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Estado de Minas EM DIVIN�POLIS

Im�veis irregulares do Minha Casa Minha Vida devem ser retomados, diz MPF

Casas est�o distribu�das em tr�s residenciais de Divin�polis; dentre as irregularidades est�o resid�ncias alugadas, vendidas e demolidas


06/10/2021 17:16 - atualizado 06/10/2021 18:58

imóveis do Minha Casa Minha Vida em Divinópolis
As investiga��es de irregularidades nos im�veis do Minha Casa Minha Vida come�aram em 2013 em Divin�polis (foto: Divulga��o/Prefeitura de Divin�polis)
O Minist�rio P�blico Federal (MPF) ajuizou uma a��o civil, com pedido de tutela de urg�ncia, para obrigar a Caixa Econ�mica Federal (CEF) a retomar im�veis ocupados irregularmente em Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas. Eles integram o programa Minha Casa Minha Vida. A a��o foi protocolada no dia 14 de setembro, mas tornada p�blica nesta semana.

Os im�veis est�o divididos em tr�s residenciais: Jardim Copacabana, Elizabeth Nogueira e Vila das Roseiras. Embora seja um problema antigo, levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assist�ncia Social de Divin�polis, entre fevereiro e maio deste ano, apontou irregularidades em 239 das 1.272 resid�ncias.

Deste total, 58 casas est�o no residencial Vila das Roseiras, 70 no Elizabeth Nogueira e 111 no Jardim Copacabana. Entre as irregularidades, foram detectadas casas desocupadas, alugadas, vendidas, com moradores diversos dos benefici�rios originais e at� im�veis demolidos. 

O MPF pede que a CEF seja obrigada, em 180 dias, a tomar as medidas judiciais e extrajudiciais para corrigir os problemas, dentre elas a reintegra��o de posse, caso algum morador se recuse a sair. 

Pelo programa, a venda, loca��o ou cess�o dos im�veis antes de serem quitados trata-se de transfer�ncia irregular, com risco do benef�cio ser anulado.


Consenso


Antes de ajuizar a a��o, o MPF oficiou a Caixa para que informasse quais as provid�ncias seriam adotadas para reaver os im�veis irregulares. 

Entretanto, segundo a procuradoria, o banco informou apenas que registraria no sistema os termos de certifica��o de vistoria para a continuidade do processo, com o envio das notifica��es aos benefici�rios e ocupantes irregulares. 

A CEF disse ainda ao �rg�o que o processo de execu��o por descumprimento contratual est� suspenso devido � indisponibilidade de recursos para o Minha Casa Minha Vida. 

O procurador Lauro Coelho Junior v� a demora da interven��o da caixa como incentivo para novas invas�es. “� inquestion�vel que cabe precipuamente � Caixa Econ�mica Federal velar pelo cumprimento do contrato”, declarou.


Hist�rico


O caso � acompanhado pelo �rg�o desde 2013, quando foi protocolada representa��o pela C�mara de Divin�polis. A Comiss�o Especial, na �poca instaurada a pedido do ent�o vereador Adair Otaviano (MDB), constatou ind�cios de irregularidades na execu��o do programa. 

O relat�rio apontou, por exemplo, im�veis destinados a benefici�rios que n�o se enquadravam nos crit�rios do programa. Dentre eles, dentista e advogada com rendas superiores � permitida.

Em 2013, oficiais de Justi�a cumpriram 17 mandados de reintegra��o de posse. Em 2015, im�veis foram alvos de opera��o da Pol�cia Federal. No mesmo dia, a CEF informou que notificaria 48 fam�lias.

O Minist�rio P�blico chegou a instaurar inqu�rito em 2013, arquivado seis anos depois. “Havia uma expectativa de que o problema das ocupa��es irregulares fosse diminuindo ao longo do tempo, considerando a melhora no processo estabelecido pela Caixa”, informou o MPF.

Entretanto, dois anos depois, a procuradoria diz ter percebido um agravamento a partir de altera��es na estrutura da CEF. Para o procurador, a demora em adotar medidas para combater as irregularidades prejudica a destina��o dos im�veis a fam�lias que realmente t�m direito.

“A morosidade na ado��o de provid�ncias para reaver os im�veis ocupados irregularmente prejudica as fam�lias que hoje ainda resistem habitando os residenciais, enfrentando invas�es por criminosos, e impede que outras fam�lias sejam beneficiadas com os im�veis que deveriam ter sido recuperados e ainda lesa, evidentemente, os cofres p�blicos, que custearam um programa que n�o atende a sua finalidade principal, de proporcionar moradia digna � popula��o de baixa renda”, defendeu o procurador.

O MPF pede, liminarmente, que a Caixa tamb�m seja obrigada a realizar uma sele��o de novos benefici�rios e ocupa��o dos im�veis reintegrados, podendo utilizar-se, para tanto, de parceria com a prefeitura.

Em nota � reportagem, a CEF limitou-se a dizer que n�o recebeu nenhuma notifica��o sobre o caso.

*Amanda Quintiliano especial para o EM


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