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Estado de Minas MOTORISTAS PARADOS

Taxistas lucram com falta de �nibus e disparada nos pre�os dos apps

Passageiros recorreram ao servi�o para driblar paralisa��o e conseguir chegar ao trabalho


02/12/2021 11:35 - atualizado 02/12/2021 11:53

O taxista Gilson Filho
O taxista Gilson Filho disse que fez, s� na parte da manh�, quase o dobro de corridas que faria normalmente (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Abordada pelo Estado de Minas em um ponto de t�xi da Rua Padre Pedro Pinto , na Regi�o de Venda Nova, a aposentada Regina Siqueira reagiu com impaci�ncia. "Estou muito atrasada, preciso sair, n�o estou com tempo para conversar", disse a senhora. 


"Sa� de casa �s 9h e j� fiz umas 7 corridas, quase o dobro do que normalmente faria. Nem costumo parar neste ponto da Padre Pedro Pinto, mas estava por aqui e vi que a Regi�o estava movimentada, ent�o resolvi ficar por aqui para circular mais um pouco. Nem vou almo�ar, vou aproveitar a mar� boa para rodar", diz o taxista Gilson Filho. 

Para ele, o inconveniente da greve dos �nibus s�o os congestionamentos. "O tr�nsito est� bem agarrado. E a hora parada, no tax�metro, tem um valor menor. Bom mesmo � quando a rua est� livre e, a�, a gente deixa um passageiro e j� pega outro em seguida, sem demora. Mas n�o estou reclamando, se continuar assim ao longo do dia, est� otimo", afirma o taxista.

Ver galeria . 59 Fotos Greve de motoristas: 900 ônibus deixam de circular em BH nesta quinta-feira Edesio Ferreira/EM/D.A Press
Greve de motoristas: 900 �nibus deixam de circular em BH nesta quinta-feira (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press )

Pre�o din�mico

Quem recorreu aos aplicativos de transporte para driblar a greve dos motoristas de �nibus chegou a pagar 380% mais caro. Caso de quem se deparou com a falta de coletivos na Esta��o Venda Nova, na Rua Padre Pedro Pinto, onde nenhuma lota��o passou entre 0h e 10h da manh�.

Por volta de 9h30, uma viagem do local at� o Centro da cidade, que normalmente custa R$ 25 reais, estava cotada em aproximadamente R$ 120. "A empresa onde eu trabalho vai pagar a corrida. O problema � que n�o acho um carro dispon�vel", queixou-se a assistente administrativa Andreia Santos.

A massoterapeuta Sabrina Ara�jo, que trabalha na Savassi, desistiu de pegar um carro ao ver o pre�o estimado do deslocamento. "R$ 100, n�o tem a menor condi��o. O jeito � esperar pelo �nibus mesmo ou at� a empresa me liberar do servi�o", conforma-se a trabalhadora. 

Por volta de 7h30, cuidadora Renata Francisca solicitou transporte via a app da Esta��o S�o Gabriel at� o Planalto. Pagou o dobro do pre�o. 

"Eu estou gr�vida, tenho um pr�-natal marcado no Planalto. A corrida aqui do S�o Gabriel at� l� costuma dar R$12. Vou pagar R$ 25", relata a jovem.

Entenda a greve

Os rodovi�rios alegam estar sem aumento h� dois anos e reivindicam reajuste de 9%, mais corre��o dos vencimentos pelo �ndice Nacional de Pre�o ao Consumidor (INPC).  Outras pautas do movimento s�o: retorno do ticket nas f�rias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limita��o do passe livre.

A categoria chegou a cruzar os bra�os em 22 de novembro, mas suspendeu a greve 24 horas depois, ap�s a sinaliza��o de um acordo pelo Sindicato das Empresas de Transporte P�blico de Belo Horizonte (Setra-BH). 

A proposta apresentada pelo Setra-BH, no entanto, n�o agradou aos motoristas, j� que contempla o aumento de 9%, mas exclui a reposi��o salarial pela infla��o, principal bandeira do movimento grevista.


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