
Durante os s�bados letivos, 15 presos, sendo 11 alunos da escola e outros quatro volunt�rios, colocam a m�o na massa e produzem as pe�as.
Para a fabrica��o dos itens de dormir s�o utilizadas 13 m�quinas de costura da pr�pria penitenci�ria, que tamb�m servem ara fabricar m�scaras de prote��o contra o coronav�rus.
A diretora da escola e respons�vel pela a��o, Valdic�ia Pavione, explica que o projeto Costurando Sentimentos contribui para o processo de ressocializa��o e agrega conhecimento aos participantes.
Segundo Valdic�ia, durante o trabalho s�o colocadas em pr�tica as teorias dos componentes curriculares, como a matem�tica, exigindo que se calcule a metragem dos tecidos para determinada quantidade de pe�as e a utiliza��o das figuras geom�tricas.
“� vis�vel o empenho deles para garantir a qualidade e a quantidade necess�ria de pe�as. Os resultados v�o al�m da doa��o, trazendo assim benef�cios para ambos, tanto para quem participa quanto para quem vai receber, j� que ser solid�rio � aquecer o outro com o cora��o”, explica a diretora.
O projeto
O Costurando Sentimentos � a continua��o de uma proposta do Estado de proporcionar aos alunos de todas as escolas estaduais mineiras os melhores s�bados letivos de suas vidas.
Anteriormente, os detentos participaram do
Tecendo com o Cora��o
e fabricaram toucas e cachec�is que foram doados para pessoas em situa��o de rua e ao pr�prio Lar Maria Clara.
O sucesso foi tanto que surgiu a ideia de continuar o projeto de outra forma, e assim come�ou a nova produ��o. Os trabalhos se iniciaram a partir da doa��o de malhas e lanzinha recebidos pela diretora da escola, por meio de uma funcion�ria da Superintend�ncia Regional de Ensino (SRE) e seu esposo, respons�veis pela intermedia��o junto a uma f�brica de jeans do Esp�rito Santo e da empresa BRTA Transportes.
Carlos Felipe Soares, 34 anos, que cumpre pena na unidade desde 2019, � um dos participantes e destaca a import�ncia da a��o.
“Al�m da parte educacional propriamente dita, o Costurando Sentimentos contribui com a ressocializa��o. � o sentir-se �til, ajudar o pr�ximo, � doar o nosso tempo para o outro”, pontua o detento.

O diretor de Atendimento e Ressocializa��o da penitenci�ria, Ury Ribeiro, concorda com Carlos. “Para a unidade � de fundamental import�ncia este tipo de projeto. A participa��o dos alunos e volunt�rios � important�ssima para a ressocializa��o, reinser��o social e entendimento da sua participa��o no cotidiano dos n�o encarcerados”, destaca.
O diretor do Lar Maria Clara, J�lio C�sar da Costa, explica que roupas de cama quase n�o chegam por meio de doa��o, muitas vezes precisam ser compradas, portanto o projeto ir� garantir um al�vio nas despesas, al�m de promover o acolhimento aos moradores do local.
“Este projeto � extremamente importante, pois demonstra o carinho e o reconhecimento com nossos residentes, al�m de estreitar la�os de amizade mesmo � dist�ncia. A produ��o vai fazer muita diferen�a na vida dos idosos, eles v�o se sentir mais acolhidos”, conclui.