
No registro oficial da PM, o denunciante foi qualificado com o nome feminino, apesar de adotar um nome social compat�vel ao g�nero com o qual se identifica. O suspeito n�o foi localizado.
“Esta � a segunda vez que ela (sic) sofre viol�ncia por parte deste autor e afirma que acredita tratar-se de um caso de homofobia, j� que o autor mencionou o fato de ela (sic) se vestir como homem”, relata trecho da ocorr�ncia, acrescentando que as agress�es foram testemunhadas por uma mulher de 26 anos – tamb�m qualificada no registro policial.
A v�tima, ainda segundo a PM, tamb�m apresentou uma les�o na testa, mas afirmou que n�o havia necessidade de procurar atendimento m�dico. O autor, conforme depoimento do denunciante, quebrou a tela do telefone celular da v�tima, pisando sobre o aparelho.
Primeira agress�o
O homem trans foi agredido pela primeira vez no dia 24 de setembro, quando, ao abrir o port�o de casa para se deslocar ao trabalho, acabou esbarrando no autor, que passava pela cal�ada. Na oportunidade, a v�tima registrou a primeira ocorr�ncia na mesma unidade policial.
Conforme a ocorr�ncia, o suspeito ficou irritado com o esbarr�o e, embora a v�tima tenha pedido desculpas, ele a agrediu com dois socos no olho esquerdo, aplicou um golpe do tipo “mata-le�o” (estrangulamento) e a derrubou no ch�o com uma rasteira.
Ainda segundo o registro policial, ap�s as agress�es, o autor disse a um colega com quem estava caminhando que “sapat�o tem que apanhar igual a um homem, j� que gosta de se vestir como tal”.
O caso foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Pol�cia Civil, informou a assessoria da institui��o em contato com a reportagem nesta quinta-feira (14/10).
Suspeito n�o localizado
Na segunda vez que o homem trans foi supostamente agredido, a PM orientou que a v�tima procurasse a delegacia da Pol�cia Civil para que “fossem tomadas as medidas legais cab�veis”.
Os boletins de ocorr�ncia deste e do primeiro caso n�o mencionam se houve empenho da Pol�cia Militar em localizar o suposto agressor – cujo nome e apelido foram informados pelo denunciante.
A reportagem perguntou � Pol�cia Militar o motivo do nome social da v�tima n�o ter sido usado no registro das ocorr�ncias, mas, at� esta publica��o, n�o havia recebido resposta. T�o logo a corpora��o se manifeste, este material ser� atualizado.