
Para o promotor Lu�s Cl�udio Fonseca Magalh�es, da Comarca de Vi�osa, o caso "merece" um aumento de pena, j� que a atividade criminosa afetou o direito de outras pessoas.
“Salienta-se que o insumo � raro, escasso e pertence � administra��o p�blica que as adquiriu com a finalidade de imunizar a popula��o, seguindo o Programa Nacional de Imuniza��o, tendo, portanto, a conduta sido praticada em detrimento de entidades de direito p�blico e sendo aplic�vel o aumento de pena previsto no terceiro par�grafo do artigo 171 do C�digo Penal”, conclui o magistrado.
O crime de estelionato
Ap�s tomar duas doses da CoronaVac em Vi�osa, o casal viajou e recebeu outra aplica��o, dessa vez da AstraZeneca, no Rio de Janeiro.
Ao voltar para Vi�osa, o homem e sua esposa compareceram novamente a uma unidade de sa�de e obtiveram outra vacina��o, com um imunizante da Pfizer. No entanto, quando o casal informou que perdeu a carteira de identidade e apresentou apenas o CPF, a irregularidade foi constatada pelos servidores da prefeitura.
Investiga��o
Para apurar os crimes, o Minist�rio P�blico mineiro deu in�cio a dois procedimentos investigat�rios nos dias 2 e 3 de agosto. A investiga��o come�ou depois que o MPMG recebeu um of�cio da Coordena��o de Aten��o Prim�ria em Imuniza��o e Campanha da Secretaria Municipal de Sa�de da cidade narrando a vacina��o irregular.
Antes disso, a Prefeitura de Vi�osa
informou, no dia 7 de julho, que apenas o idoso teria tomado
quatro doses dos imunizantes. Seis dias ap�s encaminhar o caso para o Minist�rio P�blico, a
administra��o municipal tamb�m ajuizou uma a��o civil p�blica
contra ele na 2ª Vara C�vel da Comarca da cidade.
Posteriormente, o procurador-geral do munic�pio enviou uma representa��o ao Minist�rio P�blico acrescentando que a esposa do homem tamb�m havia tomado as quatro doses.