
O avan�o na redu��o das restri��es � poss�vel gra�as � diminui��o dos indicadores de transmiss�o COVID-19 na capital. Segundo dados da Prefeitura de BH, o n�mero m�dio por infectado (RT) se encontra em 0,89, ou seja, cada 100 infectados transmitem a doen�a para outros 89.
Entre algumas permiss�es autorizadas a partir deste novo protocolo, est�o inclu�dos: uso de ar-condicionado com padroniza��o de regras; permiss�o para uso da sala de professores, respeitando as regras de distanciamento de 1 metro entre as pessoas; permiss�o para a realiza��o de eventos escolares, respeitando as regras estabelecidas em protocolos para eventos semelhantes.
Al�m disso, foram revisadas algumas determina��es, n�o existindo mais obrigatoriedade de quarentena para os livros devolvidos � biblioteca. Anteriormente, era exigido um per�odo m�nimo at� que um livro devolvido pudesse ser emprestado novamente a outro aluno.
Tamb�m foi extinta a obrigatoriedade de hor�rio fixo por turma para uso do banheiro. A escova��o de dentes tamb�m � permitida a partir de agora. E, por fim, libera��o dos parquinhos, antes restrita �s crian�as de 3 a 8, para todas as idades, e retirada das regras que proibiam as atividades desportivas de contato.
Apesar das novas decis�es, o uso de m�scara para aqueles que comparecerem �s escolas segue obrigat�rio. J� quanto � presen�a dos alunos na escola ainda n�o � uma obrigatoriedade determinada, e para os pais e alunos que n�o se sentirem seguros, o ensino remoto continuar� acontecendo normalmente.
Retorno gradual
Hele Valad�o, diretor da Escola Municipal Dom Jaime, no Bairro Carlos Prates, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, conta que a unidade de ensino se preparou para receber 100% dos alunos.
“Tivemos mais alunos, mas n�o sei dizer em quanto aumentou. Esse contato � pessoal, as fam�lias querem saber qual o hor�rio, sobre o protocolo. � uma constru��o nova. Para as crian�as estarem aqui e retornarem (� escola), elas t�m que ser autorizadas pelas fam�lias, que assinam um termo de responsabilidade.”
Segundo o diretor, as crian�as que retornaram, nesta segunda-feira, est�o levando para casa um formul�rio para se adequarem ao protocolo.
“Hoje, as crian�as ainda n�o podem trazer mochila. O material fica nas salas e � ofertado, n�o tem troca de material. Existe um protocolo para a merenda e ainda n�o s�o permitidas aulas de educa��o f�sica, a sala de inform�tica ainda n�o funciona.”
Antes da pandemia, as escolas municipais funcionavam em regime integral e o retorno est� sendo gradual. “A crian�a que antes ficava aqui o dia inteiro, hoje tem uma jornada limitada a tr�s horas de sala de aula. Foram v�rias mudan�as.”
Valad�o afirma que apesar do novo protocolo, ainda vai levar um tempo para o retorno de todos os alunos. At� semana passada, as salas funcionavam com limite m�ximo de 16 crian�as por sala e agora podem ser 30. “Fica a crit�rio da fam�lia o retorno, a escola tem que garantir para as fam�lias que assim o desejarem. Se elas n�o se sentirem � vontade, essas crian�as continuam tendo atendimento remoto. Aqueles que n�o t�m acesso ao ensino remoto, t�m a garantia do recebimento das apostilas.”
O diretor lembra tamb�m que as escolas n�o estavam funcionando na semana passada, apenas o setor administrativo, em fun��o do feriado e do Dia dos Professores. “Coincidiu com o retorno dos profissionais. As reuni�es, para defini��o de algumas quest�es, v�o come�ar a partir de hoje, que os profissionais voltaram.”
Outro fator que pode atrapalhar o retorno de 100% dos alunos � a proximidade do fim do ano letivo, segundo Valad�o. “Essas mudan�as s�o para os pr�ximos dois meses. J� � uma pr�via para o ano que vem.”
Alta ades�o ao presencial
Se nas escolas da rede p�blica municipal o retorno deve ser gradual, nas escolas da rede privada a realidade � diferente. A presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Reis, diz que a maioria dos alunos est� voltando para as aulas presenciais.
“A ades�o foi excelente. As escolas j� est�o bem organizadas. Era um anseio muito grande das fam�lias para este retorno. Algumas escolas, at� antes do feriado, estavam trabalhando com escalonamento de dias ou de semanas e, a partir de hoje, todos os alunos que quiseram retornar presencialmente, j� puderam.”
De acordo com ela, o pr�ximo passo � que o retorno presencial seja obrigat�rio.
“Estamos em uma fase com n�veis de interna��o, RT e ocupa��o de leitos baixos e temos interesse que todos os alunos voltem presencialmente. Tivemos uma ades�o de mais de 85%, em algumas escolas chega a 90% de atendimento presencial. Hoje j� fizemos uma reuni�o com os diretores das maiores escolas.”
A presidente do Sinep-MG refor�a que as escolas continuam mantendo os protocolos necess�rios. “A quest�o do distanciamento � que facilitou bastante porque agora formamos bolhas nas salas. O retorno foi bem tranquilo, o balan�o � muito positivo. Agora � torcer para que tudo possa retornar, devagar, mas com os cuidados necess�rios.”
Ela ressalta que a vacina��o ajudou muito no processo de retomada das atividades presenciais. “Alunos a partir de 12 anos, do fundamental 2 (6° ano) e vamos at� o ensino m�dio. � uma grande parcela de alunos que j� estar�o vacinados.”
Zuleica acredita que, a partir do ano que vem, s� permane�am em casa os estudantes que tenham alguma comorbidade. “O facultativo, �s vezes, causa uma comodidade. Precisamos do retorno, inclusive, para organizar o ano letivo de 2022. No presencial � que a gente v� a condi��o de cada crian�a.”
Amplia��o da ades�o nas pr�ximas semanas
A Secretaria Municipal de Educa��o informou, por meio de nota, que a expectativa � de amplia��o da ades�o de um n�mero cada vez maior de estudantes, embora esse aumento s� possa ser medido ao longo das pr�ximas semanas.
“A Secretaria Municipal de Educa��o informa que a rede municipal, incluindo escolas municipais e as creches parceiros, possui mais de 194 mil alunos que poder�o frequentar as escolas, sem necessidade de escalonamento, a partir de hoje. Todos os estudantes que j� haviam aderido ao ensino presencial permanecem frequentando as escolas, e a expectativa � que a amplia��o da ades�o por outras fam�lias seja cada vez maior, mas s� poder� ser observada ao longo das pr�ximas semanas, � medida que se sentirem mais seguras para enviar os alunos.”
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Daniel Seabra