
Em entrevista, a delegada Adriana das Rosa Neves, titular da Delegacia Especializada de Homic�dios (DEH) em Santa Luzia, disse que, segundo testemunhas, o casal teria brigado na noite de domingo. Em seguida, a mulher reclamou de dores e foi ao hospital acompanhada de uma amiga.
No local, ela recebeu duas medica��es e estava pronta para ser liberada, quando decidiu ir ao banheiro. Ainda se sentindo mal, ela vomitou sangue e desmaiou.
A equipe m�dica a pegou, levou para outro andar e tentou fazer a reanima��o, mas a mulher n�o resistiu e morreu. Com an�lise legista, foi poss�vel reconhecer les�es caracter�sticas de agress�o.
"Ao examinar o corpo, o m�dico-legista tamb�m identificou les�es sugestivas de morte violenta. A Delegacia de Homic�dios imediatamente iniciou os trabalhos investigativos, ouviu familiares e testemunhas, ficando comprovado que o casal tinha uma rela��o conturbada, marcada por agress�es m�tuas, e que a v�tima j� havia sido vista com les�es e hematomas", afirmou a delegada.
As les�es, entretanto, n�o foram identificadas anteriormente, porque a v�tima n�o relatou � equipe hospitalar que teria sido agredida. "E isso pode, inclusive, ter prejudicado o atendimento dela", diz Adriana Neves.
Quando reconheceram as les�es, a equipe m�dica acionou a PCMG, que logo iniciou as buscas e localizou o homem na casa da m�e dele, pr�ximo de onde o casal morava.
O suspeito foi preso em flagrante e, segundo a PCMG, ele jpa tem registro policial por roubo e porte de arma. "Ele nega que tenha agredido a v�tima. As investiga��es continuam. Hoje n�s localizamos roupas dela com manchas de sangue, que ser�o analisadas, mas todos os ind�cios indicam que as agress�es, de fato, partiram dele", diz.
A fam�lia e testemunhas afirmaram que a rela��o do casal era conturbada e outros epis�dios de viol�ncia tinham acontecido. Apesar disso, a mulher n�o registrou nenhuma den�ncia contra o agressor, por isso a delegada ressaltou a import�ncia das mulheres n�os e calarem diante dos abusos.
"A orienta��o � procurar sair desse tipo de rela��o, tentar se afastar do agressor. E caso n�o consiga, que esse casal procure ajuda. � uma rela��o que precisa ser tratada. A tend�ncia � que a viol�ncia v� aumentando e chegue num ponto de levar a v�tima a �bito. A viol�ncia dom�stica � um problema social, n�o � puramente de pol�cia, ent�o as pessoas que est�o pr�ximas precisam, sim, preservar a vida", finaliza.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.