
O in�cio da pandemia do coronav�rus em 2020 representou um crescimento de �bitos em Minas Gerais. De acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), com base nas estat�sticas de Registro Civil, o estado registrou 151.733 mortes no ano passado, uma expans�o de 7,9% se comparado a 2019. Por sua vez, os nascimentos ca�ram 3,5% em rela��o a 2019, com um total de 248.448 certid�es expedidas no ano passado.
Do total de mortes em 2020, 55,5% correspondem aos homens (84.719) e 44,4% �s mulheres (67.830). H� ainda 24 �bitos registrados de sexo ignorado (0,1% do total). A faixa et�ria com mais mortes no ano passado foi de 80 a 84 anos (18.025), seguido por 75 a 79 anos (16.671) e 70 a 74 anos (15.928). Foram notificadas 740 mortes de crian�as rec�m-nascidas com menos de um dia.
As causas que mais dizimaram vidas no ano passado em Minas foram naturais (139.528) – nesse grupo se encaixam as v�timas por COVID-19 –, seguida por violenta (8.278) e causa ignorada (4.767).
O local mais frequente das mortes em Minas em 2020 foram os hospitais (110.572). Depois, vem os domic�lios (32.836), vias p�blicas (4.406), outros locais (3.972) e desconhecido (787).
O IBGE apontou que o n�mero de casamentos teve queda acentuada em Minas Gerais no ano de in�cio da pandemia. Foram 77.862 registros, com retra��o de 26,1% se comparado a 2019. Os casamentos do mesmo sexo foram apenas 502: 38,4% em rela��o ao ano anterior das medidas de quarentena.
As estat�sticas s�o publicadas desde 1974 pelo IBGE, fornecendo informa��es relativas aos fatos vitais. Os dados de div�rcios ocorridos no pa�s foram incorporados ao conjunto de temas a partir de 1984, e os casamentos de pessoas do mesmo sexo, a partir de 2013.
M�dia nacional
Minas Gerais foi um dos estados que tiveram alta de �bitos abaixo da m�dia nacional, que ficou em 14,9% e foi a maior desde 1984. O n�mero de �bitos registrados no Brasil passou de 1.314.103 em 2019 para 1.510.068 em 2020. Com 4% a mais que em 2019, o Rio Grande do Sul tamb�m registrou varia��o mais baixa que o restante dos demais estados da federa��o.
Para�ba, S�o Paulo, Mato Grosso do Sul e Tocantins ficaram bem pr�ximos da m�dia do pa�s (todos em torno de 14,5%). Os outros cinco estados abaixo da m�dia foram: Bahia (13,1%), Rio Grande do Norte (12,6%), Piau� (12,6%), Paran� (10,5%) e Santa Catarina (9,4%).
J� as maiores varia��es foram observadas no Amazonas, de 31,9%, e no Par�, de 27,9%. E outras sete unidades federativas tiveram varia��o acima de 20%: Mato Grosso (27,0%), Distrito Federal (26,6%), Roraima (25,6%), Maranh�o (23,8%), Rond�nia (23,2%), Cear� (20,6%) e Amap� (20,0%).
“A alta no n�mero de �bitos observada entre 2019 e 2020 foi muito fora do comum quando vemos como foi esse movimento nos anos anteriores. Olhando desde 1984, mesmo que as s�ries mais antigas n�o sejam compar�veis com as atuais, pois o �ndice de sub-registro era muito alto, � poss�vel observar que nunca antes tivemos uma varia��o acima de 7% de um ano para outro. Sendo que, em geral, o incremento ficava abaixo ou em torno de 3%. De 2010 a 2019, a m�dia de varia��o foi de 1,8%”, analisa a gerente da pesquisa, Kl�via Brayner.
Nascimentos
O IBGE apontou que os registros de nascimentos no Brasil ca�ram 4,7% novamente em 2020, ap�s a redu��o de 3% em 2019. Foram 2.728.273 registros de nascimentos no ano passado, sendo que, desse total, 2.678.992 se referem a crian�as nascidas em 2020 e registradas at� o 1º trimestre de 2021. Cerca de 2% (49 281) s�o nascidos em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado.
Outra estat�stica apontada pela pesquisa � de que as mulheres est�o cada vez mais adiando a maternidade. Em 2000, os registros de nascimentos cujas m�es tinham menos de 30 anos eram 76,1% do total. Em 2020, por sua vez, ca�ram para 62,1%. J� os registros de nascimentos cujas m�es t�m de 30 a 39 anos, em 2000 eram 22,0%, chegaram a 34,2% em 2020.