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Bikes em BH: como est� e como pode ficar o desenvolvimento de mais estrutura

Reportagem da s�rie sobre mobilidade urbana mostra o gargalo das bicicletas em ciclovias e ciclofaixas. BHTrans prepara nova expans�o para acabar com a inseguran�a


21/06/2019 06:00 - atualizado 22/06/2019 14:21

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Quando o assunto s�o os aplicativos de transporte, Belo Horizonte assistiu nos �ltimos cinco anos � massifica��o da tecnologia na oferta de carros para deslocamentos individuais, nas entregas de produtos com motocicletas e na chegada dos patinetes el�tricos para microdeslocamentos. Por�m, quando o tema � bicicleta, o per�odo de cinco anos n�o consolidou a realidade de uso massivo das magrelas. Em 2019, chegou ao fim um contrato entre a Prefeitura de BH e o Grupo Serttel que mantinha 40 esta��es de bicicletas compartilhadas na cidade, liberadas por meio do app Bike BH. Na consulta p�blica destinada a manter e expandir o servi�o, houve uma perda de 200 bicicletas, diminuindo de 40 para 14 esta��es, e restringindo todas � Regi�o da Pampulha. Para tentar reverter essa situa��o, a BHTrans tenta trazer mais bicicletas a partir do modelo trazido pela Yellow, de bikes compartilhadas sem esta��es. Enquanto isso, a chegada das bikes de entrega evidencia o gargalo das ciclovias e ciclofaixas da cidade, que somam 89 quil�metros atualmente e n�o tiveram nenhum quil�metro a mais incrementado em 2018 por falta de recursos, depois de oito anos seguidos de implanta��es.

A expectativa do presidente da BHTrans, C�lio Freitas, � retomar a implanta��o das ciclovias na cidade. Para isso, foi homologada na semana passada uma licita��o que definiu a empresa Imtraff como respons�vel pela revis�o e elabora��o de projeto executivo de infraestrutura ciclovi�ria integrada � rede de transporte p�blico de BH. Atualmente, os 89 quil�metros est�o espalhados em oito regi�es. S� n�o existem rotas exclusivas na Regi�o Nordeste. “N�s vamos continuar investindo nas ciclovias”, garante Freitas. Membro da Associa��o dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo), Mitiko Patr�cia Mine Cavalcante acredita que a implanta��o das ciclovias � um ponto fundamental para massificar a presen�a de ciclistas no tr�nsito da cidade. “A gente ainda n�o conseguiu avan�ar para valer nesse ponto. Criar mais ciclovias facilitaria demais o uso das bicicletas. Elas s�o importantes para aumentar a seguran�a dos ciclistas e, assim, melhorar o tr�nsito”, diz ela.

Altino Soares faz entregas pelo aplicativo e reclama da falta de faixas exclusivas em muitas áreas da capital, o que causa problemas
Altino Soares faz entregas pelo aplicativo e reclama da falta de faixas exclusivas em muitas �reas da capital, o que causa problemas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)


Enquanto a malha ainda fica restrita a pequenas rotas, a cidade assiste � prolifera��o das bikes a servi�o dos aplicativos de entrega. Cristopher Alexandre Gomes, de 18 anos, pedala cerca de 60 quil�metros por dia, a maioria deles nas ruas. “O risco � noite � maior, pela velocidade dos carros nas avenidas. Isso nos obriga a ficar mais atentos”, diz ele. Altino Soares, de 37, diz que o clima nas ruas n�o � favor�vel �s bikes. “Tem pessoas que acham que voc� n�o pode transitar e jogam carros e motos em cima da gente”, afirma. Mitiko Cavalcante acrescenta que a segmenta��o das rotas dificulta a entrada de mais ciclistas. “S�o pedacinhos muito pequenos que t�m (rotas), ent�o n�o d� para ir para todo lugar. Mas quando tem ciclovia, ajuda bastante”, diz ela.

BIKES COMPARTILHADAS A Serttel deixou de operar 40 esta��es dentro do sistema Bike BH e agora vai manter apenas 14, todas na Regi�o da Pampulha. “A bicicleta compartilhada � uma opera��o privada e voc� n�o pode obrigar o operador privado a prover o servi�o. Segundo eles, o uso era pequeno. Aqui na cidade (BH) tem muito vandalismo e isso fazia uma opera��o onerosa”, diz o presidente da BHTrans. Em contrapartida, j� est� funcionando desde janeiro o servi�o da Yellow, restrito � Regi�o Centro-Sul, e focado apenas em bikes sem esta��es.

“Eu considero o modelo sem esta��o fixa talvez para a �rea central at� melhor do que s� com esta��o, porque voc� pode retirar a bicicleta de mais pontos”, acrescenta C�lio Freitas. O mandat�rio da empresa que cuida dos transportes de Belo Horizonte reconhece que o ideal seria que v�rias empresas ofertassem o servi�o, mas pontua que a pol�tica est� colocada para a iniciativa privada e destaca que um chamamento p�blico est� aberto para atrair mais operadores.

Alguns pontos para entender o uso de bikes em BH:
» Belo Horizonte conta hoje com 89 quil�metros de ciclovias e 852 paraciclos, locais destinados ao estacionamento de bicicletas.

» Um chamamento p�blico foi aberto � iniciativa privada prevendo a instala��o de 140 esta��es com cinco bicicletas espalhadas pelas nove regi�es da cidade. A �nica interessada foi a Serttel. A empresa vai operar apenas 14 esta��es, todas na Regi�o da Pampulha.

» Outro chamamento p�blico ainda est� aberto. Ele se refere �s bikes sem esta��es. O edital prev� atendimento a todas as nove regi�es, sem n�mero predeterminado de magrelas.

» J� est� homologada a licita��o que escolheu uma empresa para revis�o e elabora��o de projeto executivo de infraestrutura ciclovi�ria integrada � rede de transporte p�blico de BH

» Est� em andamento um edital para escolher empresa que vai elaborar projeto executivo de infraestrutura ciclovi�ria da orla da Lagoa da Pampulha. A licita��o teve recurso impetrado contra a empresa classificada em 1º lugar 
 
S�rie de reportagens
 
Desde domingo o Estado de Minas publica a s�rie "Para onde vamos", que discute o impacto da tecnologia dos aplicativos de transporte para a mobilidade de Belo Horizonte e quais s�o as perspectivas da cidade para o futuro. No primeiro dia, a s�rie contextualizou impactos positivos e negativos das mudan�as e trouxe o desafio dos patinetes el�tricos. Na segunda-feira, o assunto foi a consolida��o do transporte de passageiros por meio dos apps e tamb�m os desafios relacionados � seguran�a trazidos pelas novas ferramentas nos celulares. Na ter�a-feira, a reportagem abordou a populariza��o das motocicletas a servi�o de entregas por aplicativos e o que esse cen�rio gerou para a seguran�a do tr�nsito. Na quarta-feira, foi publicada uma discuss�o sobre as rela��es de trabalho trazidas pelos aplicativos e as repercuss�es para a economia. Ontem, a reportagem do EM mostrou que os apps j� amea�am o transporte p�blico por �nibus. A s�rie termina amanh�, com as mudan�as dos �ltimos cinco anos para os taxistas.  

 


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