
Com o objetivo reduzir o preju�zo da popula��o nas contas de luz e tamb�m de conscientizar a popula��o sobre o furto de energia, a Cemig e a Pol�cia Civil fizeram na manh� desta ter�a-feira (31/8) uma opera��o contra gatos na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O preju�zo anual com o roubo de energia, segundo a empresa, chega a R$ 390 milh�es.
Um dos focos da opera��o foram cinco padarias que t�m hist�rico de furto de energia, o popular gato. Em tr�s das cinco medi��es inspecionadas, houve a constata��o de desvio de energia e, nas outras duas, os medidores apresentaram irregularidades.
Seguindo a Resolu��o 414/2010 da Aneel, os equipamentos foram retirados por t�cnicos da companhia, lacrados e enviados para laborat�rio, onde passar�o por avalia��o t�cnica.
Ap�s a avalia��o t�cnica, caso sejam confirmadas as fraudes, os respons�veis pelas cinco instala��es comerciais dever�o ressarcir a companhia em rela��o ao montante de energia furtada, ou seja, que ainda n�o havia sido cobrada.
Segundo dados da Cemig, de janeiro a julho deste ano, j� foram realizados, pela Cemig, 225 mil servi�os de inspe��es em unidades consumidoras de todo o estado, com foco na regulariza��o e garantia da conformidade da medi��o.
A partir desses n�meros, a Cemig estima que o preju�zo causado � da ordem de R$ 390 milh�es por ano, e esse total � repartido entre distribuidora e consumidores regulares.
Consequ�ncias (at� fatais)
Segundo o engenheiro de Controle da Medi��o e Perdas da Cemig, Saad do Carmo, o furto de energia tem consequ�ncias financeiras, mas tamb�m criminais para quem pratica o gato.
“Essa pr�tica � um crime previsto no C�digo Penal, que estipula multa e pena de at� oito anos de reclus�o, al�m da obriga��o de ressarcimento da energia furtada e n�o faturada, de forma retroativa. Al�m desse artigo (155), alguns ju�zes enquadram esse crime no artigo 171, que trata do estelionato”, diz o engenheiro.
E tem mais. “As liga��es irregulares colocam em risco a seguran�a da popula��o, causando ocorr�ncias na rede el�trica, com consequ�ncias graves e at� fatais. Al�m disso, essa pr�tica traz impactos para o sistema el�trico, podendo causar interrup��es no fornecimento de energia para clientes regulares, inc�ndios e queima de aparelhos e equipamentos”.
“Os principais objetivos das opera��es com apoio da Pol�cia Civil s�o reduzir o preju�zo repartido entre a sociedade e a Cemig, e conscientizar a popula��o sobre o furto de energia e suas consequ�ncias. A ideia � acompanhar ainda mais de perto eventuais inconsist�ncias de consumo, em especial de fraudadores contumazes, fortalecendo as evid�ncias do crime e at� mesmo com a condu��o dos respons�veis para a delegacia pela Pol�cia Civil”, explica Saad.
Evolu��o no combate
No combate ao gato, buscando identificar as unidades com suspeita de fraude, a Cemig possui um Centro Integrado de Medi��o (CIM), onde equipes especializadas realizam o monitoramento do consumo dos mais de 8,7 milh�es de consumidores em todo o estado.
O sistema � computadorizado desde o in�cio de 2021. Esse detalhe, junto com as equipes administrativas e de campo, tem proporcionado o aumento do �ndice de acerto de inspe��es, que saltou de 27% em 2020 para 41% em julho desse ano.
O sistema possibilita a identifica��o, em tempo real, qualquer anomalia no padr�o de consumo de energia dos grandes clientes, que giram em torno de 45 mil consumidores, que representam cerca de 60% do faturamento da Cemig.
Al�m disso, das a��es de fiscaliza��o e monitoramento, a Cemig conta com a contribui��o do consumidor que pode fazer den�ncias de fraude pelos canais de atendimento: o 116 ou pela Ag�ncia Virtual, atrav�s deste link ( clique AQUI ).
Tarifa poderia ser menor
O engenheiro Saad do Carmo afirma, ainda, que a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser mais barata, se n�o houvessem liga��es irregulares e clandestinas na �rea de concess�o da Cemig.
“O preju�zo � compartilhado entre a Cemig e a comunidade. � como se fosse um condom�nio com dez moradores, e um deles n�o pagasse corretamente. A taxa ficaria mais alta para os nove que pagam corretamente", afirma.
"Al�m das perdas financeiras, esse delito causa transtornos � popula��o, pois sobrecarrega a rede de distribui��o, compromete a qualidade do fornecimento de energia da regi�o onde ela est� localizada e ainda amea�a a seguran�a da vizinhan�a. Da� a import�ncia para a sociedade do trabalho conjunto da Pol�cia e da Cemig”, finaliza o engenheiro.