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Estado de Minas TRATAMENTO DE ESGOTO

Mineiros s�o cobrados por servi�o que n�o recebem e acionam Justi�a

Decis�o da Ag�ncia Reguladora de Servi�os de Abastecimento de �gua e Esgoto de MG "tabela" cobran�a de esgoto pela Copasa, mesmo em cidades onde n�o h� servi�o


20/09/2021 19:37 - atualizado 20/09/2021 19:59

Ribeirão São João, em Itamarandiba, ainda recebe esgoto não coletado e tratado, mas morador paga como se toda a estrutura estivesse pronta
Ribeir�o S�o Jo�o, em Itamarandiba, ainda recebe esgoto n�o coletado e tratado, mas morador paga como se toda a estrutura estivesse pronta (foto: Prefeitura de Itamarandiba/Divulga��o)
"N�o � justo que seja cobrado um servi�o que n�o existe aqui". A frase, do procurador-geral de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, resume o sentimento de gestores p�blicos mineiros desde agosto: o atumento da tarifa de esgoto cobrada mesmo em locais onde o servi�o de tratamento n�o � oferecido.
 
Contrariadas, prefeituras de regi�es diversas de Minas recorrem � Justi�a. A de Itamarandiba, por exemplo, oficializou uma a��o nesta segunda-feira (20/9), ap�s o protocolo ter sido realizado na �ltima sexta-feira (17/9). Na Zona da Mata, o judici�rio j� determinou que a cobran�a fosse suspensa.
 
"Isso fere direitos b�sicos do consumidor. Aqui em Itamarandiba a situa��o � ainda pior. Temos problemas graves na coleta e transporte do res�duo, e nem temos solu��o final para o esgoto gerado", afirma Pedro Afonso, o procurador-geral cuja frase abre esta reportagem.
 
A a��o judicial aguarda decis�o de um pedido de urg�ncia para a suspens�o do aumento da cobran�a de imediato, antes do julgamento definitivo pelo Judici�rio. O argumento sustentado pela prefeitura � de que n�o � justo pagar pela capta��o, tratamento e destina��o do esgoto, mesmo que a cidade n�o tenha o servi�o completamente instalado.  
 
O mesmo argumento tamb�m foi usado pela Procuradoria-geral de Divin�polis, no Centro-Oeste. A "manobra", segundo as autoridades locais, acabou por aumentar em 50% o valor da conta para os moradores do munic�pio, sendo que apenas 10% da cidade tem servi�o completo (de capta��o at� tratamento de esgoto).
 
Em S�o Jo�o Nepomuceno, na Zona da Mata, o pedido j� foi analisado pela Justi�a, que determinou a volta ao patamar anterior. Na decis�o, a ju�za da 1ª vara c�vel, Elisa Eum�nia Mattos Machado Penido, entendeu que a cobran�a do valor poderia "causar grande dano aos mun�cipes, que pagariam por um servi�o que n�o est� sendo prestado".
 
Ao Estado de Minas, a Copasa afirma que "a pol�tica tarif�ria da empresa � determinada pela Arsae-MG, e que cumpre o determinado. O reajuste foi aplicado proporcionalmente aos ciclos de vencimento". Em S�o Jo�o Nepomuceno, a empresa cumpre com a determina��o da Justi�a.

O reajuste

Quem autorizou a unifica��o dos valores foi a Ag�ncia Reguladora de Servi�os de Abastecimento de �gua e de Esgotamento Sanit�rio do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG).
 
A tarifa de tratamento de esgoto foi extinta, e criada uma nova, para tratamento e coleta, que vale 74% do valor total que o consumidor paga. At� ent�o, ela era fixada em 25% para quem tem apenas a coleta e 100% para quem conta com o servi�o completo, incluindo o tratamento.
 
A teoria diz que, com a unifica��o, as contas ficaram 15% mais baratas para os munic�pios mineiros que possuem o tratamento de esgoto. Ainda que isso represente 80% do Estado, h� muitos moradores em cidades pequenas que n�o conseguiram pagar a conta, segundo as prefeituras que j� entraram na Justi�a.
 
A Arsae-MG foi procurada, e, assim que responder aos questionamentos da reportagem, esta reportagem ser� atualizada.


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