� altas horas. Em grupos de 3, 4 ou 10 pessoas, cortando avenidas e ruas. Nos fins de semana, o destino � outro: a paradis�aca Serra da Canastra e belas estradas rurais na regi�o de Passos. H� grupos de WhatsApp que re�nem os praticantes do ciclismo. Eles combinam as sa�das e o trajeto e andam em m�dia 20 quil�metros por dia. Dependendo do grupo, rende at� mais: 25 quil�metros diariamente.
 
Exemplos de disposi��o e de paix�o ao esporte n�o faltam. Alguns para largar a vida sedent�ria; outros para recordar-se da inf�ncia, n�o importa. O representante comercial S�rgio Gomes Filho, de 45 anos, casado, pai de tr�s filhos, se diz um “apaixonado por bike”. A bicicleta entrou na vida dele h� mais ou menos 10 anos. Incentivado por um amigo a praticar um exerc�cio diferente do futebol, voltou a dar novamente as pedaladas que estavam guardadas na mem�ria de sua inf�ncia, com intuito de melhorar o condicionamento f�sico e, consequentemente, uma melhora na sa�de como um todo.
 
“Nessa �poca, j� estava com sobrepeso (120 kg) e o corpo come�ava a dar os primeiros sinais de que algo n�o ia bem. Algumas altera��es em exames, estresse do trabalho e apreciador de uma boa cerveja com tira-gosto, vi que era o momento de iniciar a mudan�a. Voltei a pedalar inicialmente aos finais de semana e, aos poucos, essa paix�o foi se intensificando. As dist�ncias foram aumentando, o n�mero de dias praticando o esporte tamb�m e, com isso, vieram junto as primeiras competi��es”, conta S�rgio.
 
H� tr�s anos, surgiu um grande desafio para ele: uma corrida que sa�a de Alfenas (MG) e chegava a Aparecida (SP). Seriam 282 quil�metros de trilhas e estradas rurais. Al�m disso, tinha que enfrentar o fato de que a largada se daria �s 20h. Ent�o, boa parte desta corrida seria durante a noite. “Procurei uma assessoria esportiva de ciclismo que me acompanha at� hoje e iniciei o processo de prepara��o, com o intuito de apenas conseguir concluir o desafio. Foram quatro meses de treinos duros, muitas vezes de madrugada, com o objetivo de acostumar a virar a noite pedalando. E essa rotina s� fazia crescer o amor pelo esporte e pela ‘magrela’. A corrida foi um sucesso e eu consegui o 5° lugar na classifica��o geral e 1° na minha categoria (sub 45), frente a mais de 300 atletas, ou malucos como eu, que estavam dispostos a pedalar mais de 15 horas ininterruptas”, comenta, orgulhoso.
 
Depois disso, S�rgio nunca mais parou de treinar e de tentar melhorar a cada dia seu desempenho sobre as duas rodas. “J� participei de v�rias outras corridas e tenho treinado atualmente seis dias por semana, acumulando mais de mil quil�metros por m�s. A bicicleta tem me ajudado muito na sa�de f�sica e mental. Dos 120 kg h� 10 anos, hoje estou com 85. Tenho uma rotina de viagens constantes devido ao trabalho, pois sou representante comercial e, mesmo nas viagens, a minha "parceira" me acompanha. A rela��o do ciclista com a bicicleta vai muito al�m da a��o repetitiva de pedalar 3, 4 ou at� mais vezes por semana. No meu caso, j� se tornou um caso afetivo com as "minhas magrelas", fazendo parte de minha rotina di�ria, independentemente do clima, do cansa�o do trabalho ou dos compromissos familiares”, comenta ele que, nos fins de semana, se junta com tr�s ou quatro amigos e parte para as trilhas rurais.
 
Tem gente que gosta de cuidar da sa�de e troca outras atividades f�sicas pelo ciclismo. O professor, consultor de lideran�a e processos de comunica��o em vendas e escritor Anderson Jacob Rocha trocou o futebol, esporte que amava, mas que o fazia machucar muito, pelo costume de andar de bicicleta. Em 2012, tudo come�ou. Ele tomou a decis�o de comprar uma bicicleta, os equipamentos, come�ou a andar e tomou gosto pela coisa. Anderson diz que o ciclismo � um esporte individual, mas o mais coletivo de todos, porque h� muita solidariedade entre os ciclistas. “� um esporte que d� um vigor f�sico, elimina bastante gordura e, como a gente pratica na natureza, os horm�nios ficam bem mais aflorados e a sensa��o de bem-estar � bem grande”, conta.
 
Os percursos j� foram maiores – 70 quil�metros nos fins de semana –, at� ele perceber que bastavam 20 ou 30 quil�metros para manter o condicionamento f�sico. “Eu tenho procurado lugares menos acidentados, mas como nossa regi�o tem subidas, caminhos �ngremes e pedras, nem sempre isso � poss�vel. N�s temos espa�o no Gl�ria (munic�pio vizinho a Passos) e, em Passos, nas regi�es dos Campos, das Areias, que s�o bel�ssimas”, comenta.
 
A advogada Tayanne da Silva Reis, casada, tem dois filhos, e diz que “praticar ciclismo traz muitas alegrias, pois fazemos novas amizades e cuidamos da nossa sa�de f�sica e mental. Pedalar � a melhor terapia”. Os passeios s�o combinados via WhatsApp. Segundo Tayanne, o esporte se popularizou muito com a chegada da pandemia. “Veio o tempo livre e tamb�m a necessidade de se praticar esportes individuais, em respeito ao isolamento social. Respeitado o isolamento, n�o pod�amos mais fazer caminhadas com amigos, e somente individualmente. Acontece que tamb�m aos poucos houve o toque de recolher e assim n�o pod�amos fazer caminhadas ou corridas nas avenidas ou ruas principais da cidade. O despertar para os que se afei�oavam � bike aflorou, principalmente com a possibilidade de continuar se exercitando, mantendo o distanciamento que exige a pandemia”, relata.
 
Tayanne conta que o n�mero de ciclistas quadruplicou em Passos, chegando a virar febre entre os praticantes de esportes. “Com as academias e ruas fechadas, ganhamos as estradas rurais e descobrimos que esses passeios trazem prazer e descanso da mente, al�m do contato com a natureza.”
 
Em dezembro do ano passado, a advogada fez com a antiga Caloi 10, a quem carinhosamente chama de Luxinho, o "Pedal da virada" (dia 31 de dezembro) – passeio ecol�gico em que pedalou pela estrada da Usina A�ucareira Passos rumo ao local conhecido como Tr�s Ilhas (no Rio Grande), entrando pelo Caminho das Borboletas e saindo no Corredor S�o Domingos, j� em Passos.


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