(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19 em Minas: ritmo de infe��o e mortes desacelera 3,5 vezes

Dados da Fiocruz apontam recuo de casos e �bitos em rela��o � m�dia registrada desde o come�o da pandemia


27/09/2021 04:00 - atualizado 27/09/2021 00:00

BH conseguiu reduzir em quase duas vezes as mortes e uma vez e meia as infecções pelo vírus
BH conseguiu reduzir em quase duas vezes as mortes e uma vez e meia as infec��es pelo v�rus (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 4/9/21)

O ritmo de mortes e cont�gios pelo novo coronav�rus (Sars-CoV-2) em Minas Gerais j� � 3,5 vezes menos intenso do que o observado na m�dia da pandemia, depois de oito meses de vacina��o no estado. Seguindo tamb�m em compasso de redu��o, Belo Horizonte conseguiu frear as mortes em 1,8 vez e os casos em 1,5 vez. � o que mostram dados da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) que acompanha os indicadores de dobras de exames positivos e de �bitos pelo v�rus.

Por meio desse dado se compara a velocidade de crescimento da epidemia nas unidades da federa��o (UF) de acordo com a duplica��o dos registros pelo tempo decorrido em dias que levou � amplia��o em duas vezes. “Se o n�mero de dias da �ltima duplica��o registrada for menor do que a m�dia de dias de duplica��o durante a pandemia, isso significa uma deteriora��o da situa��o no estado”, informa a Fiocruz, por meio de nota t�cnica.

Em m�dia, durante a pandemia, o estado levava 36,6 dias para registrar duas vezes mais casos e 44,25 dias para o dobro de mortes. Contudo, at� 21 de setembro j� se computavam 127 dias desde a �ltima duplica��o de casos e 156 dias desde que os �bitos dobraram pela COVID-19.

None
(foto: Soraia Piva)


Ao longo da pandemia, Minas Gerais somou um total de 15 multiplica��es de casos (perdendo apenas para S�o Paulo, com 16) e 12 dobras de mortes (o maior volume do pa�s ao lado de S�o Paulo). Minas � o s�timo estado com mais expressivo n�vel de redu��o de �bitos e o 14º em casos.

“Esse indicador ajuda ainda a entender a velocidade de ocorr�ncia de casos graves da epidemia em cada estado. Quanto menor o n�mero de dias para que ocorra a duplica��o de casos e �bitos, maior a velocidade de cont�gio. O indicador expressa a magnitude de avan�o da doen�a em termos din�micos”, avalia a Fiocruz.

N�meros de BH tamb�m desaceleram

A velocidade de cont�gios e mortes pelo novo coronav�rus (Sars-CoV-2) tem se reduzido no Brasil, sendo que em Minas Gerais e em Belo Horizonte, onde esses volumes proporcionais eram mais baixos, o ritmo de desacelera��o tamb�m � menor, motivo pelo qual o estado e a capital n�o se destacam se comparados a locais que tiveram r�pidos surtos e consequentes dobras em curto prazo.

Em Belo Horizonte, os casos positivos de novo coronav�rus se duplicaram 10 vezes ao longo da pandemia, enquanto os �bitos dobraram oito vezes. A m�dia para se chegar a cada multiplica��o por dois em termos de casos � de 54,1 dias, mas a �ltima vez que isso ocorreu, desde a extra��o dos dados, em 21 de setembro, foi h� 81 dias. A mesma redu��o de ritmo tem ocorrido entre as pessoas que faleceram pela COVID-19. Esse volume se duplicava a cada 64,25 dias, o que n�o ocorre h� 119 dias, segundo os dados da Fiocruz.

Novos casos no Amazonas, estado que registrou cenas dramáticas no auge da pandemia, diminuíram 4,7 vezes
Novos casos no Amazonas, estado que registrou cenas dram�ticas no auge da pandemia, diminu�ram 4,7 vezes (foto: MICHAEL DANTAS/AFP)


As 10 vezes que os casos positivos de novo coronav�rus dobraram em Belo Horizonte tamb�m se repetiram em grandes cidades do interior, como Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba e Uberl�ndia, sendo que a cidade do Tri�ngulo tamb�m repetiu o �ndice de oito duplica��es de mortes de BH. Contagem e Juiz de Fora apresentaram uma multiplica��o por dois a menos nos registros de falecimentos do que BH e Uberl�ndia, sendo que as demais n�o entraram na lista de 50 do relat�rio da funda��o.

Na contram�o da tend�ncia

Um destaque negativo � Santa F� de Minas, no Norte do estado, onde ocorreu a mais recente duplica��o de casos, h� seis dias, o segundo �ndice mais breve do Brasil, atr�s de Almeirim, no Par�, com tr�s dias. Essa lista conta ainda com Magalh�es de Almeida, Coqueiral e Guaraciama, que dobraram da �ltima vez h� 13 dias, Samambaia e Catuji (14), S�o Sebasti�o do Anta (16), Carrancas (16), Lagoa Grande (20) e Coromandel (21).

Coromandel, no Alto Parana�ba, tamb�m aparece como o segundo munic�pio com mais recente dobra de mortes, ocorrida h� 10 dias, atr�s de S�o Jos� do Campestre, no Rio Grande do Norte, que dobrou h� nove dias. Monte Carmelo e Pitangui multiplicaram �bitos h� 17 dias, seguidas por Bar�o de Cocais (22), Barroso (23), Sete Lagoas (26), Raul Soares (28), Janu�ria e Vazante (29), Concei��o das Alagoas (30) e Lagoa Formosa (31).

“Isso significa uma franca melhora na transmiss�o”

Os �ltimos dados apresentados pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) confirmam que o per�odo mais grave da pandemia come�ou a passar em junho. Em apresenta��o ao CIS-SUS, a Coordenadora da Sala de Situa��o da secretaria, Maria Laura Scapolatempore Starling indicou uma incid�ncia “baixa, por�m flutuante, ainda devido aos represamentos de informa��es devido ao feriado de 7 de setembro”.

Desde junho os n�meros apresentaram expressiva redu��o. “Casos novos por dia e �bitos j� se encontram no mesmo cen�rio de julho do ano passado, mas como fazemos um maior volume de testes, isso significa uma franca melhora na transmiss�o”, observa a coordenadora.

Respons�vel pelos estudos de dobras, o Laborat�rio de Informa��o em Sa�de (LIS) do Instituto de Comunica��o e Informa��o Cient�fica e Tecnol�gica em Sa�de (Icict), da Fiocruz, integra dados sobre o novo coronav�rus no Brasil e no mundo, com objetivo de oferecer um retrato em tempo real da epidemia no pa�s, por estados e por munic�pios, possibilitando compara��o de tend�ncias e extra��o de dados para an�lises, como os �ndices de dobras de casos e de mortes.

“Esse indicador ajuda a entender a velocidade de dissemina��o da epidemia em cada unidade federada. Quanto menor o n�mero de dias para que ocorra a duplica��o de casos e �bitos, maior a velocidade de cont�gio ou maior o n�mero de exames realizados. Em ambos os casos, o indicador expressa a magnitude de avan�o da doen�a em termos din�micos � medida que os casos s�o disponibilizados pelo Minist�rio da Sa�de e pelas Secretarias de Sa�de”, informa a Fiocruz.

Comportamentos diferentes

“Existe controv�rsia com rela��o ao n�mero total de casos, sobretudo na compara��o entre pa�ses. Isso se d� por conta da heterogeneidade de realiza��o de exames para confirma��o de casos. � medida que o n�mero de exames aumenta, consequentemente o n�mero de casos diagnosticados aumenta tamb�m. Se, por um lado, a compara��o entre casos � imprecisa, por outro, a compara��o entre �bitos � mais verdadeira, uma vez que � um dado mais inequ�voco”, avalia a funda��o.

A epidemia de COVID-19 apresenta comportamento diferenciado de outras epidemias recentes. “A velocidade de propaga��o da doen�a � r�pida e difusa, embora sejam observados alguns padr�es. No mundo, o in�cio da dissemina��o da doen�a acompanhou grandes hubs aeroportu�rios e, num segundo momento, parece estar associado ao tamanho populacional das cidades. Nesses casos, hubs aeroportu�rios secund�rios j� dentro do pa�s e caminhos rodovi�rios mais intensos parecem responder pelo processo de propaga��o. Em todos os casos, o tamanho populacional e, por consequ�ncia, o n�vel de centralidade do munic�pio parece responder pelo processo de propaga��o da COVID-19”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)