
O Movimento 8 De Mar�o Unificado da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte organizou hoje (14/10), �s 17h, ato contra o veto de Bolsonaro sobre distribui��o gratuita de absorventes. O Movimento reuniu manifestantes na Pra�a Sete de Setembro para refor�ar a import�ncia do combate � pobreza menstrual.
Na �ltima semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se colocou contra a promo��o da sa�de das mulheres e vetou o Programa de Fornecimento de Absorventes Higi�nicos.
O presidente vetou
cinco trechos do Projeto de Lei 4968/2019, de autoria da deputada federal Mar�lia Arraes (PT-PE), que previa a distribui��o gratuita de absorventes higi�nicos, al�m da oferta de cuidados b�sicos de sa�de menstrual em escolas p�blicas de ensino m�dio e de anos finais do ensino fundamental.
A atitude do presidente gerou revolta nacional, e coletivos e movimentos sociais manifestam, al�m de levantarem outras quest�es sociais que interseccionam o veto. Vanessa Viana, de 23 anos, � coordenadora do Coletivo Nacional Feminista Juntas, e explica que o veto � carregado pela misoginia, e para ela, o veto despertou uma f�ria feminista: "A quest�o de distribui��o gratuita de absorventes interfere principalmente na vida de mulheres e pessoas com �tero pobres no brasil. Bolsonaro teria muito o que fazer como presidente, mas n�o se ocupa com o que deveria”.

No v�deo, a ativista Vanessa Viana coordena a arrecada��o e defende que o absorvente � um item de higiene b�sico necess�rio.
''Esse veto � carregado pela misoginia, por uma disposi��o que ele tem de dificultar o m�ximo poss�vel a vida das mulheres. A gente sabe que a distribui��o gratuita interfere muito na vida de mulheres e meninas pobres no Brasil em crise com os altos pre�os do feij�o, da gasolina... Isso interfere no custo mensal que � de comprar um absorvente'', disse Vanessa.
Pobreza menstrual
De acordo com a Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), mais de 4 milh�es de pessoas vivem sem acesso a itens m�nimos de cuidados menstruais nas escolas. A pobreza menstrual � uma realidade no mundo todo, e no Brasil, n�o � diferente.
Renata Regina de Abreu Rodrigues, de 34 anos, � doula e ativista, e defende que essa quest�o est� cada vez mais grave: “Com a agenda do governo federal, de privatiza��es, retirada de direitos trabalhistas, est� cada vez mais intensa a precariza��o das condi��es de trabalho, o aumento do desemprego e a carestia”, argumenta.
Leia tamb�m: Projeto que combate pobreza menstrual em Minas � aprovado na ALMG
Renata Regina ainda explica que, no Brasil, estima-se que 23% das meninas e pessoas com �tero entre 15 a 17 anos n�o tem condi��es financeiras para adquirir produtos seguros para usar durante a menstrua��o, e ainda existem outros recortes: “Mulheres em priva��o da liberdade, em situa��o de rua, que vivem em abrigos, meninas em idade escolar, pessoas que menstruam, negras, pobres e perif�ricas s�o as mais afetadas pela pobreza menstrual”.
A menstrua��o, assim como outros temas relacionados ao corpo feminino, � tratada como tabu e dificulta a comunica��o da pauta. ''� um tema repleto de desinforma��o e estigmas, existe a necessidade urgente de fomento � informa��o, legisla��o e pol�ticas p�blicas de promo��o da dignidade menstrual e consequente redu��o da pobreza menstrual e seus impactos'', acrescentou Renata.
Ela ainda pontua que meninas em idade escolar relatam falta de estrutura, como banheiros com portas e de itens b�sicos de higiene nas escolas, como papel higi�nico e sab�o para higiene das m�os. ''Absorventes s�o considerados produtos sup�rfluos no Brasil, e tributados como cosm�ticos, o que aumenta consideravelmente o custo de fabrica��o e consequentemente o pre�o final'', disse.
Al�m da carga mental por n�o ter condi��es b�sicas para menstruar, a pobreza menstrual contribui ainda para aumentar a desigualdade entre homens e mulheres. ''Como resultado da precariedade menstrual, meninas acabam faltando mais dias na escola durante a menstrua��o, o que pode prejudicar seu desempenho escolar. O combate � pobreza menstrual � fundamental no combate �s desigualdades sociais, raciais e de g�nero'', finalizou.
Leia tamb�m: Projeto que combate pobreza menstrual em Minas � aprovado na ALMG
Renata Regina ainda explica que, no Brasil, estima-se que 23% das meninas e pessoas com �tero entre 15 a 17 anos n�o tem condi��es financeiras para adquirir produtos seguros para usar durante a menstrua��o, e ainda existem outros recortes: “Mulheres em priva��o da liberdade, em situa��o de rua, que vivem em abrigos, meninas em idade escolar, pessoas que menstruam, negras, pobres e perif�ricas s�o as mais afetadas pela pobreza menstrual”.
A menstrua��o, assim como outros temas relacionados ao corpo feminino, � tratada como tabu e dificulta a comunica��o da pauta. ''� um tema repleto de desinforma��o e estigmas, existe a necessidade urgente de fomento � informa��o, legisla��o e pol�ticas p�blicas de promo��o da dignidade menstrual e consequente redu��o da pobreza menstrual e seus impactos'', acrescentou Renata.
Ela ainda pontua que meninas em idade escolar relatam falta de estrutura, como banheiros com portas e de itens b�sicos de higiene nas escolas, como papel higi�nico e sab�o para higiene das m�os. ''Absorventes s�o considerados produtos sup�rfluos no Brasil, e tributados como cosm�ticos, o que aumenta consideravelmente o custo de fabrica��o e consequentemente o pre�o final'', disse.
Al�m da carga mental por n�o ter condi��es b�sicas para menstruar, a pobreza menstrual contribui ainda para aumentar a desigualdade entre homens e mulheres. ''Como resultado da precariedade menstrual, meninas acabam faltando mais dias na escola durante a menstrua��o, o que pode prejudicar seu desempenho escolar. O combate � pobreza menstrual � fundamental no combate �s desigualdades sociais, raciais e de g�nero'', finalizou.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.