Juiz de Fora e BH lideram em n�mero de casos da variante Delta em Minas

Com a quarta maior popula��o do estado, Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, concentra o maior n�mero de notifica��es da variante Delta em Minas Gerais. Entre casos suspeitos e confirmados, o munic�pio registra 41 ocorr�ncias, o que equivale a 23,5% do total. Na vice-lideran�a est� Belo Horizonte, com 13 registros.

 

Conforme dados atualizados no painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Sa�de (SES) nessa ter�a-feira (31/8), na sequ�ncia aparecem Itabirito (Central) e Una� (Alto Parana�ba) com 12 diagn�sticos cada.

 

Entre as macrorregi�es de sa�de de Minas Gerais, apenas tr�s n�o computam casos da Delta: Leste, Oeste e Jequitinhonha. A lideran�a � da Sudeste com 61 diagn�sticos. Depois, aparecem Centro (50), Noroeste (17) e Norte (11).

 

Em apenas quatro dias, a incid�ncia da variante Delta do novo coronav�rus aumentou 70,5% no estado: de 102 para 174.

 

Atualmente classificada em “risco moderado” pela administra��o municipal, a cidade regrediu � faixa laranja, na �ltima segunda-feira (30/8), do seu pr�prio programa de enfrentamento da pandemia .

 

“Juiz de Fora j� apresenta a circula��o comunit�ria da variante Delta do coronav�rus, ou seja, n�o � mais poss�vel identificar a origem da transmiss�o, fazendo com que tenhamos mais cuidados”, declarou a prefeitura, por meio de sua assessoria, em justificativa � mudan�a de rota ao estabelecer medidas restritivas.

 

No entanto, o fato do munic�pio do interior mineiro assumir o topo do ranking, em rela��o �s notifica��es da cepa, n�o � algo que surpreenda a m�dica pneumologista e pesquisadora da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcomo.

 

“A situa��o � muito s�ria, � muito grave! Mas n�o � algo que nos surpreenda. Com o Rio de Janeiro sendo o epicentro da transmiss�o comunit�ria, a gente j� sabia que era s� uma quest�o de tempo [para atingir o munic�pio], pois Juiz de Fora � do lado”, declarou a pesquisadora em uma live com a secret�ria de Sa�de da Prefeitura de Juiz de Fora, Ana Pimentel, na quinta-feira (26/8) .

 

“Essa cepa [de origem indiana] � de cinco a seis vezes mais transmiss�vel. S� para se ter uma ideia, cada cem pessoas infectadas podem contaminar outras 600”, acrescentou a especialista durante a conversa.

 

A transmiss�o e a efic�cia das vacinas

 

Conforme mostrou a reportagem do Estado de Minas nesta quarta-feira (1º de setembro) , Guilherme Furtado, l�der m�dico da Infectologia do HCor, em S�o Paulo, refor�ou que a variante � motivo de preocupa��o pelo fato dela ter sete muta��es.

 

“(...) uma delas, a muta��o P681R, na prote�na spike, leva a uma maior quantidade de v�rus nas vias respirat�rias, uma maior transmissibilidade e, com isso, uma chance de dissemina��o mais importante na popula��o, principalmente na parcela n�o vacinada”, afirmou.

 

Durante um bate-papo com profissionais de sa�de transmitido pelo "Portal UOL" no dia 23 de agosto, a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo, destacou que as vacinas t�m uma ligeira redu��o de efic�cia em rela��o � Delta.

 

Mesmo assim, o m�dico Guilherme Furtado ressaltou que os imunizantes que est�o sendo utilizados no Brasil, aparentemente, possuem uma boa a��o contra essa variante.

 

Por fim, o profissional da sa�de diz ser fundamental que toda a popula��o se vacine, independentemente da vacina dispon�vel, e complete o ciclo vacinal com as duas doses.

 

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