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Estado de Minas VIOL�NCIA

Suspeito de matar seguran�a com soco-ingl�s em Divin�polis nega agress�o

Pol�cia aguarda laudos da per�cia para identificar a causa da morte; pris�o do empres�rio foi ratificada como les�o corporal seguida de morte


27/09/2021 16:19 - atualizado 27/09/2021 17:18

Pedro Lacerda está preso preventivamente no presídio Floramar
Pedro Lacerda est� preso preventivamente no pres�dio Floramar (foto: Reprodu��o Redes Sociais)
O empres�rio Pedro Lacerda, de 32 anos, negou ter agredido o seguran�a Edson Carlos Ribeiro , de 42 anos. Ele est� preso desde o s�bado (25/9) suspeito de ter matado o homem enquanto trabalhava em uma festa no parque de exposi��es, em Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas. 

A declara��o foi feita durante depoimento � Pol�cia Civil ainda no s�bado. Detalhes foram divulgados apenas nesta segunda-feira (27/9) pelos delegados respons�veis pelo caso. Lacerda foi preso em flagrante, e teve a pris�o ratificada por les�o corporal seguida de morte.

At� agora, dois policiais militares que atuaram na ocorr�ncia e tr�s testemunhas foram ouvidas. “Elas confirmam a agress�o e que o atrito teria ocorrido em virtude do investigado n�o ter a credencial de acesso ao camarote”, relatou o delegado Renato Alves da Fonseca.

Ao ser impedido de entrar, o suspeito teria o atingido com um soco na regi�o do rosto. Embora a mesma vers�o tenha sido relatada por testemunhas, Lacerda nega. “O investigado, assistido pelo seu advogado, em depoimento, nega qualquer tipo de agress�o”, refor�ou o delegado. Ele confirma apenas que estava na festa.

Disse tamb�m ter autoriza��o dos respons�veis pelo evento para acessar o setor restrito. Um dos organizadores, ao ser ouvido pela Pol�cia Militar (PM), confirmou a vers�o das testemunhas.

Contou que chegou a questionar o suspeito sobre a motiva��o, e ele ent�o teria respondido: “Fiz porque quis”. Contou tamb�m que Lacerda � conhecido por causar problemas em festas, “arrumando brigas, encrencas, desaven�as e confus�es”.


Les�o corporal 


Mesmo com a morte do seguran�a, a linha de investiga��o � de les�o corporal seguida de morte, tipifica��o que ratificou a pris�o em flagrante do empres�rio.

“As informa��es iniciais davam conta que teria ocorrido uma agress�o f�sica, que em virtude dela teria ocorrido a morte. O C�digo Penal tipifica esta conduta, quando a pessoa, inicialmente, quer agredir, mas que por um resultado inesperado, uma queda, uma evolu��o da les�o inicial leva a morte da v�tima”, explicou o delegado. A pena varia de 4 a 12 anos de pris�o.

Contudo, se durante a investiga��o surgir outros elementos a tipifica��o pode alterar. “Se indicar que isso foi uma a��o premeditada, coordenada, planejada, que havia outros interesses, que havia atrito anterior, tudo isso pode mudar essa tipifica��o inicial para crime de homic�dio”, detalhou Fonseca.


Novas testemunhas


Al�m das testemunhas j� ouvidas, outras dever�o prestar depoimentos. Todos os seguran�as que atuavam no dia do crime tamb�m dever�o depor. A responsabiliza��o dos organizadores e da empresa contratada para prestar o servi�o ser� levantada. 

At� o momento, a pol�cia disp�e basicamente das provas testemunhais. O soco-ingl�s, supostamente utilizado na agress�o, ainda n�o foi encontrado. Um das testemunhas teriam visto o empres�rio entrega-lo para uma mulher. Ela ainda n�o foi identificada.

A pol�cia aguarda o laudo da per�cia para apontar a causa da morte e confirmar se houve o uso de algum objeto.

“As provas t�cnicas, aquelas que s�o elaboradas pelo perito no local dos fatos e tamb�m pelo m�dico legista, durante a necr�psica, ainda n�o chegaram”, afirmou o Chefe do 7º Departamento de Pol�cia Civil, Fl�vio Tadeu Destro.

Neste laudo de necropsia, do m�dico legista, � que as les�es s�o descritas e a causa da morte ser� identificada. A previs�o � que o inqu�rito seja conclu�do em 15 dias.


Racismo 


Edson Ribeiro trabalhava há cerca de nove anos como segurança
Edson Ribeiro trabalhava h� cerca de nove anos como seguran�a (foto: Reprodu��o Facebook)
A morte de Edson gerou como��o. Nas redes sociais, integrantes de movimentos e advogados tratam tamb�m como crime racial. Edson era negro. “At� o momento n�o chegou a conhecimento da pol�cia civil que tenha havido, ali, naquele momento, qualquer ofensa racista, ou com rela��o ao crime de racismo”, disse Destro. 


Pris�o 


A pris�o preventiva do suspeito foi decretada ontem ap�s audi�ncia de cust�dia. Ele segue preso, por tempo indeterminado, no pres�dio Flomarar, em Divin�polis. 

A Pol�cia Civil n�o pode, no caso em quest�o, estipular fian�a. A responsabilidade � da Justi�a.


Organizadores


A organiza��o do evento, em nota, disse que os primeiros socorros foram prestados ainda no local. “No entanto, os socorristas n�o obtiveram �xito nas manobras para tentar salvar a vida de Edson”, afirmou.

Ap�s o ocorrido os demais shows programados foram cancelados. “A produ��o do evento est� contribuindo com as investiga��es do caso e � disposi��o das autoridades policiais e judiciais para demais esclarecimentos”, informou.

Em um v�deo que circula nas redes sociais, Pedro Lacerda aparece sendo preso enquanto a festa ainda ocorria.
 


*Amanda Quintiliano especial para o EM


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