Maior cidade do Sudoeste de Minas - 115.337 habitantes, de acordo com dados do IBGE de 2020 -, Passos � a cidade que teve o maior n�mero de mulheres v�timas de viol�ncia entre janeiro e setembro deste ano. � o que apontam os dados da Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica de Minas (Sejusp), atualizados na �ltima quarta-feira (27/10). Mar�o, com 87 registros, foi o m�s com mais casos at� o momento, seguido por janeiro (74), fevereiro (70), abril (65), maio (82), junho (68), julho (56), agosto (74), setembro (77).
Passos conta com 653 registros nos nove primeiros meses do ano de 2021, representando quase um ter�o das ocorr�ncias na regi�o (29,3%) e � o munic�pio com maior n�mero de casos de viol�ncia dom�stica contra a mulher.
Em seguida, num universo de 29 cidades que formam a regi�o de Passos, vem S�o Sebasti�o do Para�so (371), Piumhi (167), C�ssia (116) e Monte Santo de Minas (116). As demais cidades aparecem no levantamento com menos de 100 registros cada.
A boa not�cia � que a regi�o teve queda nos n�meros. No universo de 29 cidades, oito mulheres foram v�timas de viol�ncia dom�stica a cada dia, entre janeiro e setembro deste ano, aponta o relat�rio. Nesse per�odo, os registros chegaram a 2.222 casos de crimes contra a mulher. Na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado (2.384), a regi�o teve queda de 6,79%, de acordo com a Sejusp.
Na compara��o com os dados de janeiro a setembro de 2020, os munic�pios que tiveram aumento nos registros em 2021 foram Bom Jesus da Penha (77,77%), Capetinga (33,33%), Vargem Bonita (22,22%), Fortaleza de Minas (20%), Alpin�polis (19,57%), Guap� (16,41%), Nova Resende (15%), Ita� de Minas (14,66%), Delfin�polis (10,52%), Jacu� (7,14%), Carmo do Rio Claro (2,29%) e Monte Santo de Minas (0,86%).
Em compensa��o, Ibiraci (-48,93%) � o munic�pio que apresenta maior queda nos n�meros, seguido por S�o Jos� da Barra (-43,47%), Capit�lio (-35,84%), Claraval (-25%), S�o Sebasti�o do Para�so (-17,73%), Piumhi (-17,32%), S�o Tom�s de Aquino (-12,90%), S�o Jo�o Batista do Gl�ria (-10,52%), Prat�polis (-5%) e Passos (-1,06%). Dores�polis, Itamogi e S�o Roque de Minas n�o tiveram altera��o no n�mero de registros.
A��es
“Desde o come�o da pandemia, os n�meros de viol�ncia contra a mulher aumentaram em raz�o da conviv�ncia maior entre o agressor e a v�tima. O problema da mulher � um problema estrutural, portanto, colocar isso na conta s� da Pol�cia Civil e da Pol�cia Militar n�o vai adiantar, porque � preciso de uma pol�tica governamental de combate � viol�ncia contra a mulher, � preciso come�ar pela educa��o, precisa contar com uma rede de educa��o muito forte para conseguir tirar essa mulher do ciclo de viol�ncia. As mulheres precisam ter no��o de seus direitos. Quanto mais educa��o elas t�m, elas conseguem ter acesso �s informa��es sobre os seus direitos, como medidas protetivas. Sabem de seus direitos e deveres”, disse a titular da Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher (Deam), em Passos, a delegada Mariana Fioravante.
“Em Passos, h� a Deam , na qual concentram diversos atores para empoderamento da mulher v�tima de viol�ncia dom�stica. No local, al�m da PCMG, h� assist�ncia jur�dica, psicol�gica e social. A DEAM em Passos � refer�ncia regional no empoderamento da mulher e indica que todas as v�timas e testemunhas procurem a Pol�cia Civil, ou a PMMG, sempre que vislumbrarem agress�es”, comentou o delegado regional da Pol�cia Civil em Passos, Marcos Pimenta.