
De olho nas comemora��es dos 120 anos de nascimento de JK, que foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e governador de Minas (1951-1955) antes de se tornar o chefe da na��o (1956-1961), o diretor-presidente da Casa de Juscelino se mostra satisfeito com a reabertura. “Vamos funcionar com recursos pr�prios, formando parcerias”, disse Serafim Jardim, de 86 anos, que ter� quatro funcion�rios para ajud�-lo a receber os visitantes.
A decis�o para reabertura da Casa de Juscelino, em funcionamento h� 37 anos para reunir museu, biblioteca, espa�o de conv�vio ao ar livre e guardar parte da hist�ria de JK, foi tomada ap�s reuni�o, na sexta-feira passada (3/9), na sede do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), em Diamantina. Do encontro, participou o prefeito local, Juscelino Brasiliano Roque acompanhado de secret�rios municipais. Na tarde de ontem, Serafim Jardim entregou � promotora de Justi�a, Luciana Christofaro, uma carta falando sobre a decis�o de reabrir a casa.
Em nota divulgada ontem, a promotora de Justi�a da comarca de Diamantina, Luciana Christofaro, informou que o MPMG atuou apenas como mediador entre o munic�pio e a dire��o do museu, na reuni�o de 3 de setembro, para discutir a possibilidade de reabertura da Casa. “Na ocasi�o, o MPMG sugeriu que o munic�pio assumisse provisoriamente, por 30 dias, a administra��o do museu, at� que a diretoria tivesse condi��es financeiras de dar continuidade aos trabalhos”. Segundo a nota, ontem o diretor, Serafim Jardim, recusou a proposta e anunciou a reabertura.
Casa hist�rica
Ocupando, em sistema de comodato, im�vel pertencente ao estado de Minas Gerais, a Casa de Juscelino � uma associa��o privada sem fins lucrativos com a finalidade institucional de preservar a mem�ria do presidente JK. Pintado de branco, com janelas e portas azuis, o im�vel, aonde se chega subindo uma ladeira pavimentada com pedras capistranas, t�picas de Diamantina, est� bem conservado.
Serafim explica que JK nasceu na Rua Direita, 106, e morou na casa que hoje leva seu nome dos 3 anos aos 19. Para o diretor-presidente, preservar a casa � mais do que uma miss�o, pois, 13 dias antes de morrer, JK lhe pediu que comprasse o im�vel, ent�o em poder de uma fam�lia, e zelasse por ele. O visitante pode ver o pequeno quarto onde JK dormia na inf�ncia e uma foto de quando ele, j� adulto, a revisitou.
Perto dali, h� um arm�rio, sem um prego, s� com encaixes, doado pela ex-primeira dama Sarah Kubitschek (1909-1996) e feito pelo bisav� de JK, o marceneiro Jan Nepomusky Kubitschek, conhecido como Jo�o Alem�o e natural da Bo�mia, na Rep�blica Tcheca. Em outras partes da resid�ncia h�, nas paredes, desenhos a l�pis, do arquiteto modernista e urbanista L�cio Costa (1902-1998), datados de 1924, e outros com esbo�os de Bras�lia.
No anexo, nos fundos, constru�do em 1994, se encontra o primeiro consult�rio de JK, formado na Faculdade de Medicina da UFMG em 1927, na capital. Num canto, um aparelho de anestesia, de 1930, doado por um particular de S�o Paulo; no outro, o equipamento para eletrocardiograma, do mesmo ano; e, pendurado, um jaleco.
Na biblioteca, pode ser visto ainda o retrato de JK, a �leo, pintado por Di Cavalcanti (1897-1976), que apresenta uma curiosidade. “A obra foi feita em 1952, quando Juscelino ainda era governador de Minas. Mas ele j� traz, no peito, a faixa de presidente da Rep�blica, o que soa como premoni��o”, explica Jardim..
Servi�o
Museu Casa de Juscelino
Rua S�o Francisco, 241, Centro Hist�rico de Diamantina
Aberto de ter�a-feira a domingo, das 9h �s 12h e das 14h �s 17h
Ingresso: R$ 10
