
O I Tribunal do J�ri de Belo Horizonte absolveu o pastor Agnaldo Batista do Amaral, suspeito de matar uma cabelereira a facadas no Centro de BH, em 26 de fevereiro do ano passado. Segundo o conselho de senten�a, ele matou Bruna Rafaela da Silva em “leg�tima defesa”.
Por�m, no ataque contra uma amiga de Bruna, a Justi�a o condenou a 11 meses e 15 dias de pris�o por “ofender a integridade corporal” dela.
Mas, como Agnaldo j� ficou preso por um ano e seis meses sem condena��o, deixou o F�rum Lafayette, no Centro-Sul da capital mineira, com um alvar� de soltura.
Vers�o do Minist�rio P�blico
De acordo com den�ncia do Minist�rio P�blico, Agnaldo teria matado Bruna Rafaela da Silva por motivo f�til (uma desaven�a acerca do aluguel de uma loja, antes ocupada pelo r�u) e com recurso que dificultou a defesa da v�tima (ela j� estava ca�da ao solo, sem oferecer resist�ncia, quando recebeu as facadas, segundo o MP).
Conforme acusa��o do MP, Agnaldo tamb�m teria atacado um amigo de Bruna com uma faca quando as partes ainda dialogavam.
Por �ltimo, a Promotoria sustenta que o pastor teria esfaqueado a amiga da v�tima, que tentava socorrer a cabelereira dos ataques.
Ap�s o cometimento dos crimes, segundo o MP, Agnaldo pegou um t�xi nas proximidades do Terminal Rodovi�rio Governador Israel Pinheiro (Tergip), no Centro de BH.
Ele desceu na esta��o do metr� Carlos Prates e s� foi visto novamente quando foi detido.
Vers�o da v�tima
Testemunhas e o depoimento da v�tima contam uma vers�o completamente diferente do Minist�rio P�blico. Foram esses apontamentos que levaram � absolvi��o de Agnaldo.
De acordo com o pastor, ele devia alguns alugu�is de sua loja, na Rua Paulo de Frontin, Centro de BH. Diante disso, Agnaldo disse que era constantemente cobrado e amea�ado pela v�tima e seus amigos, at� mesmo por milicianos (policiais que praticavam agiotagem na regi�o).
Um traficante temido da regi�o tamb�m teria amea�ado o pastor, segundo sua pr�pria vers�o. Esse homem estava presente no dia e hor�rio do crime e teria deixado o local para buscar uma arma para matar Agnaldo.
Al�m disso, Bruna estaria cm um celular para filmar toda a amea�a contra o pastor.
Dessa maneira, na vers�o do pastor, ele n�o tinha outra maneira de sair do local sem atacar Bruna e seus amigos. "Exp�s que ficou amedrontado e, para deixar o local, teve que agir contra as v�timas", destaca o relat�rio da Justi�a.
Familiares do pastor confessaram que as partes tinham uma rela��o conturbada por causa dos com�rcios no Centro de BH, mas que Bruna “era uma pessoa de dif�cil trato”. Tamb�m sustentaram que Agnaldo “� uma pessoa tranquila e trabalhadora”.