
Uma mulher de 36 anos, que est� gr�vida, foi agredida na frente dos filhos, em Campo Belo, no Sul de Minas. A v�tima � atendida e amparada pelo Projeto N�o se Cale. Em novembro, o munic�pio aprovou uma lei de combate � viol�ncia dom�stica.
A irm� do suspeito, que preferiu n�o ser identificada, contou que as agress�es v�m acontecendo com frequ�ncia.
“Eu sou irm� dele, mas n�o vou ficar calada, pois isso j� aconteceu com minha irm� e uma tia. Ultimamente, ele tem usado muita droga e fica achando que ela est� tendo rela��o com outros homens. Ela n�o fala, mas o cabelo dela est� caindo e ela chora com frequ�ncia”, diz.
“Eu sou irm� dele, mas n�o vou ficar calada, pois isso j� aconteceu com minha irm� e uma tia. Ultimamente, ele tem usado muita droga e fica achando que ela est� tendo rela��o com outros homens. Ela n�o fala, mas o cabelo dela est� caindo e ela chora com frequ�ncia”, diz.
A �ltima agress�o aconteceu no fim de semana – a v�tima, de 36 anos, est� gr�vida de 8 meses.
“Ela estava dormindo na casa dos meus av�s, que fica nos fundos da casa deles. Ela estava deitada junto com os outros dois filhos, uma menina de 5 anos e um menino de 2, quando ele chegou alterado com um peda�o de pau. Para defender as crian�as, ela colocou o bra�o na frente”, afirma.
“Ela estava dormindo na casa dos meus av�s, que fica nos fundos da casa deles. Ela estava deitada junto com os outros dois filhos, uma menina de 5 anos e um menino de 2, quando ele chegou alterado com um peda�o de pau. Para defender as crian�as, ela colocou o bra�o na frente”, afirma.
De acordo com a fam�lia, o casal est� junto h� 6 anos e esse ser� o terceiro filho deles. A v�tima teve fraturas no bra�o e vai precisar passar por cirurgia. Mas, segundo a fam�lia, a gestante est� aguardando o laudo m�dico autorizando o procedimento.
“Ele disse que vai mat�-la porque acredita que o beb� n�o � dele”, ressalta.
“Ele disse que vai mat�-la porque acredita que o beb� n�o � dele”, ressalta.
N�o se Cale
Dados do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica (FBSP) apontam que os casos de viol�ncia dom�stica aumentaram mais de 50% durante a pandemia do novo coronav�rus. A regi�o de Campo Belo, no Sul de Minas, vem atendendo cerca de 200 den�ncias por ano.
A mulher e os familiares est�o recebendo apoio do Projeto ‘N�o se Cale’, que existe desde 2018 na cidade em parceria com apoio da Unifenas, Pol�cias Civil e Militar, Minist�rio P�blico e prefeitura.
“Atr�s de cada mulher violentada h� uma equipe trabalhando intensamente para que os epis�dios de viol�ncia n�o se repitam. Estamos aqui por voc�s. Por favor, n�o se calem”, diz Andreia Souza Moreira Garcia, advogada e coordenadora do projeto.
“Atr�s de cada mulher violentada h� uma equipe trabalhando intensamente para que os epis�dios de viol�ncia n�o se repitam. Estamos aqui por voc�s. Por favor, n�o se calem”, diz Andreia Souza Moreira Garcia, advogada e coordenadora do projeto.
O grupo tem uma p�gina nas redes sociais, onde a mulher pode buscar ajuda de forma an�nima.
“Lembrando que a viol�ncia dom�stica n�o � s� a f�sica, mas a psicol�gica, a moral, a patrimonial e a sexual. N�s somos um grupo que ajudamos as mulheres que t�m medo da den�ncia. Na nossa p�gina tamb�m temos informa��es, pois o intuito maior � levar conhecimento � sociedade e ajudar n�o s� a v�tima, mas os familiares tamb�m”, explica.
“Lembrando que a viol�ncia dom�stica n�o � s� a f�sica, mas a psicol�gica, a moral, a patrimonial e a sexual. N�s somos um grupo que ajudamos as mulheres que t�m medo da den�ncia. Na nossa p�gina tamb�m temos informa��es, pois o intuito maior � levar conhecimento � sociedade e ajudar n�o s� a v�tima, mas os familiares tamb�m”, explica.
Neste m�s, a prefeitura de Campo Belo aprovou uma lei que visa combater a viol�ncia dom�stica. O dia 7 de agosto entrou para o calend�rio municipal em prol dessas v�timas.
"� important�ssimo que essas a��es sejam contempladas no Planejamento Estrat�gico, para que se tornem pol�ticas p�blicas realmente efetivas. N�s desenvolvemos, de forma permanente, um conjunto de medidas, temos toda uma rede de acompanhamento, que � feita por meio das equipes que atuam nos Centros de Refer�ncia da Assist�ncia Social (Cras), onde a gente trabalha na preven��o da viola��o dos direitos dessas mulheres, fazendo o acompanhamento e todo suporte poss�vel. Temos certeza que com esse projeto, N�o Se Cale, grandes e importantes resultados ser�o alcan�ados", diz Alisson Carvalho, prefeito de Campo Belo.
A Lei municipal tamb�m prev� que o agressor, se comprovado, n�o poder� ocupar cago p�blico na cidade. “J� temos essa conquista no �mbito federal e agora trouxemos para o municipal. Tamb�m estamos buscando com a prefeitura uma casa com cursos profissionalizantes para que essas v�timas n�o dependam dos maridos”, afirma Andreia.